Vasco Cordeiro apelou, ontem, que o Governo Regional seja “mais transparente” quanto à estimativa de custos para a recuperação da infraestrutura e para fazer face aos custos adicionais de funcionamento do serviço regional de saúde na sequência do incêndio ocorrido no Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, no passado dia 4 de Maio.O Presidente do PS/Açores falava após uma reunião do Grupo Parlamentar do PS com o Conselho de Administração do HDES, em que foram prestadas algumas informações relativamente aos trabalhos de recuperação em curso e à situação dos doentes.
“É compreensível que, quase 15 dias depois, não exista ainda um levantamento rigoroso dos custos desta situação, mas seria expectável que já tivessem sido tornadas públicas estimativas”, que habilitem os deputados a acompanhar a situação e a tomarem as diligências necessárias, afirmou o socialista.
Vasco Cordeiro salientou que o Parlamento dos Açores irá “discutir o Plano e Orçamento para 2024 na próxima semana” e que os partidos da coligação “já anunciaram que vão apresentar propostas de alteração devido ao impacto que esta desgraça teve”, o que revela que a “informação não está a ser partilhada com todos os partidos políticos”.
“O Governo Regional está a gerir este assunto como se fosse um assunto de facção e não como a emergência regional que verdadeiramente é”, frisou, criticando o Governo Regional por “não partilhar informação com todos os partidos” e com a população como é sua obrigação. “Repare-se, não estamos a falar apenas dos custos da recuperação do HDES, mas de tudo aquilo que foi necessário mobilizar – e bem – para fazer face a esta situação”, vincou Vasco Cordeiro.
Realçou que o Governo Regional tem a “obrigação de ser transparente sobre os custos de recuperação envolvidos”, não apenas com os grupos parlamentares, mas “sobretudo com os açorianos” e reiterou a “solidariedade e a homenagem a todos os que estiveram na primeira linha a enfrentar esta situação verdadeiramente extraordinária”. Vasco Cordeiro realçou que “já passou mais de uma semana desde que o Grupo Parlamentar do PS se mostrou disponível para ser parte da solução”.