Meus Queridos! Fui convidada pelo Presidente da Câmara de Ponta Delgada, Pedro Nascimento Cabral, para a cerimónia que se realizou no dia 22 de Abril na Casa de Natália Correia para celebrar antecipadamente o 25 de Abril com os dois palestrantes convidados para repassarem a evolução da Autonomia ao celebrarem-se cinquenta anos da revolução do 25 de Abril que instaurou a democracia assim como institui depois a Autonomia Política e Administrativa dos Açores e da Madeira. Os dois palestrantes foram os Presidentes dos Governos Regionais, João Bosco Mota Amaral e Alberto João Jardim, tendo como moderador o nosso conterrâneo Lopes de Araújo… Tratou-se de uma aula dada pelos dois intervenientes, e que não se ficaram apenas pelo passado da Autonomia, mas falaram também do futuro. Ainda tentei levar o meu vestido azul bandeira, mas quando fui ao baú para o retirar, vi que uma “maldita” traça andou por lá e deixou alguns buraquinhos que vou ver se consigo repara-los. Cá por mim, digo que a iniciativa foi um momento alto, e por isso mando um repenicado beijinho ao meu rico Presidente da Câmara, Pedro Nascimento Cabral, pela iniciativa e pela forma como recebeu todos os convidados….
Meus Queridos! No dia 25 de Abril recebi um convite feita pela minha comadre Angelina para assistir às festas dos 20 anos de elevação da freguesia de Rabo de Peixe a vila, lá fui também à cerimónia que se realizou na Escola Rui Galvão de Carvalho, um belo estabelecimento de ensino que marca a aposta feita pelas várias instituições na educação e sobretudo no combate à redução do absentismo escolar naquela populosa vila do concelho da Ribeira Grande. Na cerimónia não faltaram os discursos quer do Presidente da Junta de Freguesia, Jaime Vieira, que fez um retrato do que já foi feito e do muito que falta fazer naquela importante vila que tem 8.799 habitantes, enquanto as freguesias que compõem o núcleo populacional da cidade, de acordo com os dados de 2021 tem uma população de 12. 762 pessoas, ou seja apenas a vila de Rabo de Peixe representa 69% da população do núcleo citadino. Seguiu-se a intervenção do Presidente da Assembleia de Freguesia, António Pedro Costa, que fez uma importante intervenção lembrando as qualidades da vila o que ela representa em termos económicos para o concelho e aquilo que ainda tem de ser feito para responder às necessidades existentes e garantir a qualidade de vida das populações. O Presidente da Câmara, Alexandre Gaudêncio, anunciou o que tem em carteira para fazer ainda este ano quanto a obras que pedem aos santos para que sejam realizadas, sobretudo a repavimentação das principais rodovias que são usadas por milhares de utentes todos os dias. Em nome do Governo, Berta Cabral fez um resumo dos feitos e das perspectivas que estão em carteira e podem beneficiar a vila. No final foi feita uma intervenção pelo Director do Jornal que tão generosamente me acolhe no seu seio, descrevendo a evolução do concelho e em particular da vila de Rabo de Peixe depois do grande projecto “Velhos Guetos, Novas Centralidades”, que mudou a face da vila, mas que importa conservar o que foi executado e acudir agora ao que precisa ser renovado…. Esse foi o “intróito” para que apresentasse os dois homenageados, filhos da vila e grandes obreiros do crescimento e enriquecimento do município: Artur Francisco Sousa Martins e António Pedro Rebelo Costa. Foi uma boa jornada e parabéns aos homenageados e ao Presidente da vila de Rabo de Peixe, Jaime Vieir,a pelo êxito da sessão e depois do cortejo alegórico que percorreu a vila de Rabo de Peixe que é muito mais do que lembrar que foi “um celeiro” da droga vinda do estrangeiro e que deu à costa naquela freguesia, que merece ser lembrada pela braveza dos seus pescadores desde sempre. Um repenicado beijinho aos homenageados e que continuem a trabalhar de acordo com as forças que têm pelo bem de Rabo de Peixe.
Meus Queridos! Tinha jurado a mim mesma não falar do espectáculo que foi o discurso proferido pelo Deputado e Presidente do Chega André Ventura no 25 de Abril, porque achei-o excessivo e demasiado populista para a ocasião, mas, depois da minha Prima Maria da Praia me ter enviado o resumo do que disse o Presidente Marcelo numa conferencia que manteve no dia 24 com os jornalistas estrangeiros, fiquei enjoada e sou levada a dar razão ao que disse André Ventura… pois não só foi um erro crasso o Presidente Marcelo vir a terreiro anunciar que é preciso indemnizar as antigas colónias durante a colonização… Certamente que esse “desvario” sobre a colonização vai juntar-se ao que disse Marcelo sobre os dois Primeiros -ministros…. António Costa e Luís Montenegro. Quanto ao novo Primeiro-ministro diz que ele é caipira, imprevisível e dá muito trabalho, é uma pessoa que vem de um país profundo, urbano -rural, com comportamentos rurais. É muito curioso, difícil de entender, precisamente por causa disso. Mas o Presidente foi mais longe e…. quanto ao Primeiro-ministro cessante, António Costa, Marcelo na avaliação que fez à mesa do banquete com a imprensa estrangeira disse: António Costa, “por ser oriental, era lento, gostava de informar, acompanhar e entregar”. É a primeira vez que se ouve um Presidente fazer à imprensa estrangeira uma avaliação do modus operandis dos seus Primeiros-ministros, o que é impróprio para um Presidente da República que ainda tem dois anos de mandato a cumprir.
