O Vice-presidente do Governo Regional dos Açores, Artur Lima afirmou ontem, em Bruxelas, que a Região deve “acompanhar de perto a definição da Política de Coesão do futuro”, defendendo que esta “seja flexível e reforçada para atender à realidade geográfica, económica e social das regiões ultraperiféricas”.
“As políticas europeias de coesão têm contribuído para o processo de desenvolvimento e de mudança nas regiões ultraperiféricas, mas face aos desafios que persistem estas têm de ser ainda mais reforçadas e robustecidas”, salientou.
Artur Lima falava, em Bruxelas, à margem do 9.º Fórum Europeu da Coesão, promovido pela Comissão Europeia e que decorre até amanhã.
“Quando se discute a Política de Coesão pós-2027, temos de unir esforços para reivindicar aquilo que é justo para os Açores e apelar por maior sensibilidade das instituições europeias para aqueles que são os assuntos essenciais ao nosso desenvolvimento”, recordou.
Assuntos como as alterações demográficas, transportes, transição digital e energética ou saúde merecem, de acordo com Artur Lima, “atenção especial” porque “condicionam especialmente estas regiões marcadas pela ultraperiferia”.
Reconhecendo que os “Açores enfrentam uma combinação de condicionalismos estruturais”, o Vice-presidente do Governo frisou que a “coesão social e territorial só será assegurada plenamente com uma compreensão adequada dos organismos europeus sobre o peso desses condicionalismos na vida dos açorianos”.
Apesar dos “momentos de incerteza que a Europa atravessa” e que implicará, provavelmente, um “aumento do investimento na política de Defesa”, Artur Lima esclareceu que “tal não deverá ocorrer em prejuízo dos instrumentos de apoio à coesão”.
Durante o dia de ontem, Artur Lima, acompanhado pelo Director Regional dos Assuntos Europeus e Cooperação Externa, Carlos Amaral, teve a oportunidade de se reunir com o Representante Permanente de Portugal junto da União Europeia (REPER), embaixador Pedro Lourtie, e com o conselheiro técnico da REPER, Paulo do Nascimento Cabral.