A Secretária Regional da Juventude, Habitação e Emprego, Maria João Carreiro, confirmou que para ao ano lectivo 2024 /2025“estão em oferta nas 16 escolas profissionais dos Açores 48 novos cursos profissionais de nível IV sujeitos a financiamento comunitário, podendo abranger um total de 1.072 novos formandos. Trata -se “da maior oferta formativa de sempre e um acréscimo de quatro novos cursos em relação ao número de cursos em oferta para o ano lectivo que agora termina.”
A Secretária Regional da Juventude, Habitação e Emprego, Maria João Carreiro, falou ontem em conferência de impressa, em Ponta Delgada, onde participaram o Director Regional de Qualificação Profissional e Emprego, Renato Medeiros; a Presidente da Direcção da Associação de Escolas Profissionais dos Açores (AEPA), Ana Paula Mendonça e o Vice-presidente da Associação Nacional de Escolas Profissionais (ANESPO), Domingos Borges.
A governante adiantou que “estes novos cursos para o próximo ciclo formativo (2024 /2027) enquadram-se em cerca de 20 áreas profissionais, como Turismo e Lazer; Hotelaria e Restauração, Economia Verde e Azul, Indústria Alimentares; Electrónica e Automação; Saúde, Trabalho Social e Orientação; Desporto, Contabilidade e Fiscalidade.”
“O ensino profissional conquista
visibilidade nas escolas profissionais”
Relembrou o estudo que foi feito no ano passado junto dos jovens que estavam a frequentar oitavo e nono ano das escolas de ensino geral, “precisamente para perceber quais eram as suas expectativas em termos de percurso formativo, se pretendiam continuar o seu percurso nas escolas do ensino geral, nas escolas do ensino profissional e qual era a área de vocação”. E adianta que esta oferta “reflecte o esforço por parte das escolas profissionais para adequar os cursos às necessidades do tecido empresarial e aos interesses dos jovens que decidam ingressar numa via profissionalizante de ensino que dá equivalência ao 12º ano do ensino secundário e certificação profissional.”
“Neste âmbito, também este ano foi feito um estudo para o tecido empresarial. Convidamos as empresas a responder um questionário para perceber quais as áreas de formação necessárias,” disse.
“O ensino profissional nas escolas profissionais está a conquistar uma crescente visibilidade na nossa Região. Entre os jovens do ensino básico que admitem querer seguir o curso profissional, mais de 80% admite querer fazê-lo numa escola profissional. Estamos, pois, perante uma oportunidade para atrair mais jovens para uma via de ensino profissionalizante segura, necessária e com muito futuro.”, adiantou.
“O ensino profissional
oferece todas as condições
para ser a primeira escolha”
No próximo mês de Maio, o Governo dos Açores dará início à campanha ‘A Tua Primeira Escolha’ que tem em vista a “sensibilização dos jovens para o período de candidaturas aos novos cursos profissionais em oferta para o próximo ciclo formativo”, afirmou a governante.
“Trata -se uma campanha que vai assumir uma lógica de complementaridade às acções de comunicação e divulgação que cada escola profissional está a fazer da sua oferta formativa, incentivando os jovens à escolha de uma via de ensino que oferece possibilidades e vantagens por um percurso de sucesso.”
“A valorização e a dignificação do ensino profissional passa, desde logo, por demonstrar junto dos jovens que é um ensino mais prático em que têm um contacto com o tecido empresarial que não existe no ensino geral”, adiantou.
Maria João Carreiro reafirma a confiança do Governo Regional de que “o ensino profissional nas escolas profissionais oferece todas as condições para ser a primeira escolha dos jovens açorianos. Esta é uma campanha de valorização de uma via de ensino que deve ser a escolha de cada vez mais jovens, inclusive a que eles perspectivam integrar o ensino superior após o secundário.”
“Objectivo é desmitificar
tudo que está a volta
do ensino profissional…”
Quando questionada pelos jornalistas acerca do “mito” de que só optam pelo ensino profissional os alunos que não têm competências para ingressar no ensino geral, Maria João Carreiro reafirma a necessidade de “esbater este mito” pois não é verdade “que os alunos que não querem prosseguir os estudos é que vão para o ensino profissional. Não. Cada vez mais temos óptimos alunos que ingressam pelo ensino profissional por ser um ensino mais prático; onde desenvolvem mais competências práticas para ingressar, de imediato, no mercado de trabalho. Mas, esta opção não invalida que prossigam os estudos, porque, na verdade, há muitos alunos que findo o seu percurso formativo nas escolas profissionais, também optam por seguir estudos no ensino universitário.”
“Temos de perceber que há determinadas áreas profissionais que são muito práticas e, neste sentido, as escolas profissionais são os estabelecimentos de formação mais adequados para promover e desenvolver estas competências”, reafirma a autarca.
“O objectivo é este: desmitificar tudo que está a volta do ensino profissional. Pois é um ensino de qualidade que habilita o formando para integrar, imediatamente, no mercado com competências que o tecido empresarial reconhece e valoriza”, salientou.
No centro do diálogo entre o Governo e as escolas está a necessidade de “consertar respostas aos desafios conjunturais e estruturais há muito reivindicadas pelas escolas profissionais, como a redução progressiva, e sempre que seja possível, da expressão da lógica concorrencial entre escolas do ensino geral e as escolas profissionais, num esforço, ao qual deve também corresponder a não concorrência entre escolas profissionais no mesmo concelho”, referiu.
“Oferta de cursos nas escolas
profissionais é hoje o dobro da oferta de cursos profissionais e do Profij nas escolas de ensino geral”
De acordo com a governante, “se tomarmos com referência os cursos profissionais e os cursos do Profij que abriram no ano lectivo 2022/2023, por comparação à oferta para o próximo ano lectivo, são menos 13 cursos na escolas do ensino geral e mais 9 novos cursos profissionais nas escolas profissionais, que apresentam uma oferta reforçada há 3 anos consecutivos e, por conseguinte, registam um aumento de novos alunos.”
“O desafio que deixo aos jovens, aos pais, aos encarregados de educação é para que confiem nas oportunidades do ensino profissional nas escolas profissionais.”, concluiu.
Daniela Canha