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Sobrevivência ou Espaço Vital?

Dilema presente!
Hoje Putin. Ontem Hitler.
Tal como a história regista Adolfo Hitler para justificar a expansão territorial da Alemanha, subjugando outros povos, socorreu-se vezes sem conta da terminologia do “espaço vital”.
Toda esta ideia expansionista teve como resultado invasões agressivas, escalada de violência e até genocídios.
O culminar foi a eclosão duma nova guerra de proporções mundiais, quando apenas escassas duas décadas tinham decorrido sobre a primeira guerra mundial do passado século XX.
Hitler tinha por base toda uma ideologia nacionalista e racista e a consequente eliminação de povos considerados inferiores.
Putin, na actualidade, com a invasão da Ucrânia, tem vindo a socorrer-se muitas vezes dos argumentos de sobrevivência e segurança da Rússia, face a ameaças e desafios externos, nomeadamente da Nato.
Nada mais falso, uma vez que as razões que o enformem são muito similares às do seu parceiro ideológico extremista de direita Hitler e o seu regime nazi, que Putin nos seus diversos discursos justificativos da agressão bárbara da Ucrânia, tem apelidado de desnazificação.
Trata-se duma postura hipócrita e contraditória levada ao extremo.
Putin pretende reconquistar o “espaço vital” que antes estava sob o jugo soviético e, igualmente, restaurar o antigo império dos czares russos.
Putin é o irmão siamês de Hitler.
São dois ditadores totalitários coincidentes não são na ideologia ultra nacionalista, como na metodologia de extermínio de raças inferiores.
O passo seguinte de Hitler seria matar à fome a população eslava.
O próprio Estaline, seu aliado entre 1939 – 1941, já havia feito isso em 1932-1933 com os ucranianos, mas com outros propósitos.
Hitler pensava na mesma estratégia, só que com vistas à colonização total da região.
Tal postulado era o reflexo dos documentos políticos elaborados depois da sua ascensão ao poder na Alemanha em 1933.
O plano da fome foi elaborado sob a autoridade de Hermann Göring, um dos braços direitos de Hitler, que previa que dezenas de milhões de pessoas se tornariam supérfluas e morreriam ou emigrariam para a Sibéria.
A lógica cruel de Hitler também se apoiava na ideia de que os recursos alimentícios poderiam tornar-se escassos para qualquer nação que tivesse um número populacional elevado.
Hitler acreditava que uma nação, para garantir o alimento para sua “raça”, precisava retirar o alimento de outras raças à força incluindo eliminar a raça mais fraca para que não houvesse a necessidade de alimentá-la.
O conceito de espaço vital na Rússia de Putin pode ser interpretado de diferentes maneiras.
De entre outros o mais saliente é a defesa dos interesses russos nos territórios limítrofes, nomeadamente a respectiva influência regional e a segurança das suas fronteiras.
Justificando as respectivas intervenções sob o pretexto da protecção de compatriotas seus habitantes desses territórios.
Por outro lado, Putin tem realçado o princípio da integridade e soberania territorial da Rússia.
Daí utilizar, vezes sem conta, o argumento que o país tem o direito de se proteger contra influências externas, que ameaçam a estabilidade política, económica e da segurança da Rússia.
Putin seguindo o princípio de que “os extremos tocam-se”, não se tem coibido de estabelecer relações e acordos de cooperação tanto com a extrema – direita da União Europeia, próxima dos seus valores ideológicos, mas também com regimes ditos comunistas como a China Popular ou com a Coreia Norte.
A forma de minar a coesão europeia e promover os seus interesses geopolíticos, Putin tem vindo a estabelecer laços de cooperação com partidos da extrema – direita da União Europeia.
Para além do holandês Geert Wilders que tem expressado apoio a Putin na crise da Ucrânia, igualmente têm alinhado com ditador russo, a francesa Marine Le Pen, o húngaro Viktor Orbán, o neo nazi alemão Tino Chrupalla ou o italiano Matteo Salvini…
Outros herdeiros dos ditadores dos anos trinta do passado século, enquadrados numa ideologia fortemente nacionalista, têm feito jus ao seu incondicional apoio ao novo czar da grande mãe russa.
Paradoxalmente, ou talvez não, Putin tem desenvolvido uma relação muito estreita nos últimos anos com a China de Xi Jinping e com a Coreia do Norte de Kim Jong-un, regimes políticos ideologicamente nos antípodas dos seus aliados europeus.
Por analistas internacionais essas alianças que têm gerado controvérsias, são vistas como estratégias pragmáticas para garantir a segurança e a influência russa em diferentes regiões, nomeadamente em África e na América do Sul, constituindo temas – chave da política mundial.
O resultado tem sido favorável ao Ditador Putin, com o fortalecimento dos chamados BRICS -Brasil, Rússia, India, China e África do Sul, onde se incluem alguns países defensores da democracia.
Termina-se com esta frase do mentor de “toda esta gente”, de seu nome Adolfo Hitler:
“As massas são mentalmente preguiçosas e por vezes presunçosas”.

António Benjamim

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