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AICOPA desafia Governo dos Açores a pagar dívidas em atraso às empresas de construção

A AICOPA desafiou ontem o Governo dos Açores a “comprometer-se a reduzir os pagamentos em atraso até que estes sejam eliminados ou se tornem residuais e que em caso algum permitam que estes aumentem.”
A Associação de Industriais de Construção Civil e Obras Públicas dos Açores começa por manifestar “preocupação face ao desempenho dos pagamentos desde o final de 2023”, o que “demonstra uma falta de sensibilidade” do Governo Regional e do Sector Público Empresarial da Região para “o impacto dos atrasos de pagamento na performance da economia açoriana, aumentando o número e o montante das dívidas com mais de 90 dias de atraso.”
Segundo a AICOPA, “a insensibilidade existente para o tema não se compreende, nem se pode aceitar, num momento em que o Governo, tendo liquidez e existindo empresas em situações aflitivas de tesouraria, deixe aumentar os prazos de pagamento para lá do acordado, pressionando mais ainda a delicada situação de tesouraria das empresas.”
No mesmo comunicado, a AICOPA refere que “este é um momento absolutamente decisivo para os Açores, quer a nível social, quer a nível económico, e o pagamento no prazo acordado a fornecedores é um elemento importante para assegurar a liquidez na economia, a sobrevivência de muitas empresas e a mais rápida recuperação da economia açoriana.”
Realça a Associação dos Industriais de Construção Civil que “os estrangulamentos adicionais de tesouraria derivados dos pagamentos devidos” pelo Governo dos Açores e Sector Empresarial Público “são graves, incompreensíveis e inaceitáveis.”
Realça, em sequência, que “não podemos, enquanto Região Autónoma, deixar cair empresas saudáveis (que geram emprego critico) por estrangulamentos de tesouraria assacáveis aos atrasos nos pagamentos por parte das entidades públicas.”
Numa fase em que as empresas são confrontadas com “desafios muito exigentes e complexos derivados do mundo e os mercados estarem especialmente voláteis num enquadramento de disparo da inflação e dos custos de produção e financeiros, da falta de uma política regional para atracção e retenção de talento, de uma carga fiscal asfixiante e de uma burocracia bloqueante, estes estrangulamentos adicionais de tesouraria derivados dos pagamentos devidos pelo Dono de Obra pública são graves, incompreensíveis e inaceitáveis”, sublinha a AICOPA.
A Associação cita um estudo recente que mostra que “65% das empresas portuguesas sofreram o impacto negativo da morosidade nas suas contas de resultados, e 14% afirmam que correm o risco de encerrar em resultado do impacto causado pelas facturas não pagas.”
“Este é o retrato da morosidade dado pelo Estudo de Gestão do Risco de Crédito em Portugal, elaborado pela Crédito y Caución, no qual participaram os gestores de mais de 300 empresas de todas as dimensões e sectores de actividade,” lê-se no comunicado.
De acordo com os dados, 35% das empresas portuguesas registaram “aumentos nos seus custos financeiros decorrentes da morosidade e 33% devem limitar os seus novos investimentos. Além disso, 31% foram obrigadas a travar a sua expansão comercial e 25% enfrentam perdas de receitas significativas.”
A conclusão do estudo é que “a falta de controlo da morosidade é um risco para a actividade empresarial” e o “incumprimento de pagamentos acordados gera importantes tensões de liquidez e é especialmente desestabilizador das operações para as empresas de menor dimensão.”

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