O vereador do PSD/Açores na Câmara Municipal da Povoação, Francisco Gaspar, afirmou que o Relatório e Contas de 2023 do município mostra um desinvestimento do Executivo socialista nas áreas da habitação e rede viária, o que revela “desleixo, inércia e falta de iniciativa”.
Para o autarca social-democrata, “as verbas despendidas na habitação, rede viária e saneamento básico estão aquém do orçamentado, o que reflecte o abandono a que estão votadas estas áreas no concelho”.
“Assiste-se, da parte do Executivo do PS, a uma clara dificuldade em ter uma acção estratégica de desenvolvimento integral do concelho da Povoação, no que toca a compromissos prioritários e potenciadores de desenvolvimento”.
De entre os compromissos assumidos e não cumpridos, o social-democrata destacou igualmente o desinvestimento na fixação da população e na promoção do emprego.
“O Orçamento do município da Povoação continua a servir para alocar o pagamento de outras despesas, não fazendo o uso devido das verbas previstas”, afirmou.
De acordo com o vereador do PSD/Açores, dos valores alocados ao Plano Plurianual de Investimentos e de Actividades “verifica-se a falta de execução de várias obras e investimentos que têm vindo a transitar de orçamentos anteriores, defraudando as expectativas sistematicamente criadas”.
Ou seja, a Câmara Municipal da Povoação investiu menos 1,2 milhões de euros do que o estabelecido e aprovado em Assembleia Municipal.
Francisco Gaspar entende que o Executivo socialista “envereda pela via fácil do subsídio, alheando-se, em grande parte por inércia, de assumir por iniciativa própria, uma posição e comportamentos activos e proactivos de uma dinamização também diferenciada e transversal”.
“À inércia soma-se a falta de capacidade de inovação, criatividade e dinâmica em políticas promocionais de cultura, de desporto e de vertente recreativa, limitando-se à continuidade de eventos convencionais”, disse.
Executivo socialista “gasto…”
O vereador do PSD/Açores salientou também que, em matéria de “políticas promocionais e geradoras de crescimento económico sustentável, a Povoação continua a ser dos concelhos mais pobres per capita”.
Para este cenário contribuem “uma forte carga da subsidiodependência, a debilidade comercial e empresarial, a que acresce um poder de compra dos mais baixos da Região”, lamentou.
De acordo com Francisco Gaspar, a par dos benefícios fiscais garantidos pelo município povoacense, “esse exercício positivo carece de uma acção mais ampla, criativa e ambiciosa”, de modo a “inverter a tendência de regressão social”.
O social-democrata advogou assim “a criação de políticas de dinamização à economia local no âmbito do apoio e incremento ao empreendedorismo”, aproveitando as potencialidades que o concelho oferece.
No que concerne à promoção turística do concelho da Povoação, “regista-se um aumento substancial por comparação ao ano anterior, não se vislumbrando, contudo, uma actividade extraordinária que o justifique”.
Por fim, Francisco Gaspar realçou que o PSD não se identifica com o modelo de acção assumido pelo Executivo camarário socialista, que “já mostrou estar gasto e sem dinâmica, comprometendo o crescimento do concelho e o bem-estar e estabilidade das pessoas”.