Ricos! Mas, como isso não bastava, lendo a imprensa internacional a minha amiga Gertrudes contou-me que um parente dela que esteve no banquete, por ser jornalista no estrangeiro, disse-lhe que Rebelo de Sousa, no jantar, na noite de Terça-feira com jornalistas estrangeiros, referindo-se ainda ao Primeiro-ministro Luís Montenegro, acrescentou, além de ser é uma pessoa que vem de um país profundo, urbano -rural, com comportamentos rurais e ser muito curioso, difícil de entender, precisamente por causa disso, além de ser completamente independente, não influenciável e improvisador”. Rebelo de Sousa, foi mais longe e…. lembrando que o Primeiro-ministro cessante António Costa, “por ser oriental, era lento, gostava de informar, acompanhar e entregar”, enquanto Montenegro não é oriental, mas é lento, tem o tempo do país rural, embora urbanizado. … disse que lhe faz lembrar o antigo PSD (Partido Social Democrata), que era isso… enquanto o PS (Partido Socialista) era Lisboa, a grande Lisboa, as áreas metropolitanas, e o PSD era o resto do país, sobretudo o Norte e o Centro -Norte”, comparou Rebelo de Sousa. O Presidente da República e anfitrião do banquete afirmou que diariamente, é surpreendido pelo novo Primeiro-ministro. “Todos os dias, tenho surpresas, porque ele é imaginativo e tem uma lógica de raciocínio como sendo de um país tradicional. É estimulante, mas, para mim, dá muito trabalho”…. Cá por mim o trabalho que Montenegro lhe dá é o de concorrer com a imaginação que todos os dias Marcelo precisa de ter na agenda…. De comentário quando se expõe à comunicação social para não ser esquecido e andar sempre na onda do comentário que é a sua maneira de ser e viver!
Ricos: A minha sobrinha-neta convidou-me para a festa da Primeira Comunhão do seu filho, cerimónia que se realizou na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, no Lagedo e tenho de confessar que fiquei rendida ao múnus do padre Norberto Brum, que fez daquela eucaristia um momento memorável. Foram mais de noventa crianças que se abeiraram, pela primeira vez, da comunhão e aquele vastíssimo templo foi pequeno demais para albergar os respectivos familiares. Os avós tiveram de contentar-se a ficar de pé nos corredores ou subir até ao coro-alto para participar, enquanto irmãos e amigos encheram literalmente o adro da igreja. Na minha idade e com a minha costumada dor ciática não pude subir as escadas do coro, mas felizmente consegui um lugarzinho por gentileza de um simpático casal. Na ocasião, vieram-me lágrimas aos olhos ao ver a candura da entrada “judaica” de todas as crianças no templo. As suas angélicas vozes e a dos pais devidamente ensaiados, encheu-me a alma com a alegria contagiante de gestos devidamente coordenados. Toda a cerimónia bastante participada e com as palavras simples e profundas do padre Norberto que até arrancou algumas gargalhadas, pela forma descontraída com que transmitiu a mensagem do Bom Pastor, ao parafrasear D. Armando, de que se Jesus vivesse nos Açores não falaria às multidões do rebanho e das ovelhas, mas a manadas de vacas… Daqui mando um repenicado beijinho para o padre Norberto Brum assim como para todos quantos se mobilizaram para fazer daquela cerimónia um momento inolvidável na vida daquelas crianças e de seus pais.
Ricos! E já que estou a falar de religião, a minha prima Augusta disse-me que foi Domingo passado à missa do meio-dia à Igreja de São Sebastião em Ponta Delgada, e depois da homilia sobre o Bom Pastor e as qualidades que deve ter um “Bom Pastor”, proferida pelo meu rico cónego Adriano Borges, no decurso da missa e a quando da invocação do Pai Nosso, o celebrante junto no altar-mor… cerca de quarenta crianças que juntas… e julgo que pela primeira vez em conjunto, rezaram o Pai Nosso em voz alta. Foi um momento bonito para ensinar a importância da invocação do Pai Nosso às crianças ainda a tempo de não se esquecerem durante a vida de invocarem o “Altíssimo” sempre que estejam aflitas. Seguiu-se uma foto no altar para lembrança futura do momento especial que viveram… tanto as crianças como os familiares que participavam na missa…. É importante explicar desde cedo às crianças, e de forma simples, os princípios da cristandade que hoje são esquecidos pelos excessos que crescem numa sociedade global… e que se perde no que lhes é oferecido pelas novas tecnologias, esquecendo a importância que tem na vida das pessoas, princípios como a sã convencia e a solidariedade para com os outros.
Meus Queridos! E a propósito dos outros, fiquei toda arrepiada quando li uma notícia que dava conta que um bebé apenas com cinco meses foi deixado pelos pais a um casal vizinho, na zona de Lisboa, envolto num saco de plástico, que substituía a fralda e apresentava uma mancha debaixo do olho esquerdo, que tudo indicava ser a marca de uma queimadura de cigarro que por pouco não o cegou a criança, que é filho de um pai toxicodependente e de uma mãe que se ausenta de casa para se prostituir… O bebé está a ser acompanhado no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e já foi sinalizado pelos profissionais do Núcleo de Apoio às Crianças e Jovens Este é, entre muitos um retrato degradante da sociedade. Juro que não onde vamos parar com tanta miséria.