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Hospital do Divino Espírito Santo evacuado devido a incêndio no posto de transformação

A Administração do Hospital do Divino Espírito Santo decidiu ontem evacuar, por completo, a unidade hospitalar devido a enormes ondas de fumo que resultaram do incêndio que deflagrou no posto de transformação de electricidade, onde surgiram, por momentos, grandes labaredas de lume.
Foi decidido desligar a electricidade e o ar condicionado do hospital e retirar todos os doentes. Inicialmente, apenas os doentes ventilados começaram a ser evacuados para o hospital da CUF mas, ao fim da manhã, o Conselho de Administração optou pela evacuação total.
Ao mesmo tempo que os Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada controlavam o incêndio após enormes labaredas saírem do posto de transformação de electricidade, os doentes estavam a ser evacuados pela porta principal e por uma zona próxima do Serviço de Urgência. E em simultâneo, pelo que foi dado ver ao Correio dos Açores, já estavam a ser montados grandes postos de transformação móveis, como primeiro passo para que se retome a normalidade no Hospital do Divino Espírito Santo. Uma normalidade que só deve acontecer dentro de, mais ou menos, uma semana.
O incêndio deflagrou num quadro eléctrico, pelas 9h30 de ontem por entre muito material inflamável e amontoados de fios, o que dificultou a acção inicial dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada.
Ao longo do combate ao incêndio, que terá provocado quatro feridos leves entre os bombeiros, os “soldados da Paz” foram de uma determinação, empenho e até uma eficácia que levou à extinção do fogo o mais rapidamente possível. Todos com o apoio, no terreno, do comando e do próprio Presidente da Associação Humanitária, João Paulo Medeiros.

A ilha a evacuar um hospital.

Por segurança, dezenas de doentes, sobretudo dos serviços hospitalares próximos das ondas de fumo, começaram a ser colocados do lado de fora do hospital.
E, quando se decidiu pela evacuação total da unidade hospitalar, o apelo lançado pelo HDES foi ouvido em toda a ilha e de todos os centros de saúde, quartéis de bombeiros e câmaras municipais de todos os concelhos de São Miguel surgiram ambulâncias e autocarros para evacuar os doentes todos acompanhados por enfermeiros e pessoal médico.
Sobretudo a Unidade de Saúde de São Miguel, o Hospital da CUF, os centros de Saúde da Ribeira Grande e Vila Franca, e a Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada receberam ontem doentes numa operação que decorreu durante toda a tarde de ontem.
A Administração do hospital de Ponta Delgada garante que todos os doentes saíram do hospital com a máxima segurança em termos de cuidados de equipas de enfermeiros e de médicos que se espalharam por onde os utentes foram colocados.
Isto mesmo era confirmado no último comunicado da administração hospitalar, a que o Correio dos Açores teve acesso: “a evacuação decorreu com acompanhamento médico e de enfermagem, de modo assegurar os cuidados de saúde dos doentes”.
O hospital deu também conta neste comunicado que os doentes que, “a partir de agora necessitam de cuidados urgentes devem se deslocar para Urgência da CUF. E para os doentes com cuidados emergentes e situações menos urgentes devem deslocar-se para as unidades de urgência dos centros de saúde da ilha

Presidente do Governo acompanhou
combate a incêndio e evacuação

O Presidente do Governo dos Açores garantia, entretanto, que as autoridades estão a “fazer tudo” para minimizar os danos do incêndio “dramático” no hospital de Ponta Delgada, alertando para a “necessidade premente” de renovar as unidades de saúde.
“A situação é lamentável. É dramática. Mas estamos todos a fazer tudo o que é possível para minimizar os danos”, declarou José Manuel Bolieiro, na emissão especial da RTP/Açores dedicada ao incêndio que deflagrou no HDES.
O incêndio naquela que é a maior unidade de saúde dos Açores obrigou à transferência dos doentes ventilados para uma unidade de saúde privada e ao encerramento das urgências, segundo disse à agência Lusa fonte hospitalar.
O Presidente do Executivo dos Açores confirmou que o incêndio teve origem num quadro eléctrico e alertou para a necessidade de renovar os equipamentos do Serviço Regional de Saúde (SRS).
“Precisamos de compreender no domínio político a importância de olharmos para a situação ao longo de todos estes anos dos nossos equipamentos e instalações para termos um investimento robusto para reabilitar e inovar, além de mobilizar e ampliar instalações de saúde ao longo de todo o SRS”, salientou.
E acrescentou: “É emergente. Não temos meios disponíveis. Não deixarei também de alertar o Governo da República e o Primeiro-ministro para essa necessidade premente”.
José Manuel Bolieiro deixou uma palavra de “gratidão e orgulho” a todos os profissionais de saúde que “accionaram os meios com prontidão máxima” e assegurou que “está tudo a ser acautelado” para garantir o “regresso à normalidade”.
O líder regional admitiu o fretamento de um avião caso seja necessário deslocar doentes e agradeceu o trabalho de todos os profissionais envolvidos no combate às chamas.

J.P.

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