Presidente do Governo homenageia bombeiros pelo desempenho na extinção do fogo no Posto de Transformação do Hospital do Divino
O Presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, anunciou ontem à tarde, que no próximo Conselho do Governo, na Quinta-feira, vai ser aprovada uma “bonificação do tempo de serviço para efeitos de pensão do bombeiro”.
“Sob minha proposta, a Região, em vez de pagar, como estava previsto, 25% das contribuições, passará a pagar 50% dessas contribuições. E isso tem este efeito: isenta o bombeiro de pagar o que quer que seja neste esforço que é para garantir no quadro da bonificação do tempo de serviço para efeitos de pensão”, explicou José Manuel Bolieiro
Disse que proposta inicial “apontava para que o bombeiro contribuísse, ele próprio, com 25%, a Região 25%, e a Liga dos Bombeiros os restantes 50%. A proposta vai agora no sentido de libertar qualquer responsabilidade financeira do bombeiro para esta compensação. A Região assegurará 50% e os outros 50% a Liga dos Bombeiros. Será assim uma forma de minimizar o esforço financeiro dos bombeiros. Porque é assim que também damos o contributo para a amplificação da carreira”, realçou.
Este apoio extraordinário acumula com outro apoio extraordinário que, “em vez do subsídio de risco, sobre o qual nós não temos quaisquer competências na Região, assumirá num montante de 50% da remuneração mínima garantida sempre que houver um número de horas voluntárias determinadas e efectuadas por cada bombeiro que efectue este trabalho.”
“Se não fossem os bombeiros
podiam morrer pessoas no HDES”
O chefe do Executivo, que falava na cerimónia de homenagem às Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários que estiveram a combater o fogo no Posto de Transformação Eléctrica do HDES, enalteceu a vida quotidiana dos bombeiros que “correm riscos de segurança própria pela segurança dos outros e isto tem de ser elevado e reconhecido em cada instante.”
Manifestou “profunda convicção de que, se não fosse a competência, prontidão, diligência, o vosso saber, que também alcançaram por treinos, por acções de formação que muito nos honra (…).”
Em relação à intervenção específica no Hospital do Divino Espírito Santo, “perante aquele sofrimento do incêndio, ainda ficou demonstrada uma capacidade de reacção pela frieza de o fazer. O pânico poderia ser o mais fácil de acontecer entre todos e a verdade é que felizmente não houve pânico. Houve saber fazer. A restrição do incêndio e da sua dimensão não teve a ver nem com a sua ignição, nem com a dimensão do mesmo, teve a ver com a vossa competência e acção. A dimensão do incêndio foi a que foi, apesar de ser imensa, intensa, perigosa, mesmo assim contida por causa da vossa competente acção”, afirmou José Manuel Bolieiro.
“É bom que todos saibam” que o saber fazer dos bombeiros “foi decisivo para que o alastramento daquele incêndio não tivesse sido devastador e posto em causa a vida de tantos, senão mesmo de todos.”
“Souberam agir no perigo com a diligência e o conhecimento. E mesmo assim feridos porque se entregaram à missão sem cuidar de si próprios”, realçou.
Enaltecidos os profissionais
de saúde do HDES…
“Este é um elemento que não pode passar ao lado dos beneficiários da vossa acção nem dos responsáveis políticos na definição e no reconhecimento do vosso louvor. Eu não me esqueço. Eu valorizo. Eu exalto e louvo. Esta pois é a razão desta cerimónia e desta homenagem,” frisou o Presidente do Governo, que realçou o facto dos profissionais de saúde do HDES terem passado de uma situação de celebração de missa integrada nas festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres para um outro momento de “pronta reacção para accionar o plano de emergência hospitalar, que contou com a vossa pronta ajuda e adesão.”
Destacou que o próprio edifício do HDES “e a sua falência foram diminuídos nas consequências e no potencial do fogo, pela vossa competência e diligência. Hoje, apesar da gravidade dos incidentes, está muito menos prejudicado o edifício e as próprias instalações, por causa da emergência com que souberam lidar com o fogo,” disse.
“Em saúde, a exigência, a segurança, a redundância da convicção e a espera do teste para saber se há condições para a retoma da normalidade é que fará com que o atraso da recuperação e da retoma da normalidade no hospital aconteça. Não por causa da vossa acção humana e pessoal, porque esta acção fez com que permitisse que os danos não tenham tido nem a dimensão de preocupação, nem sequer de material das instalações e nos seus equipamentos. Mais uma vez, o presente e o futuro deve-se muito à vossa acção competente”, sublinhou.
Reconheceu e louvou, em sequência, a acção de todos os envolvidos.
Frederico Figueiredo