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Ocorreram 255 crimes violentos nos Açores em 2023, mais 23 do que no ano anterior

O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) revela que se registaram o ano passado 9.788 casos de criminalidade nos Açores, mais 49 do que em 2022 (9.739). Na criminalidade económico-financeira foram iniciados, em 2023, na Região, 85 processos por abuso de poder e em participação económica em negócio mais de 10 casos.

Ponta Delgada é o concelho com o maior número de crimes registados nos Açores em 2023, seguido do concelho da Ribeira Grande e de Angra do Heroísmo. Estes três concelhos juntos representam uma parte significativa do total de criminalidade na Região. Em sentido oposto, Corvo, Lajes das Flores e Lajes do Pico apresentam os menores números de criminalidade.
Detalhadamente, Ponta Delgada registou 3.188 casos, sendo o concelho com o maior número de incidentes, seguido da Ribeira Grande que teve 1.963 casos. Angra do Heroísmo registou 1.113 casos e a Praia da Vitória contabilizou 788 casos. O concelho da Lagoa registou 719 casos, seguindo-se-lhe a Horta, com 424 casos. A Vila Franca do Campo, com 315 casos, seguem-se Velas e Madalena, com 195 casos cada. O concelho da Povoação contabilizou 194 casos, Vila do Porto 109 e o Nordeste registou 107 casos. Santa Cruz das Flores e Santa Cruz da Graciosa apresentaram 94 casos cada, já São Roque do Pico contabilizou 88 casos. A Calheta apresentou 70 casos, seguida das Lajes do Pico, com 57 casos. Lajes das Flores registou 18 casos e o Corvo teve o menor número de incidentes, com 12 casos.
Os crimes mais participados na criminalidade geral foram ofensa à integridade física voluntária simples, com 1,056 casos, seguida de violência doméstica contra cônjuge ou análogos, com 821 casos e ameaça e coacção com 808 casos. Outros crimes com alta incidência na Região foram a condução de veículo com taxa de álcool igual ou superior a 1,20 gramas por litro (544 casos); furto em veículo motorizado (517 casos); outro dano (508 casos); furto em residência com arrombamento, escalamento ou chaves falsas (386 casos); burla informática e nas comunicações (365 casos) e furto de oportunidade de objecto não guardado (319 casos).
Além disso, foram registados 295 casos de condução sem habilitação legal para o efeito e 257 casos de tráfico de estupefacientes, incluindo precursores. Na rubrica ‘outras burlas’ contabilizaram-se 252 casos. O furto em edifício comercial ou industrial com arrombamento, escalamento ou chaves falsas registou 248 casos, enquanto o furto em residência sem arrombamento, escalamento ou chaves falsas teve 221 casos. O furto de veículo motorizado somou 213 casos.

Aumento na criminalidade
violenta em 2023 nos Açores

O número de casos de criminalidade violenta subiu nos Açores de 232, em 2022, para 255 em 2023.
Os crimes mais reportados no âmbito da criminalidade violenta nos Açores no ano passado foram o roubo na via pública, excepto por esticão, seguido pela ofensa à integridade física voluntária grave. A estes seguiram-se a extorsão, resistência e coacção sobre funcionário, roubo à residência, roubo em edifícios comerciais ou industriais, e roubo por esticão.

Deportados quinze
açorianos do Canadá

O ano passado foram expulsos 43 cidadãos portugueses do Canadá, 15 dos quais para os Açores. Dos Estados Unidos da América foram deportados 19 cidadãos portugueses, três dos quais para os Açores. A principal razão de deportação prende-se com a permanência ilegal, seguida dos antecedentes criminais, enquadráveis nas tipologias de assalto, roubos violência doméstica e sexual, entre outros. De acordo com a informação prestada pelas autoridades britânicas, entre Janeiro e Setembro de 2023, foram deportados 81 cidadãos portugueses, dos quais um dos Açores.
Relativamente a participações de incêndio / fogo posto floresta, mata, arvoredo ou seara, o número diminuiu de seis em 2022 para três em 2023.

Mais acidentes em 2023 nos Açores

No que diz respeito à sinistralidade rodoviária, nos Açores, em 2023, registaram-se 3.915 ocorrências de acidentes de viação, mais 252 do que no ano anterior (3.663).
Em sentido contrário, os dados revelam uma diminuição no número de vítimas mortais no local, com seis registadas em 2022 e três em 2023. O número de feridos graves diminuiu ligeiramente, passando de 114 em 2022 para 111 em 2023.Quanto aos feridos leves, houve um aumento de 683 em 2022 para 710 em 2023.

C.P.

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