O Dia da Europa foi comemorado anteonteontem no Auditório Norte do campus Ponta Delgada da Universidade dos Açores, com um evento intitulado de “Comemorações do Dia da Europa: os Açores, a Europa e a Relação Transatlântica”.
Na sessão de abertura do evento, estiveram presente Ana Paula Pires, da Comissão Coordenadora do American Corner da Universidade dos Açores, em representação da Pró-Reitora para a Cooperação, Internacionalização e Ensino à Distância, Berta Pimentel, subdirectora do Centro de Estudos Humanísticos (CEHu) da Universidade dos Açores, Laudalina Esteireiro, coordenadora do American Corner da Universidade dos Açores, e Paulo Vitorino Fontes, coordenador do Human Right Projects.
Ana Paula Pires explica que o Dia da Europa é uma data “sempre muito importante e digna de ser assinalada”, além de relembrar algumas razões que terá por trás da criação desta data.
“Se pensarmos nas razões de trás deste Dia da Europa quando (Robert) Schuman pensou, teria sido não existir mais guerra na Europa, tendo em consideração a memória da Segunda Guerra Mundial. Hoje em dia, a Europa coloca desafios, entre os quais, a guerra resultante da invasão da Ucrânia pela Rússia, os impactos dos conflitos latente do Médio Oriente e outros desafios não sendo bélicos que podem conduzir a situações de alguma tensão. Creio que as eleições europeias em Junho poderá ser um teste também a todos estes novos desafios que a Europa atravessa desde logo, a questão das fake news, da desinformação, da guerra tecnológica e sobretudo a ascensão dos populismos. Portanto, o Dia da Europa é sempre uma data muito importante e digna de ser assinalada, e este ano com as eleições europeias e com todos os desafios e testes que a democracia vem a ser alvo, é mais um motivo para este debate”, explica Ana Paula Pires, da Comissão Coordenadora do American Corner da Universidade dos Açores, em representação da Pró-reitora para a Cooperação, Internacionalização e Ensino à Distância.
Berta Pimentel, subdirectora do Centro de Estudos Humanísticos (CEHu) da Universidade dos Açores, afirmou que o evento foi criado para “dar a palavra a quem conhece e dar a voz a quem quer conhecer, de forma mais aprofundada, as instituições europeias, que são os nossos jovens, investigadores e investigadoras formados nesta academia, nas nossas áreas de estudos europeus e de relações internacionais e que participarão na mesa redonda” do evento, explicando ainda o compromisso do Centro de Estudos Humanísitcos com os estudos europeus: “É um projecto que pretende ser palco e ser viga para desenvolvimentos futuros e, efectivamente, esta nossa ligação estreita aos estudos europeus é que justificam que, desde a nossa criação, é um centro relativamente jovem, sempre tivemos associados.”
Paulo Vitorino Fortes, coordenador do Human Right Projects, afirma que esta actividade “é um momento informal, mas que pode ser de reflexão e de aprendizagem” para os jovens, admitindo que deposita muita esperança nos jovens e que espera ser surpreendido com uma maior participação destes nesta eleição europeia.
Laudalina Esteireiro, coordenadora do American Corner da Universidade dos Açores, acredita que “quase tudo o que acontece no mundo, actualmente, tem interesse para a Europa e os Estados Unidos também” e, por isso, é “importante o American Corner de se associar a esta iniciativa”.
No evento, além da sessão de abertura, houve um painel com a presença dos antigos eurodeputados Maria do Céu Neves e Ricardo Serrão Santos, com a moderação de Carlos Eduardo Pacheco Amaral, Director Regional dos Assuntos Europeus e Cooperação Externa, com o título “Que desafios para o futuro da União Europeia?” e, ainda, uma mesa redonda intitulada de “Porque é importante votar?”.