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104 anos ao serviço dos Açores

1- Há 104 anos nasceu o Jornal Correio dos Açores e nessa altura ainda se sentiam as feridas deixadas pela 1ª Grande Guerra, em que as potências europeias se envolveram, deixando 10 milhões de mortos e 20 milhões de feridos. Naquela altura, as populações estavam martirizadas pela perda dos entes queridos e sentindo ainda o som do roncar das armas.
2- Pensávamos que a primeira guerra servisse para evitar novas guerras, mas isso não aconteceu, pois tivemos uma segunda, e vamos a caminho de uma terceira, se não houver tino das partes em conflito.
3- Os efeitos das guerras são terríveis para os cidadãos, sobretudo para os mais frágeis que não têm voz, deixando a economia enfraquecida, e inúmeras chagas sociais.
4- Os Açores, que formam a fronteira entre a Europa e as Américas, tiveram desde o século XIX grande importância na rede de comunicações entre continentes. Daí o Correio dos Açores ter escolhido como tema do seu aniversário, os Açores e os cabos submarinos, recorrendo ao acervo histórico que existe. Pelos trabalhos que publicamos podem avaliar-se quão importantes foram e são os Açores para o mundo atlântico.
5- Há um século, por iniciativa do Director do jornal Correio dos Açores, José Bruno Tavares Carreiro, deu-se a “visita dos intelectuais aos Açores”, que tinha por fim conhecer as ilhas e aferir a razão das justas reivindicações assentes na necessidade autonómica.
6- Um século depois, o CHAM- Açores, associado à Universidade dos Açores, através dos seus investigadores, irá promover um colóquio da Visita dos Intelectuais, que teve lugar há 100 anos.
7- Nos cinquenta anos do 25 de Abril, tem-se falado de Autonomia, tal como aconteceu no passado dia 22 no Centro Cultural Natália Correia, num debate promovido pelo Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada em que intervieram dois paladinos da Autonomia, João Bosco Mota Amaral e Alberto João Jardim.
8- Falou-se do passado, e apontaram-se reformas que são fundamentais para o futuro da Região, esperando-se que as medidas propostas no período eleitoral, quer pelo PS como pelo PSD, sejam em breve materializadas em lei.
9- A comunicação social, sobretudo a imprensa escrita, tem pela frente, combates a fazer, como por exemplo o uso e abuso da notícia falsa, despida de racionalidade, que ludibria e intoxica.
10- Mas, para isso, precisa que a sociedade lhe dê valor porque a Comunicação Social, no caso a imprensa escrita, é um pilar da Democracia, e é preciso que o Estado e a Região reconheça a importância que ela tem, e contribua, como acontece em muitos países da Europa, para que ela possa pagar o justo salário a cada trabalhador de uma empresa jornalística.
11- Não tenham medo, porque dificilmente um jornalista se “vende”, porquanto no trabalho do dia-a-dia acompanha-o o compromisso deontológico e ético que cada um assume ao tornar-se jornalista.
12- O Correio dos Açores nasceu num período de incerteza, que contou com a afoiteza dos seus fundadores, perspectivando o papel que lhe caberia no futuro. Mantemos a mesma afoiteza, mas os custos são grandes, e só se consegue dar valor a um bem, no dia que o perdemos.
13- Somos História e fazemos história, e todos os dias perspectivamos novas causas, dando voz à sociedade e a todos aqueles que não têm voz. Com esse trabalho diário que fazemos, pensando no tempo novo que há-de vir, contribuímos para fortalecer uma sociedade que se quer construtiva, empenhada na literacia que veicula os vários sectores económicos, culturais e sociais.
14- Aos 104 anos, impõe-se agradecer a todos os nossos leitores e assinantes permanentes, e de forma particular aos nossos clientes, que ao longo do tempo são parceiros na publicidade, que é tão importante para a empresa, neste período de penúria.
15- Igual agradecimento é dirigido aos nossos colaboradores regulares que prestigiam as páginas do Correio dos Açores, com a sua opinião e saber, e somos gratos pela sua participação na edição dos 104 anos e que chamam a atenção do Governo para que contribua para que esta longa caminhada, que teimosamente iremos fazer, tenha êxito.
16- Aos jornalistas, que são os obreiros a toda a hora e aos demais trabalhadores, fica o agradecimento aos que fizeram do Correio dos Açores uma escola “primária” e depois procuraram novos voos, e ao excelente quadro que temos, resta aqui deixar registada a nossa gratidão.

Américo Natalino Viveiros

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