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Do meu olhar!: Que haja bom senso!

1.TRILOGIA. Temos dois governos em condições similares: temos o PSD com maioria relativa para governar tanto nos Açores como em Lisboa , com o PS a ser o principal partido da oposição e com o CHEGA, sorrateiro, a espreitar a melhor altura para avançar no sentido de se mostrar com a força que tem , 50 deputados na República e 5 no Parlamento da Horta e, na verdade , haverá ocasiões em que o CHEGA irá mostrar o que vale , ou seja indispensável para que haja uma maioria, a não ser que o PS dos Açores a atravessar uma crise de mudança de liderança sem candidatos assumidos das facções existentes, alguns deles autarcas prestigiados , vá recorrendo à abstenção para que o governo de BOLIEIRO possa ir navegando. Não vai ser fácil governar os Açores nesta quadratura do círculo. Mas o mesmo vai acontecer em Lisboa, com a diferença que PEDRO NUNO SANTOS, novo líder do PS, vai tentar afirmar-se como líder da oposição preparando-se para governar logo que haja eleições, como se viu agora na apresentação do Programa do Governo de Montenegro. Estamos por isso numa encruzilhada que, a meu ver, não vai acabar bem! Em outros países da Europa isto já não aconteceria porque habilidosos e sem pressa procuram formar coligações, sejam mais à direita ou mais à esquerda, para formarem governo e avançarem no interesse nacional ou no regional como é o nosso caso!

  1. Poderá ajudar nesta situação a habilidade, a inteligência, a humildade e os dotes dos líderes dos dois governos, porque é imprescindível cultivar o diálogo, a abertura e a capacidade de equilibrar as conversas sempre no sentido construtivo e, no nosso caso, com a realidade da Região a nossos pés, procurando sempre centrar as soluções com PRUDÊNCIA e BOM SENSO. Se cada um dos intervenientes olhar apenas para o seu eleitorado não vamos encontrar o ponto de equilíbrio, com ponderação e com realismo, pés assentes no chão , que ali todos estão a trabalhar pelo povo açoriano e não cada um a puxar a brasa à sua sardinha!
    Nestas circunstâncias, só é possível encontrar objetivos de consenso construtivos, se houver DIÁLOGO franco e aberto, PRUDÊNCIA e BOM SENSO! Uma trilogia indispensável para ultrapassar esta periclitante situação política dos Açores! E que pode ser catapultada para o governo Central.
  2. PATRIMÓNIO. O Município de Ponta Delgada vai assinalar o DIA INTERNACIONAL dos Monumentos e Sítios, no próximo dia 18 de Abril de 2024, com um roteiro cultural denominado, “DESCOBRIR O PATRIMÓNIO À LUZ DOS FENAIS”. Este é na verdade, um esforço que se aplaude de levar os cidadãos à descoberta do património cultural da cidade e do concelho. Para isso falta um vasto trabalho preparatório que não acarreta grandes despesas mas que é fundamental para a orientação, informação e organização do nosso património. Falta iluminar os nossos principais edifícios do valioso património construído incluindo as nossas imponentes Igrejas ; falta identificar os edifícios com placas apropriadas e com pequenas sínteses da sua história e também a edição de folhetos bem concebidos e de agradável aspeto gráfico para serem profusamente distribuídos por todos os interessados. Como esta é a segunda ou terceira vez que aqui apresentamos estas sugestões, não sabemos se também estas não irão parar ao rol dos esquecidos!
  3. Abandono escolar. Foi publicado esta semana que os Açores são a segunda região da UE com mais abandono escolar precoce. Um em cada quatro jovens da nossa Região Autónoma entre os 18 e os 24 anos, está em “situação de abandono escolar precoce”. O docente universitário, Fernando Diogo, que tem estudado o fenómeno, afirma que “ no fundo há uma relação íntima entre pobreza e abandono escolar “. O que significa que, a nosso ver, deveria a Secretaria da Educação promover com urgência um estudo com gente da área e em cooperação com os Assuntos Sociais, para elaboração urgente de um PLANO DE REDUÇÃO DO ABANDONO ESCOLAR NOS AÇORES, que já vem de longe e que parece não ter solução! É, por isso necessário, o empenho pessoal da jovem e dinâmica Secretária Regional, SOFIA RIBEIRO.
  4. LAGOA. Há anos que não entrava naquela Igreja que fica no Centro da cidade da Lagoa, pois a Matriz é a de Santa Cruz. Por mero acaso fui à missa vespertina que mais me convinha que agora os netos é que acertam a agenda do avô!

Quando entrei faltavam quase dez minutos para a celebração da Missa. O magnífico Templo estava a encher-se de fiéis e apresentava um ambiente Pascal agradável e acolhedor, digno de registo, semelhante ao de São José de PDL.
Focado no amplo e harmonioso Edifício, ressalta o interessante e valioso património, crucifixos antigos nos altares, porque fico abismado quando entro numa das nossas Igrejas e não encontro um único, a não ser a cruz paroquial que tanto entra como sai! Alguns, infelizmente, foram arrumados nos armários até porque há padres que parece que estão a preparar museus! Aquela vetusta Igreja junto ao altar da celebração ostenta um crucifixo antigo alto e imponente como determina a liturgia. Uma benção porque nele o cristão com fé sente o abraço que cada um recebe sempre que o venera!
Para além disto aquela Igreja possui um conjunto escultórico da autoria do Mestre Machado de Castro.
Depois fiquei deveras admirado porque havia água benta na pia de entrada, água nova benzida na Vigília Pascal ( agora também a vi em São José )! E regista-se logo na entrada a impecável organização da paróquia com notas e avisos do interesse dos fiéis, bem apresentados e afixados. Fixei o olhar para duas placas na parede registando, muito justamente o nome dos dois sacerdotes que muito bem souberam valorizar aquela sumptuosa herança do povo da Lagoa: são eles os saudosos padres João Leite e Mariano Mendonça (este foi meu professor de Música no Magistério). Pelo agradável ambiente do espaço litúrgico e pelo brilho da celebração vespertina está também de parabéns o actual pároco, padre Rui Silva.

Eduardo de Medeiros

NOTA: Esta  Crónica passa a  quinzenal.
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