Jacinto Franco é o promotor de um dos maiores festivais dos Açores, o Monte Verde. Nesta entrevista, aborda temas como a dificuldade de se fazer um festival nos Açores, como lida com as críticas nas redes sociais e qual a importância de ter pessoas em quem confia como sócios. Considero “injusto e inglório para os promotores que estão cá a trabalhar há anos, vir uma empresa americana e praticar bilhetes de 25 euros para dois dias com os nomes que trouxeram para o festival das Sete Cidades.” Jacinto Franco é um dos sócios do Provisório e, agora, venceu o concurso do bar da Avenida do Mar, na Praia dos Santos que deverá abrir esta semana.
Correio dos Açores – Como chegou a promotor de eventos?
Jacinto Franco (empresário) – Desde pequeno que, na minha opinião, sempre tive apetência para concentrar amigos e realizar festas. É algo que recebi dos meus pais, que gostam muito de fazer festas temáticas. O facto de, na minha adolescência, ter ido a outros festivais como a Maré de Agosto, em Santa Maria, ou a Semana do Mar, no Faial, também contribuiu. Houve, particularmente, um evento na Urzelina, onde actuou Gabriel o Pensador, entre outros grandes artistas, que me fez pensar que gostava de organizar algo parecido.
O tempo passou, fui para a Universidade em Lisboa, depois voltei e estive na Universidade dos Açores. Nesta altura, fiz parte da Associação Académica da Universidade dos Açores que, na altura, era presidida pela Marta Soares. Fiquei responsável pela parte cultural e, como é óbvio, estive em contacto com agentes e pessoas ligadas ao meio. Depois de terminar a semana académica, lembro-me de falar com o Miguel, um dos meus actuais sócios, e de lhe dizer que São Miguel não tinha nenhum festival de raiz, apenas tinha festas populares. Se queríamos ir para um festival tínhamos que ir para outra ilha.
Por esta altura fazíamos algumas festas, mas um festival era mesmo uma carência da ilha. Então, em conversa com ele, decidimos arrancar com o festival. Já tinha alguns contactos, devido à Semana Académica. Lembro-me que quando discutimos o primeiro festival, este teria que ser numa zona onde eu tivesse alguma densidade populacional, para atrair mais facilmente público e que tivesse umas boas condições de acesso. Tendo em conta que é um festival de Verão, teria de ter praia perto e condições para se acampar, que são, na minha opinião, as principais características de um festival de Verão; e rapidamente surgiu a ideia de se fazer na Ribeira Grande, no Monte Verde, zona que agora está com um projecto de requalificação. Na altura, o espaço estava praticamente abandonado e reunia todas as condições que pretendíamos.
É difícil organizar um festival nos Açores?
É sim. Agora, para mim, já se tornou mais fácil devido ao conhecimento que adquiri ao longo dos anos.
Tenho a certeza que, se tivesse os mesmos conhecimentos e parceiros, em qualquer zona da Europa se fazia um festival com muito mais facilidade.
E a que se deve esta dificuldade?
Em primeiro lugar, pela insularidade. Em segundo, pela falta de meios e pela cultura de pessoas que existe neste ramo.
Em termos culturais, na minha opinião, os eventos são vistos, ainda, como apenas uma festa. As pessoas não dão o devido valor.
Também existe falta de profissionalis-mo, de brio, de responsabilidade, de palavra e, se calhar, falta um pouco de tudo. Tenho vários parceiros que vêm do continente para ajudar porque, infelizmente, é impossível fazer um festival apenas com a prata da casa, como se costuma dizer.
Quero ressalvar que não me estou a referir especificamente à área de eventos; quando digo que falta um pouco de tudo, estou a falar em geral. É algo que vejo nas outras área em que opero.
Quando fechamos um acordo, nunca sai igual ao que é fechado ou ao que previmos. É preciso sempre estar a verificar e, depois, temos que verificar duas e três vezes e mesmo assim não sai como queríamos.
