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Europeias 2024: o quadro que se vê

A 9 de junho de 2024 realizam-se as eleições europeias para a eleição de 21 deputados em listas nacionais. Continuamos sem o devido reconhecimento das regiões ultraperiféricas com direito à sua própria candidatura.

Um exemplo
de reconhecimento autonómico

A Iniciativa Liberal é o partido que nestas eleições, reconhece e traduz o reconhecimento autonómico com representação das regiões autónomas em lugares que espelham o Estado Unitário. O 2º e 3º lugares da lista nacional são ocupados por um açoriano e madeirense, respetivamente. Um partido que não existia aquando da adesão à Comunidade Europeia e que não esteve presente na Constituinte, não participou na inscrição do artigo 6º da Constituição, é aquele que dá uma lição de democracia, autonomia e representatividade do território nacional.

PS e AD

Há muito que o PS reserva a 5ª posição (noutros anos, a 6ª posição) para o candidato dos Açores. Esta é uma posição que garantirá um representante açoriano na Europa. A AD, infelizmente, sujeita-se novamente, após o desconforto em 2019 e a trapaça ao ex-presidente do Governo Mota Amaral, ao 7º lugar. Com a mudança do quadro eleitoral, com a IL, o Chega e o Livre, a concorrerem diretamente para a eleição de deputados, o 7º lugar poderá não ser suficiente para uma segunda representatividade dos Açores na Europa.

André Rodrigues

André Rodrigues, é a voz açoriana que se segue no parlamento europeu. Possui uma excelente capacidade de retórica e de análise política, mas não lhe é conhecido nenhum pensamento sobre os temas europeus que implicam na vida dos açorianos e, até aos dias hoje, é conhecido como um candidato distante dos cidadãos e personifica bem o carreirismo na política.

Paulo Nascimento Cabral
Pela posição que ocupa na lista dificilmente Paulo Nascimento Cabral representará os Açores. É também um carreirista político. Desde há muito que está envolvido em funções europeias em representação do PSD, tendo pensamento político sobre a Europa. Teria boas condições para a função de eurodeputado, quisesse assim Montenegro e Bolieiro. O PSD apresenta-o, também, como uma aposta arriscada. Desde as divisões internas face ao seu nome, à incapacidade de recrutar fora do partido.

Saltitões

O PS apresenta nos cinco primeiros lugares da lista às europeias, quatro cidadãos eleitos nos últimos atos eleitorais que ainda este semestre assumiram compromissos perante os portugueses. Marta Temido, Francisco Assis e Catarina Mendes, foram cabeças de lista em distritos como Lisboa, Porto e Setúbal; e André Rodrigues foi quinto na lista por São Miguel à Assembleia Regional. Estes saltos entre listas não dignificam a política e retiram a confiança de quem os elege para um mandato e denota a falta de estratégia que é substituída pela tática.

Vasco Cordeiro

Há muito, com reforço após 5 de fevereiro de 2024, que a presença de Vasco Cordeiro na Europa, como Presidente do Comité das Regiões, eleito presidente em junho de 2022, tem sido fortemente assídua e com representação positiva a favor dos Açores.
O caminho esperado por muitos era o de Vasco Cordeiro representar os Açores no Parlamento Europeu. Um ex-presidente do Governo e atual presidente do Comité das Regiões nunca poderia ocupar o 5º lugar.
O PS deveria ter proposto a Vasco Cordeiro o 2º lugar da lista e possivelmente o candidato açoriano ao Parlamento Europeu seria Vasco Cordeiro. Os conflitos internos e as amizades pessoais nunca foram bons conselheiros para uma competente representação dos eleitores. Mota Amaral em 2019 foi vítima da ingratidão do PSD. O que aconteceu entre Pedro Nuno Santos e Vasco Cordeiro?

Sónia Nicolau

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