O período musical que conhecemos por barroco foi uma era de arrebatamento e exuberância, de tensões dinâmicas, de gestos largos, uma época de grandes anseios e grandes desprendimentos, contrastando muito com a segurança e equilíbrio do período da Renascença.
A palavra barroco será, provavelmente de origem portuguesa, e significa uma pérola ou jóia de formato irregular. De início, o termo foi usado, somente, para designar o estilo de arquitectura e da arte do século XVII, caracterizado pelo excesso de ornamentos.
Mais tarde, passaria a ser empregado pelos músicos para indicar o período da história da música que começa em 1600 e que termina em 1750. À medida que o barroco avança na história da música ocidental, a música instrumental passa a ter a mesma importância do que a música vocal, ainda que influenciada por esta.
É naturalmente visível que as obras para instrumento solista eram susceptíveis às influências vocais e, como é evidente, o acompanhamento de tecla a instrumentos agudos moldou-se facilmente à textura do baixo contínuo.
É durante a primeira metade do século XVII que a música instrumental passa a ter uma importância gradual. Para celebrar a música orquestral escrita neste período o Ensemble de Cordas da Sinfonietta de Ponta Delgada apresenta-se em 3 concertos.
Hoje, às 21h00 na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, nos Mosteiros; no dia amanhã, às 20h30 na recentemente inaugurada Igreja Matriz da Ribeira Grande; e no dia 26 de Maio, às 17h00 no Museu Carlos Machado na Igreja do Colégio dos Jesuítas.
Em representação do barroco instrumental teremos António Vivaldi, com três concertos para agrupamento de cordas. Para oboé e acompanhamento de cordas o concerto de Alessandro Marcello e para viola d’arco e orquestra o concerto de Georg P. Telemann.
O Ensemble de Cordas da Sinfonietta de Ponta Delgada é constituído por um grupo de músicos residentes em São Miguel, sendo que 5 deles são músicos que integram a equipa de músicos profissionais da Quadrivium – Associação Artística. Nos instrumentos solistas estão em destaque dois músicos que desenvolvem a sua actividade profissional em São Miguel. Na viola d’arco a Francisca Vilela e no oboé o Lívio Dias. A direcção musical está a cargo do maestro titular e director artístico Amâncio Cabral. Estes concertos são uma produção da Quadrivium – Associação Artística, com o apoio da Direção Geral das Artes, Câmara Municipal de Ponta Delgada, Câmara Municipal da Ribeira Grande e o Museu Carlos Machado.