Recentemente estive na festa que assinalou os cinquenta anos dos finalistas de 1974 do liceu Antero de Quental.
Tive o feliz ensejo de rever antigos colegas e amigos das primícias da minha juventude, quando a vida acontecia como uma luminosa promessa de um futuro que se esperava risonho para todos nós e que o tempo na sua passagem inexorável se encarregou de demonstrar que todos nós somos títeres nas mãos do destino e que só acredita no triunfo quem se esquece da condição e a nossa é de mortais a breve ou longo prazo.
Nem sempre o triunfo pertence aos mais fortes e aos mais inteligentes mas àqueles que sem carácter podem ser toda a gente.
Tive o prazer de reencontrar CARLOS CESAR, LOPES DE ARAÚJO, MAMEDE CRUZ, MANUEL DA PONTE, JOSè NORBERTO, MARIO MOURA, HUMBERTO COSTA E TANTOS OUTROS que fazem parte da minha mais jubilosa memória afectiva.
A vida é curta a morte é longa e só lamento que para tão grande amizade seja tão curta a vida.
COMO DISSE PESSOA, FUI FELIZ OUTRORA- AGORA.
Desta altura vejo a amizade e só é pena que para tão belo sentimento seja tão curta a vida
Após essa epifania, foi aos poucos desmaiando a luz de oiro ideal que eu vira erguida e cada um foi para seu lado e depois que em tudo eu vi sumida essa luz mirífica e fiquei nas trevas laborando, sem ver já onde olhar.
Tudo mudou porque toda a vida é composta de mudança, tudo aparece e tudo desaparece
Como disse AMÉRICO DURÃO à grande poetisa FLORBELA alma DA CONCEIÇÃO ESPANCA:
Irmã Soror Saudade ai quem me dera tocar de aspiração a nossa vida
Ser o mundo a terra prometida
Que ainda ás vezes em sonhos me aparece.
E termino este texto citando aquele advogado e poeta
PREOCUPAI-VOS SOMENTE COM A BELEZA
QUE A VIDA É UM PUNHADO DE AREIA RESSEQUIDA
UM SOM DE ÁGUA OU DE BRONZE
E UMA SOMBRA QUE PASSA
Pedro Paulo Carvalho Silva