Por isto, digo que falta profissionalismo, falta vestir a camisola. Quero deixar claro que não me refiro à minha equipa. A minha equipa é composta não só por profissionais, mas também pelos meus amigos pessoais que abdicam das suas férias para trabalhar connosco. São incansáveis e sem eles, garantidamente, não era possível fazer o festival à medida que nós fazemos.
E facto de alguns eventos não serem realizados como o Ilhas de Bruma, contribui para uma má imagem dos eventos?
É legítimo as pessoas tentarem explorar novas áreas e fazer novos projectos. Há primeira vista, as pessoas pensam que, para se realizar um evento, basta falar com algumas bandas, arranjar um sistema de som, fazer alguma publicidade nas redes sociais e fica pronto. Eu também comecei um pouco assim, com um percurso que não foi planeado.
O problema surge quando as pessoas começam a aperceber-se das dificuldades. Nesse caso especifico, sei que houve muito azares e, talvez, um pouco de desconhecimento e de ingenuidade. O desfecho depois dá uma má imagem para o público e contribuiu para a descredibilização do que se faz. Infelizmente, não é um caso isolado, já aconteceram outras situações no passado. Isto tudo contribui para que as pessoas não valorizem o que é uma produção de eventos e um espectáculo musical.
Há o estigma de que os produtores de eventos lucram muito e levam uma vida luxuosa, o que nem sempre é verdade. Como se pode combater este estigma?
Antes de ir ao estigma propriamente dito, se quiser proteger-me posso sempre não partilhar nas redes sociais o que faço. Podia ser um pouco mais discreto, mas não vou deixar de partilhar o que quero nas redes sociais porque não faz parte da minha maneira de ser nem de estar. Estou de consciência tranquila. É o fruto do meu trabalho.
As pessoas não sabem que eu não dependo dos eventos para viver, apesar de serem a minha principal fonte de receita. Estou envolvido em mais áreas de negócio.
É um pouco complicado, porque as pessoas nunca vão entender a 100% o que se passa na realização de um evento. A verdade é que se o evento corre bem há um grande volume de facturação, mas não devemos de confundir facturação com lucro. E existem também riscos incalculáveis.
A edição deste ano do Monte Verde está orçamentada em cerca de 1.2 milhões de euros. A Câmara dá um apoio que corresponde a cerca de 30% deste valor, à volta de 360 mil euros, e eu vou todos os anos atrás do restante, porque não tenho este dinheiro disponível na minha conta bancária. É incalculável o risco que corro.
Posso afirmar, sem qualquer tipo de hipocrisia, que deveria de ganhar mais. As pessoas perguntam como é que o Monte Verde chegou onde chegou.
Tenho noção dos riscos que corro porque já tivemos dissabores em edições anteriores. Nem sempre conseguimos ganhar dinheiro ao realizar o festival. Nas primeiras seis edições, conseguimos ter lucro. Entretanto, tive que estruturar devidamente as coisas. Actualmente, somos uma empresa com cinco funcionários efectivos, para além de material, locais onde guardar o material e tudo o resto. Isto tudo acarreta custos. A minha empresa precisa de gerar líquidos limpos cerca de 100 mil euros, no final do ano, para poder pagar as despesas fixas.
As pessoas dizem que, durante o ano inteiro, não fazemos nada, o que é mentira. Fazemos muito e por isto é que tenho esta estrutura.
De facto, o festival pode correr muito bem e ganhar-se muito dinheiro, mas também pode correr muito mal e perder-se muito dinheiro. Pode até fazer com que a vida de uma pessoa fique muito condicionada. Há anos em que a facturação e as despesas de um festival são ela por ela.
Eu, se calhar, também dou azo para pensarem que é tudo um mar de rosas mas, como referi, faz parte da minha maneira de estar na vida. Há outros promotores que o fazem e, quase de certeza, ganham mais do que eu.
É difícil lidar com as críticas, especialmente nas redes sociais?
Já foi mais. Agora já lido com as criticas de uma forma melhor. As criticas também são quase sempre as mesmas e sobre os mesmos assuntos.
