A Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infra-estruturas, Berta Cabral, avançou ontem que os “extraordinários e súbitos constrangimentos que afectaram” a operação da SATA Air Açores já estão resolvidos, “dando resposta às necessidades de todos os passageiros”.
“A SATA Air Açores está a operar com sete aeronaves, exactamente o número de aeronaves equivalente ao que a empresa dispõe para a operação inter-ilhas. Aliás, foi tudo resolvido em tempo recorde, e de acordo com o programado, mostrando a diligência e a capacidade de resposta da Administração da SATA e a competência técnica de todos os seus trabalhadores”, sublinhou a governante, falando na Assembleia Legislativa Regional.
Perante a indisponibilidade de mais de 50% da frota, “na sua maioria por questões imprevistas e fortuitas”, foram encontradas “soluções imediatas e solidárias dentro do Grupo SATA, recorrendo à capacidade instalada e utilizando, também, aeronaves da Azores Airlines para acomodar em três voos mais passageiros do que em seis voos da SATA Air Açores”, lembrou.
“A própria Azores Airlines também teve os seus constrangimentos e imprevistos, alguns deles totalmente alheios à própria empresa, mas também neste particular a situação se encontra regularizada”, acrescentou ainda a governante.
E enalteceu: “Foi, de facto, um trabalho notável de todo o pessoal da SATA, que recuperou os aviões, reacomodou os passageiros, reorganizou os voos e as escalas e desenvolveu todo um trabalho invisível, sem descanso, mesmo perante o desrespeito, a pressão e o inqualificável ataque público à empresa e aos seus profissionais”.
Berta Cabral declarou não compreender o “aproveitamento político de que foi alvo uma difícil e imprevista situação operacional na SATA Air Açores, que é tão só um dos maiores, se não o maior garante” da “coesão territorial e social” dos Açores.
“Não podemos estar a denegrir sistematicamente a imagem de um dos nossos activos mais preciosos, pilar da nossa autonomia e instrumento fundamental para a nossa coesão e modo de vida. O que a empresa mais precisa neste momento é de tranquilidade para operar, garantir a mobilidade das pessoas e sair do fosso financeiro em que os senhores do PS a colocaram”, acrescentou ainda, antes de voltar a enaltecer “o compromisso, o empenho e a dedicação exemplares da Administração e de toda a equipa do Grupo SATA”.
Berta Cabral sublinhou também que “não é em apenas três anos que se resolve uma situação que se degradou consecutivamente desde 2013”, mas o actual Governo dos Açores e a Administração da empresa “estão amplamente motivados para continuar o trabalho que tem sido feito para tirar a SATA do fosso” onde esta foi colocada até 2020.
E concluiu: “Quero, aliás, deixar como nota final que, na realidade, a operação da SATA Air Açores, apesar da aeronave que reforçou a frota em 2022, já sente a pressão da procura. Isto é sintoma de um grande sucesso: o sucesso da operação da SATA, o sucesso do turismo e o sucesso da «Tarifa Açores». Sei que isto é difícil de ouvir por quem tem ciúme do sucesso, mas é uma realidade irrefutável. Temos conseguido superar esta pressão da procura com voos adicionais, com alargamento de horários e com investimentos selectivos, mas certamente que o futuro passará por novas soluções e inovações, tendo sempre presente o cumprimento da nobre missão de salvar a SATA e servir bem os açorianos”.