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Princípios à vontade do freguês

Eleições na Madeira
Os resultados das eleições no passado fim-de-semana demonstram bem a fragilidade da política madeirense e a enorme teia em que a maioriada população votante está envolvida.
Por um lado, um PSD que não conseguiu se afirmar com um nome alternativo a Miguel Albuquerque, e por outro, um PS que não teve a capacidade de se catapultar face à fragilidade do candidato e do partido que precocemente terminou o seu mandato.
Oito meses após tomar posse convocaram-se eleições antecipadas, por suspeitas de corrupção do presidente do governo, e mesmo assim, na qualidade de arguido, este consegue ganhar eleições.
Cabe ao PSD apresentar uma solução governativa.
Cabe ao PSD/M agora, tal como em 2020 caberia ao PS/A, e em2015 o PSD, tomar posse e ver o programa de governo rejeitado ou como em 2015 uma moção de rejeição ser aprovada.
A democracia, como noutras situações, e de forma useira e vezeira se alude, tem os seus custos e caminhos. E os caminhos não deveriam ser atropelados porquê alguns políticos se atropelam nos seus princípios.
Nos parlamentos, e está interiorizado pela população, as posições de esquerda e direita. É sabido os partidos onde se posicionam, independente de ser mais para um extremo ou ao centro.
Em 2015, a geringoça do PS, assumiu acordo parlamentar com os partidos de esquerda.
Em 1996, o PS assumiu um acordo parlamentar com o CDS-PP e por rejeição deste último não se repetiu em 2020.
Em 2020, a AD assumiu acordo parlamentar com o PPM, Chega e Iniciativa Liberal.
Na Madeira, o que se pretende é um atentado aos princípios da definição do sistema político e de como as pessoas se posicionam ou pelo menos naquele que é o discurso político das esquerdas e direitas. Pretende o PS, juntar-se ao JPP (partido populista e que não permite o Chega crescer) e formar acordos parlamentares com o CDS-PP, IL e PAN.
Uma proposta do PS e JPP que não se restringe às esquerdas. O somatório dos votos da esquerda é inferior ao da direita.
O povo madeirense elegeu o PSD como o partido mais votado. Cabe a este apresentar-se como solução e ser viabilizada ou não no parlamento.
A vontade dos Madeirense a ser reinterpretada por “este ser o momento”, é uma afronta ao povo e aos princípios da política séria e transparente.
E eu, por razão política e de laços familiares, gostaria que o PS tivesse ganho as eleições.

Plano e Orçamento
dos Açores
O debate do plano e orçamento para 2024 foi tanto sobre o HDES e pouco sobre os Açores. Num plano político sério e sem recurso à desgraça do HDES como instrumento de politiquice, o que deveria ter acontecido era um debate sobre o plano e orçamento para 2024 eo anúncio da apresentação de orçamento retificativo para contemplar os custos da intervenção no HDES.
Apenas e só foi lançado um valor de 24M€, na quarta-feira dois dias antes da votação dos documentos, e a coberto do desespero que o não funcionamento do HDES provoca, foi logo aprovado uma proposta de inclusão deste valor no orçamento.
O que significa a necessidade dos 24 M€? Onde pode o cidadão analisar relatório técnico que contemple as devidas explicações para a necessidade deste montante?
A população não tem o direito de saber como um hospital certificado internacionalmente não tinha seguro para cobrir estas situações. E terá seguro para outras situações?
A transparência e a boa governação obrigam as explicações ou estaremos sempre a reboque das administrações não responsabilizadas e de mão estendida para a República.

Sónia Nicolau

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