O deputado do PS/Açores, Francisco César, lamentou ontem que as propostas de alteração apresentadas ontem pelo Ministro das Infra-estruturas, Miguel Pinto Luz, ao Subsídio Social de Mobilidade de colocar um tecto de 600 euros como limite para acesso ao reembolso e uma taxa de emissão de bilhete no máximo de 35 euros o que, em seu entender, vem retirar direitos aos passageiros residentes, pois a partir deste valor deixa de haver reembolso. “Ora, como todos nós sabemos, os açorianos têm de pagar tarifas muitas vezes superiores a estes valores, chegando muitas vezes a ultrapassar os mil euros, um retrocesso face ao modelo vigente”, referiu.
“Na prática, o que esta alteração agora sugerida significa é que, com este Governo da República do PSD e com o Governo Regional do PSD, os açorianos vão passar a pagar mais para viajar para o continente como, muito provavelmente, o custo médio das passagens para todos os passageiros vai aumentar à semelhança do que aconteceu na Madeira, quando foi colocado um tecto superior ao subsídio”, explicou o parlamentar.Por sua bez, o deputado do PSD/A na Assembleia da República, Paulo Moniz,saudou a garantia do Ministro das Infraestruturas e Habitação de que “não haverá retrocesso” nos direitos dos açorianos relativamente ao Subsídio Social de Mobilidade, mantendo-se as passagens a 134 euros “introduzindo racionalidade, combate à fraude e manutenção dos direitos que os açorianos têm com o Subsídio Social de Mobilidade”, sublinhou.