As redes sociais são um lugar para as pessoas despejarem ódios e descarregarem as suas frustrações. Não compreendo porque ainda magoa, mas magoa sempre.
Na minha vida eu providencio acontecimentos para agradar as pessoas. E isto é porque eu gosto de fazer coisas para os outros. Se depois vejo os outros a me magoarem, é óbvio que me chateia. Lembro-me que, nos primeiros tempos ainda respondia a comentários. Hoje em dia já é muito raro, mas não é agradável.
Para além do Monte Verde, também é responsável pelo Bliss Vibes e pelo São João da Vila…
Nos últimos anos temos merecido a confiança da Câmara Municipal de Vila Franca. Partimos com alguma vantagem, porque já o fazemos há alguns anos. Também temos feito o Vila Carnaval. Mais recentemente, nos últimos três anos, iniciamos o projecto que é o Sound Route by Monte Verde.
Temos feito também algumas edições da Semana Académica e temos realizado o Be Atitute, que são eventos pontuais, sem locais fixos nem género estipulado. Fazemos cerca de seis produções por ano.
Quer falar um pouco sobre as suas outras áreas de investimento?
Tenho uma empresa com o meu pai e o meu cunhado de extracção de areia, que é a Duna Magnata. É uma empresa bastante conhecida na área da construção civil. Fornecemos areia para depois os nossos parceiros fazerem as suas obras.
Juntamente com os meus sócios, Miguel Silva e Pedro Ramos, possuo alguns estabelecimentos na área da restauração, sendo o mais conhecido o Provisório, mas também temos o Vila Garden e o Bar da Marina, em Vila Franca, e recentemente ganhamos a exploração do Quiosque da Avenida, onde estamos a ultimar os últimos detalhes para abrir ainda este mês.
Tenho uma empresa também, com outro sócio, de lavagem de automóveis chamada Prime Details. E tenho outras empresas que estão ligadas à prestação de serviços em eventos. Podemos alugar material para eventos.
Qual é a importância de ter pessoas que são da sua máxima confiança para abrir vários estabelecimentos?
Não teria investido em mais nenhuma área, se eu não tivesse plena confiança nessas pessoas. Posso estar ausente desses negócios que sei que as pessoas de quem sou sócio vão fazer tudo direito. E isto é fundamental, especialmente para quem aposta em vários sectores de mercado.
Podes ter uma grande capacidade de gerir tudo, e fazer tudo sozinho, mas passas a ser escravo do teu próprio trabalho. Mas é fundamental ter pessoas de confiança, porque depois acabam por trabalhar comigo em outras áreas. Sem eles não me meteria nestas áreas.
É importante ter apoio familiar para quando os teus planos não correm como previsto?
O meu pai já me ajudou num ano que foi bastante complicado para nós. Tivemos um problema com as entradas no festival, num ano em que tinha tudo para ser um grande sucesso e tivemos um grande prejuízo. Eles, os meus pais, estão sempre presentes. Quando desabafo com eles, são os primeiros a apresentarem soluções e ajudam.
Eu acho que um empresário tem de conseguir desenvencilhar-se sozinho das situações onde se mete, mas o apoio familiar é fundamental. Mesmo que não seja para ajudar na parte financeira ou material, ter alguém com quem podemos contar é fundamental. Também tenho grande suporte por parte da minha noiva, mas os pais vão sempre ser pais.
Pode abrir a ponta do véu sobre os festivais deste ano?
Começando pelo Monte Verde, estamos a fazer de tudo para lançar o cartaz final ainda esta semana. Não haverá nomes muito surpreendentes para apresentar. Vamos voltar a contar com Diogo Piçarra e Richie Campbell. Este ano, quisemos apostar em artistas nacionais de renome e artistas internacionais que estiveram connosco nos últimos 10 anos. A ideia inicial seria fazer um best-off das últimas 10 edições. Entretanto, surgiu a possibilidade de trazermos cá os Da Weasel, que são cabeças de cartaz do Nos Alive e do Meo Marés Vivas. Já não são os mesmos de há 15 anos atrás. O palco vai ser todo estruturado para a sua produção, será, com certeza, um concerto espectacular.
