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Bolieiro afirma que Governo Regional quer uma comparticipação de 85% do Governo da República nos custos de reabilitação do HDES

O Presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, afirma que o Governo dos Açores vai solicitar ao Governo da República um financiamento em 85% dos custos da reabilitação do Hospital Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, após o estrago causado pelo incêndio a 4 de Maio.
“O nosso entendimento é que vai haver financiamento”, afirmou José Manuel Boleiro, depois de uma audiência ontem no Palácio de Sant’Ana com o Presidente da Cruz Vermelha, António Saraiva, utilizando o exemplo do Furacão Lorenzo, onde o Governo se comprometeu a pagar 85% dos danos causados. O Presidente do Governo Regional lembrou ainda, após ter sido questionado sobre a solidariedade nacional, que o Primeiro-ministro, Luís Montenegro demonstrou-a ao se ter encarregado da deslocação da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, para vir a Ponta Delgada para “manifestar solidariedade e inteirar-se do ocorrido”.
Sobre o futuro do hospital de Ponta Delgada, Bolieiro quer que o HDES seja um “grande hospital de referência no quadro do Serviço Nacional de Saúde, tornando-se “mais moderno no quadro do funcionamento do hospital digital”.
“A terceira resposta é então a comparticipação solidária do Governo da República. É de pensarmos o fortalecimento de um hospital como HDES, que é um hospital de fim de linha no quadro do Serviço Regional da Saúde, ser também um grande hospital de referência no quadro do Serviço Nacional de Saúde. É modernizá-lo no quadro do funcionamento do hospital digital, na diferenciação que queremos reforçar e no conforto para os profissionais e para os doentes de instalações mais ampliadas. E sim, admitimos exatamente reformular e ficar presente, ampliá-lo e ser mais moderno na matéria de equipamento e de funcionalidade. É este o desenho que nós programamos e com isso definidas bem as etapas e os financiamentos, porque, como é óbvio, uma coisa é a reabilitação de um sinistro, que tem um grande custo, mas um custo menor do que será um investimento para uma unidade futura de modernização, ampliação e qualificação”, explica.
O Presidente do Governo Regional explica que ainda “não tem certezas” sobre o prazo do horizonte temporal das três fases de recuperação, mas salienta que “será feita o mais rápido possível”, lembrando que a recuperação do sistema eléctrico foi “mais cedo do que o previsto e com eficácia” e afirma que a recuperação de alguns serviços está a ser “mais rápida do que o previsto”.
José Manuel Bolieiro agradeceu à Cruz Vermelha e o Presidente da instituição, António Saraiva, pela “prontidão dos contactos telefónicos de imediato ao acontecimento e de ter estabelecido tudo o que acabou por ser materializado”, afirmando que a Cruz Vermelha é “um óptimo parceiro na solução”.
“A primeira nota é da minha enorme satisfação pessoal e institucional para com o Presidente da Cruz Vermelha, na diligência e da prontidão dos contactos telefónicos e de imediato ao acontecimento, ter estabelecido tudo o que acabou por ser materializado. Isto é revelador do seu carácter, da sua disponibilidade, de proximidade e de reafirmação que a Cruz Vermelha se prestou a ser colaborante e um óptimo parceiro na solução. Quero agradecer ao Dr. António Saraiva este gesto que é revelador de uma liderança, de proximidade e de concretização. A concretização arrancou de imediato, esta proximidade e até mesmo de relacionamento afectuoso e confirmativo do realizado com uma novidade que ele aqui acabou de revelar que atendemos. É um reforço no protocolo relativamente à capacidade e reconhecimento da Cruz Vermelha nos Açores”, explicou o Presidente do Governo Regional aos jornalistas.
O chefe do Executivo garante, ainda, que “tem recebido testemunho de todos os profissionais de saúde e dos doentes de enorme conforto e satisfação”.

Reforço do protocolo
com a Cruz Vermelha

Sobre o protocolo com a Cruz Vermelha, o Presidente do Governo dos Açores garante que este tem “uma robustez crescente de oferta e de meios para responder e para ajudar” na recuperação do hospital de Ponta Delgada.
“O protocolo vai permitir sobretudo, a própria da Cruz Vermelha ter uma robustez crescente de oferta e de meios para responder e nos ajudar. Acrescente a isso, é o facto da disponibilidade da Cruz Vermelha em fazer parte de uma futura equipa multidisciplinar para pensar o hospital novo. Não se trata de um jogo de palavras, mas sim de uma ideia. A ideia é esta. Não queremos perder tempo com localizações para construção nova em lugar diferente, o que queremos é aproveitar as instalações e com mais prontidão, não é imediata mas não pode ficar na dúvida, imagina-se como tem acontecido com o Aeroporto de Lisboa, e termos capacidade para um hospital novo, no sentido em que será modernizado, requalificado, amplificado e diferenciado com base nas exigências do presente e do futuro. A experiência que a Cruz Vermelha tem e os contactos que tem serão com a sua participação na equipa multidisciplinar um auxiliar de pensamento crítico relativamente ao que é”, clarifica.
O Presidente da Cruz Vermelha, António Saraiva, afirma que o melhor para dotar a Região de uma resposta cada vez mais eficaz a fenómenos que possam ocorrer é “estabelecendo o reforço de um protocolo para que a Cruz Vermelha possa complementar e auxiliar com as suas valências aquilo que a realidade nos vai despertando”.
“A Cruz Vermelha está completamente disponível para complementar aquilo que o Governo Regional tem como estratégia para estes novos desafios que hoje este tempo civilizado em que nos encontramos nos desafia permanentemente”, reforça.
O Posto Médico Avançado da Cruz Vermelha, situado no Pavilhão Carlos Silveira, em São Pedro, foi reforçado para quase o dobro, de 34 para 60 camas, e foi visitado ontem pelo Presidente do Governo dos Açores e pelo Presidente da Cruz Vermelha, após a conferência de imprensa aos jornalistas, no Palácio de Sant’Ana.

F.T.

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