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Jaime Vieira defendeu a criação de uma equipa que elabore rapidamente um plano estratégico para Rabo de Peixe para o programa 20/30

Vinte anos da elevação de Rabo de Peixe a vila

O Presidente da Junta de Freguesia, Jaime Vieira, considerou que Rabo de Peixe “é uma vila que tinha tudo para ser sede de concelho” da Ribeira Grande.
Jaime Vieira, que falava na sessão solene comemorativa dos 20 anos da Vila, coincidente com os 50 anos do 25 de Abril, afirmou que Rabo de Peixe é “terra de gente laboriosa, humilde e trabalhadora” que “há 20 anos era então a maior freguesia dos Açores, mas que dada à sua pujança económica, pelo seu tecido empresarial, pela sua dimensão populacional, competência das suas gentes, à elevada dinâmica das suas associações e instituições, passou de freguesia a vila, era um desfecho mais que esperado.”
Foi por uma iniciativa conjunta da Junta de Freguesia de Rabo de Peixe, então presidida por Artur Martins; e da Câmara Municipal da Ribeira Grande, presidida por um pabopeixense, António Pedro Costa, que “depois do sonho, veio a realidade, conduzindo então a maior freguesia dos Açores, numa das mais jovens vila do país.”
Artur Martins e António Pedro Costa, consideradas por Jaime Vieira como “distintas personalidades” de Rabo de Peixe, “contando com o apoio da nossa diáspora, onde se destacou Manuel Falcão, foram sem dúvidas os obreiros desta mudança de estatuto desta nobre vila…”
“Hoje somos uma referência regional, conhecida a nível nacional e reconhecida a nível internacional”, afirmou Jaime Vieira, considerando que a “grandeza” de Rabo de Peixe “é assinalável” de forma que ainda o ano passado “assinamos um acordo cultural, social e económico com a freguesia de Matosinhos e Leça da Palmeira, uma espécie de geminação.”
“Só uma vila como a nossa, no nosso contexto, poderia ambicionar uma parceria como a junção de freguesias referida. Sim, somos grandes, sim somos uma referência Regional”, declarou o Presidente da Junta de Freguesia.

Necessária resposta “assertiva
e concreta” a Rabo de Peixe

O autarca defendeu a necessidade de uma “resposta assertiva e concreta” a Rabo de Peixe. Preconizou, em sequência, que se crie “o mais rapidamente possível uma equipa para se criar o plano estratégico para Rabo de Peixe para 20/30.”
Jaime Vieira considerou “imperativo que se crie um centro interpretativo das pescas. Somos a maior comunidade piscatória dos Açores. E falar de pesca é falar de Rabo de Peixe,” afirmou.
Reivindicou a construção de um parque urbano. “Somos a comunidade mais jovem do país, 26,6% da nossa população tem menos de 16 anos. Precisamos de um espaço onde as nossas famílias, as nossas crianças e jovens possam brincar e passem momentos de lazer”.
Preconizou a requalificação de “toda a zona costeira. É preciso investir e é preciso dignificar”, reforçou.
“Precisamos de mais habitação, tirando as moradias que vão ser construídas através da cooperativa que dão resposta a um determinado público e muito deste público não é desta vcaila. É preciso criar mais habitação para esta vila,” preconizou.
“Urge resolver o problema do Mira Mar, ou seja, se estamos hoje aqui neste auditório, é porque não temos o nosso teatro disponível. A Câmara já mostrou disponibilidade em ficar com a gestão do Teatro, agora só têm que se entender, o Teatro Micalense tem que ceder. Não podemos ficar penalizados,” disse.
Defendeu que “na ligação Rabo de Peixe à Ribeira Seca, se construa uma ciclovia e se faça a electrificação” numa via que “muito possivelmente é das vias onde passa mais trânsito.”
Considerou “uma necessidade” a cons-trução de um parque de estacionamento. Aliás, como salientou, torna-se importante a criação de mais parques.”

“E preciso investir mais
em Rabo de Peixe…”

O Presidente da Junta sublinhou que “é preciso investir mais nesta Pila, é preciso recuperar algum tempo perdido por falta de investimento de governos anteriores, pois é importante não esquecer que nesta vila, temos mais população que mais cinco ilhas dos Açores, bem como, somos maiores do que a maioria dos concelhos.”
Jaime Vieira salientou que “será sempre o primeiro a chamar atenção a quem de direito para se investir” em Rabo de Peixe porque, como presidente de junta, “tenho de defender a minha terra, tenho de estar ao lado de quem votou em mim. Nunca, mas nunca quero defraudar esta gente, gente que esteve sempre ao meu lado, que fez de mim o que sou politicamente. Por isso, comigo, esta Vila estará sempre em primeiro lugar. Enquanto for Presidente da Junta, em primeiro lugar está Rabo de Peixe, depois o resto.”
Rabo de Peixe, “uma terra que representa 36,5 por cento da riqueza da Ribeira Grande, que tem grandes empresas de construção civil, indústrias, várias empresas de serviços, o maior porto de pesca dos Açores, possui a sede da Federação Agrícola, excelentes restaurantes, mais de 40 associações de diversos quadrantes, só pode ser considerada uma terra com muita riqueza,” sublinhou o autarca.
“…Fomos eleitos por um povo, que nos valida, como valida as câmaras municipais e o governo regional. Por isso, têm de nos ouvir muito mais, quando precisamos de investimentos, porque nós é que estamos na linha da frente,” afirmou Jaime Vieira.
Recordou que, quando foi eleito pela primeira vez, “entrei com muitas ilusões, com muitos sonhos, com muita vontade de alterar o estado das coisas, de fazer por Rabo de Peixe o que esta terra merece. E hoje afirmo que, apesar das muitas dificuldades encontradas” ainda continuo a querer fazer mais por esta Vila,” disse.
Mas, completou Jaime Vieira, “chego à conclusão que por mais que nós queiramos fazer, a mesma só é possível, com a vontade de todos, ou seja com o governo e com a câmara.”
Explicou que “gerir uma vila destas com orçamentos na casa dos 350 mil euros, mais um acordo inter-admistrativo para uma limpeza ou para uma obra é manifestamente pouco.”
“Sim, esta é uma responsabilidade de todos. Este é um desígnio que todos têm que ter. Este é um desafio que todos temos que enfrentar, com coragem, com ambição mas, acima de tudo, com determinação”, concluiu.