Vamos apostar também em James Bay, que é um artista que eu pessoalmente adoro. Vem na linha de artistas que temos trazido. Depois, vamos trazer artistas nacionais muito fortes, com algumas particularidades. É o caso de Buzz Lovers, uma banda de tributo aos Nirvana, que trouxemos recentemente ao Bliss.
Queremos que as novas gerações bebam um pouco do que era feito antes, ao vivo. Uma coisa é ouvir no spotify, nem sempre se sente da mesma maneira, outra é ver ao vivo. Relativamente ao Bliss, também queremos anunciar para a próxima semana. Esta semana estamos a lançar os cartazes mais tarde devido às dificuldades de mercado. Está mais difícil de fechar nomes e bandas diferentes. As expectativas são elevadas, especialmente na geração mais nova. Em termos de novidades, este ano serão só dois dias no recinto principal em vez dos três. Haverá uma festa de abertura na zona vip e depois faremos o festival na Sexta-feira e no Sábado, no recinto que já é conhecido.
O São João já foi anunciado. Conseguimos reunir um cartaz para todos os gostos. A tendência será sempre para as gerações mais novas, daí chamarem-se noites da juventude. Temos vários artistas locais e artistas de vários géneros musicais.
A minha geração viveu à base de nomes nacionais e, muito pontualmente, vinha um artista internacional. Hoje em dia, com mais acesso à informação e com mais facilidade em ir viajar, as novas gerações acham que é quase uma obrigação trazer artistas internacionais. Nem sempre é possível, especialmente quando se praticam preços entre os 20 e 30 euros por bilhetes.
Isto só acontece ao nível que acontece porque as autarquias se chegam à frente. No dia que as autarquias disserem que não conseguem apoiar nestas dimensões e começarem a cortar os apoios, vai haver menos do que existe. Há quem, muitas vezes, critique os apoios públicos. Sem esses apoios não só não vamos ter mais, como vamos ter menos. Daí a importância destes apoios.
Por que motivo vemos cada vez menos bandas açorianas?
Relativamente à parte da banda em si, acho que tem a ver com as novas tendências. Hoje em dia, a geração mais nova já não quer ser uma estrela de rock. Preferem ser rappers ou DJ. Quer se goste, quer não, é esta a nova realidade. Depois, são as oportunidades que os artistas regionais têm. Acho que somos a produtora de eventos que mais aposta em artistas regionais e quando me fazem essa crítica fica mesmo irritado. Basta ir ver os nossos cartazes e ver quantos artistas temos. Depois, para o lado do produtor e para quem pensa mais na parte financeira, é mais fácil dar dois microfones e uma mesa de mistura para o DJ e está feito. Quando vem uma banda, temos de ter um outro tipo de estrutura, porque o espectáculo vai ser diferente.
Muitas vezes, os artistas locais servem, quase, para preencher tempos mortos. No nosso caso, salvo raras excepções, deixamos de contar com os artistas locais para abrir o palco principal. Acho que é inglório tocarem apenas para 20 ou 30 pessoas. O que nós temos combinado é que tenho um palco secundário, que se calhar tem menos projecção, mas tem o vosso publico e que se calhar conta com alguns curiosos que não gostam do que está a passar no palco principal e espreitam o que se está a passar no secundário. O que temos feito é meter os DJ a abrir, com música ambiente como se faz numa discoteca, algo que já estão habituados e as bandas nos palcos com horários mais tarde. A excepção é o Bliss que, como disse, irá começar mais cedo.
Quer fazer algum comentário ou esclarecer algo em relação ao processo que foi levantado contra si?
O processo está a ser investigado e eu sou arguido como outras pessoas também o são. A acusação está feita e agora estamos na fase de defesa.
