A Vamos Portugal.pt é uma nova plataforma de renting a operar em Portugal, que vai estender a sua actividade aos Açores. Hoje, no Hotel VIP, em Ponta Delgada vai organizar um evento de apresentação dos seus serviços aos particulares e empresas dos Açores e o seu Director-geral, Andersson Miranda, antecipa ao nosso jornal a sua estratégia para o mercado açoriano.
Como caracteriza a sua empresa?
Andersson Miranda (Director Geral da Vamos Portugal) – A Vamos Portugal é uma plataforma de renting online de viaturas a operar no nosso país e que tem como objectivo oferecer ao cliente uma experiência totalmente digital e realizada num curto espaço de tempo em termos da aquisição de um veículo em renting, de uma forma rápida e fácil, num pacote do tipo tudo incluído.
A Vamos Portugal é, também, a primeira extensão da start-up espanhola Vamos, fundada em Julho de 2019 por Mário Carranza e que, entretanto, se tornou na plataforma de renting líder nesse mercado.
Pretendendo tornarmo-nos numa referência no mercado português, a Vamos Portugal quer dar aos seus clientes a nossa melhor versão, mantendo intactos os valores subjacentes a tudo o que realizamos, a saber: . Trust: Partilhamos informações de forma aberta e honesta, criando confiança mútua. As equipas trabalham de forma mais eficiente e eficaz quando têm toda a informação e contexto quando deles precisam; All In: Pensamos em grande e acreditamos que tudo é possível. Temos sempre fome demais e nunca nos damos por satisfeitos; Customer Obsessed: Na Vamos, o cliente é o chefe. Nós vamos onde o cliente está, porque é onde está o nosso crescimento; One Team: É muito especial fazer parte de algo maior do que qualquer um de nós. Trabalhamos em conjunto para alcançar o que é melhor para a Vamos, não para nós individualmente; Siple: Somos Simples e humildes.
Somos a Vamos e estamos a transformar a forma de ter um automóvel em Portugal. Apercebemo-nos de que, embora as pessoas adoram carros, nem todos querem ter um. Trabalhamos para facilitar a maneira de ter um automóvel, oferecendo aos nossos clientes a melhor solução de mobilidade através da transparência, conveniência e tranquilidade.
Renting a particulares e empresas
Qual a sua área de negócio, e o sector de actividade que desenvolve?
A nossa área de negócio é o renting, financiamento e concessão de crédito a empresas e particulares.
O renting de viaturas particulares apresenta-se como uma opção revolucionária no mercado automóvel, oferecendo aos particulares uma forma alternativa de adquirir um veículo. Esta modalidade elimina a necessidade de um desembolso inicial significativo, tornando-a numa opção mais acessível para todos os que procuram um automóvel topo de gama. Além disso, o renting a particulares oferece flexibilidade e uma gestão financeira simplificada, já que integra todas as despesas numa mensalidade fixa. Este tipo de renting inclui manutenção, seguro total e assistência na estrada, garantindo tranquilidade e comodidade ao utilizador.
O conceito de aluguer de viaturas para empresas tem vindo a tornar-se cada vez mais popular no sector. O renting empresarial permite às empresas uma forma cómoda e económica de ter ao seu alcance uma frota de veículos, sem terem de incorrer em elevados custos de aquisição e manutenção. Este serviço proporciona uma série de vantagens importantes, como a flexibilidade na escolha dos veículos, a gestão simplificada de uma frota e a libertação de capital para investir no crescimento da empresa. Além disso, o renting de veículos comerciais inclui serviços como manutenções regulares, seguros abrangentes e assistência em estrada, proporcionando às empresas uma maior tranquilidade.
A empresa realiza hoje em Ponta Delgada um importante evento de apresentação dos vossos serviços. O porquê desta aposta no mercado dos Açores?
A aposta no arquipélago dos Açores iniciou-se em meados do ano de 2023, quando enviamos de forma permanente a nossa manager Susana Varandas, de forma atender as necessidades e desbravar mercado nos Açores, atendendo ao crescimento que temos vindo a verificar, apostamos em 2024 reforçar a nossa posição com a abertura de uma delegação física em Ponta Delgada.
O evento serve também para aproximar a nossa empresa das zonas insulares, considerando que Portugal não é só o continente, mas também os arquipélagos dos Açores e da Madeira. Ora, analisando os indicadores económicos mais recentes, o contributo das zonas regionais no sector da hotelaria e turismo tem vindo a dar mostras do seu crescimento especialmente no Arquipélago dos Açores, onde temos verificado um crescimento nas nossas operações de cerca de 37% no último ano de actividade.
‘Vamos com “aposta clara”
no mercado açoriano
Há, portanto, uma aposta clara no mercado?
Claramente, é um sim! É com grande satisfação que verificamos um crescimento da nossa empresa na ordem dos 37% em termos de viaturas subscritas em renting, onde já temos empresas de rent-a-car que confiaram em nós todo o projeto de estudo, projecção e implementação e à data de hoje contam já com frotas acima de 100 viaturas num espaço de 12 meses de actividade.
A nossa estratégia de crescimento no arquipélago dos Açores, assenta em dois vectores: estimular o comércio local por via do estabelecimento de parcerias com os vários operadores do mercado automóvel local, desacelerando paulatinamente a importação do continente de bens e serviços, tendo como consequência direta uma significativa melhoria de serviço ao cliente final em termos de custos e capacidade de resposta.
Qual o target do mercado que pretendem apostar, o dos particulares, das empresas, e dentro da área empresarial, que setores vão privilegiar?
Clientes particulares, PMES, empresas frotista e rent-a-car.
Como analisa o actual momento do sector automóvel em Portugal onde, por um lado, assistimos a uma grande concentração de construtores a nível internacional, a proliferação das marcas chinesas, e a um grande crescimento do segmento dos carros eléctricos. É este o futuro, que já é presente?
Eu, pessoalmente, vejo de forma positiva a entrada de construtoras internacionais no mercado europeu, porque vai, sem dúvida, torná-lo mais competitivo e, consequentemente, mais acessível ao consumidor final. Há já no mercado algumas marcas com viaturas com boas performances mecânicas, um nível de conforto ao condutor elevado e num custo-benefício muito razoável. Ora, isto obrigará as grandes marcas alinharem-se a este desafio também.
Existe uma disposição comunitária que obriga a que a partir de 2030, toda a frota das RaC tem de ser eléctrica. Não se trata de uma meta muito ambiciosa?
Sim, claramente ambiciosa. As metas preconizadas para a emissão zero de CO2 para veículos automotores deverão demorar mais de 30 anos para serem alcançadas e que em 2060 ainda estarão a circular muitos veículos com motores a combustão.
Eu coloco em dúvida, inclusive, as restrições da União Europeia para carros com motores de combustão interna, que não poderão ser comercializados na Europa a partir de 2035, mas acredito que este prazo deverá ser estendido.
Na minha opinião, os veículos com motor a combustão continuarão a ser necessários nas próximas décadas, já que não será possível eliminar gradualmente os motores a diesel e a gasolina devido à total falta de alternativas: Caso contrário, o mundo não será capaz de lidar com isso. Precisaremos de, no mínimo, 35 anos para electrificar toda frota mundial de veículos.
Se verificarmos uma multinacional como a Bosch, mantém a sua estratégia de continuar a desenvolver tecnologia de motores de combustão interna durante muito tempo.