Obra feita na freguesia

O autarca realçou o que a Junta de Freguesia, a que preside, “fez em termos de obras durante o ano que passou, desde a requalificação do largo frei do presépio e dos sanitários públicos que hoje (quinta-feira) inauguramos, a segunda fase do parque Rabo de Peixe dos pequeninos, a requalificação da praia de Santana, através de acordos inter-administrativos com a câmara municipal, também tem ajudado a elevar o nome de rabo de peixe.”
Através dos fundos comunitários, a Junta de Freguesia “conseguiu realizar a obra da ciclovia na avenida D. Paulo José Tavares, bem como a aquisição de um aspirador eléctrico e uma carrinha de 9 lugares.”
“Com a ajuda deste Governo regional,” prosseguiu, “recebemos uma verba para a primeira fase da zona de lazer, lúdica e desportiva das Quintas do Mar, vindo colmatar algumas lacunas que possuíamos para dar uma resposta nesta área. E estas obras, sem dúvida, estão a engrandecer ainda mais a nossa terra.”

As homenagens
a Artur Martins
e António Pedro Costa

Jaime Vieira começou a sua intervenção por agradecer ao seu executivo na Junta de Freguesia, a Anália, Marta, Marco Aurélio e António Paulo, pois “o vosso contributo é determinante para alcançarmos muitos dos objectivos políticos a que o Executivo se propôs.”
Deixou também palavras de agradecimento para a Assembleia de Freguesia presidida por António Pedro Costa, à sua família, esposa Natércia e às filhas, Margarida e Carolina, pelo” suporte incondicional que me prestaram e pela imensa tolerância que revelaram, ao longo destes anos, em relação às exigências desta função, tantas vezes inconciliável com a normalidade da nossa vida familiar.”
Dedicou, também, uma palavra para aos dois homenageados da sessão, Artur Martins e António Pedro Costa, pois “além de muito trabalho desenvolvido nesta vila, tiveram um papel de extrema importância na elevação de Rabo de Peixe a Vila”.
António Pedro Costa, quando interveio na sessão, tinha sido surpreendido pela homenagem que lhe prestou a junta de Freguesia. O antigo Presidente da Câmara da Ribeira Grande e antigo Presidente da Junta de Freguesia de Rabo de Peixe considerou, na altura, que a elevação à categoria de vila “não foi apenas um título honorífico, mas sim o resultado do trabalho árduo, da dedicação e do espírito empreendedor dos nossos cidadãos. Desde os primeiros passos hesitantes até aos grandes saltos em direcção ao progresso, cada conquista foi moldada pelo esforço colectivo e pela visão compartilhada de um futuro melhor para todos, nunca esquecendo o incentivo dos nossos emigrantes em todo este processo, pois foram a força impulsionadora para que Rabo de Peixe chegasse a vila.”
“Que estes 20 anos sejam apenas o prólogo de uma jornada ainda mais extraordinária. Que possamos continuar a crescer juntos, aprendendo uns com os outros, apoiando-nos mutuamente e a compartilhar a alegria de pertencer a esta comunidade única que sempre foi chamada pelo lugar do Rabo de Peixe. De mãos dadas com a Câmara Municipal, com o Governo Regional e com o acesso a apoios extraordinários estamos convictos que nos ajudarão a dar o salto qualitativo de que bem merecemos,” defendeu António Pedro Costa.
“Como as ondas que batem incessantemente contra as rochas, somos invencíveis, imunes ao tempo e à distância e, feitos sentinelas das nossas ancestrais tradições, cada um é embaixador-mor de uma cultura que transcende fronteiras. E, onde quer que estejamos, carregaremos connosco o orgulho e a força da nossa querida vila”, concluiu o antigo Presidente da Junta de Freguesia.
O elogio aos dois homenageados, Artur Martins e António Pedro Costa, foi feito por Américo Natalino de Viveiros que, numa curta e muito aplaudida intervenção, realçou os feitos de ambos e o empenho que sempre evidenciaram em defesa de Rabo de Peixe.
J.P.

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