Eu vejo isso como um claro ataque político. Na altura, o Alexandre Gaudêncio, actual Presidente da Câmara da Ribeira Grande, estava com uma projecção enorme. Era líder do PSD e muitos o viam como o próximo Presidente do Governo Regional. Era um jovem político em ascensão e tentaram derruba-lo. Não conseguiram pela via normal, então tentaram por outras vias. Se há coisas que são mais ou menos correctas, não me cabe a mim decidir. Da minha parte eu sei o que fiz, para o que fiz e os apoios que recebi.
Até porque é sempre preciso justificar os apoios vindos das autarquias…
Os apoios têm sempre que ser justificados quer por parte do município quer por parte do promotor. Se a oposição e a opinião pública estão, ou não, de acordo com os montantes atribuídos, isto já é outra questão!
Se as coisas mudarem e deixar de haver Monte Verde, tenho a certeza que deixarão muitas saudades e os espectáculos em São Miguel nunca mais serão os mesmos!
O que o leva a continuar a fazer festivais?
Sem querer parecer arrogante, mas no dia que deixar de fazer eventos, e aqui estou a falar dos eventos próprios como o Bliss e o Monte Verde, com as mesmas condições de apoios, garanto que ninguém nos Açores o conseguirá fazer. Isso eu garanto. Não irão conseguir reunir uma equipa como eu consigo, não vão correr os riscos como eu corro e ninguém vestirá a camisola como eu visto.
Tenho 40 anos, já não sou um miúdo e preciso de pagar as contas da minha empresa e de sustentar a minha família. Tendo em conta tudo isto, quem viesse para o meu lugar e tendo estas obrigações, ninguém iria correr os riscos que eu corro.
Às vezes, as autarquias comunicam e dizem que o apoio é elevado. A minha resposta é sempre a mesma: sem esse apoio eu não faço. Já aconteceu e por exemplo não o fiz em 2022.
O ano passado obtive certos resultados no Monte Verde e o meu investimento este ano, teve por base, 95% dos resultados e lucros obtidos o ano passado, ou seja, se obtiver os mesmos resultados do que o ano passado, vou ter uma margem de 5% de lucros relativamente ao ano passado. Isto tudo se correr como no ano passado, que foi o melhor ano de receitas do evento. Podia fazer igual, aumentar um pouco o preço dos bilhetes, e aumentar a margem. Mas não o fiz. Peguei na margem que tinha de lucro e fui investir, para fazer mais e melhor. Outro promotor não o faria, ou se o fizesse, fazia uma ou duas vezes e depois deixava a profissão.
O que me faz continuar, para além das obrigações é mesmo o gosto que tenho. Se puder atribuir uma característica em mim é o altruísmo. Adoro fazer coisas para as outras pessoas.
Tem mais algo a acrescentar?
As pessoas deveriam de ser um pouco mais razoáveis. Antes de criticarem e de julgarem, que tentem se informar mais. Tentem se colocar no lugar do outro. Não o têm de fazer, cada um faz o que quer. Quando as coisas correm bem, há sempre uma margem de lucro significativa, mas se não correrem bem, no resto do ano não há margem para se ter lucro. Falo dos que vivem apenas desta área, atenção. Não é uma área assim tão fácil. Deixo o convite a quem estiver interessado que avance ou se estiver interessado em trabalhar connosco para adquirir novos conhecimentos, estamos sempre abertos a novos colaboradores.
É preciso dar valor ao que existe. Aproveitem o que de bom se consegue trazer. Apenas quero deixar um parêntesis. É injusto e inglório para os promotores que estão cá a trabalhar há anos, vir uma empresa americana e praticar bilhetes de 25 euros para dois dias com os nomes que trouxeram para o festival das Sete Cidades. Se estamos numa luta, há anos, para os preços chegarem a um valor minimamente razoável, que ainda não estão, e vêm estes promotores com estes preços e estes nomes, estão a matar o mercado.
Aproveitem o que existe, porque um dia pode não haver.
Frederico Figueiredo