Ao todo são seis, os espaços físicos da empresa Jacinto Ferreira Correia & Filhos, Lda., que emprega 37 colaboradores.
A empresa Jacinto Ferreira Correia & Filhos, Lda., dedica-se a vários ramos de actividade nomeadamente, mobiliário, electrodomésticos, informática, decoração e ourivesaria, bem como materiais de construção, bricolage e jardim.
Dispõe de cerca de 6.000 m2 de área de exposição, com seis pontos de venda, localizados em Vila Franca do Campo, Ribeira Grande e Capelas em Ponta Delgada.
Elisabete Correia, de 53 anos de idade é sócia e gerente da empresa, conjuntamente com os seus dois irmãos, Nelson e Pedro Correia.
A nossa entrevistada começou por dizer, que “tudo começou em 1950, com uma pequena mercearia e taberna” fundada pelo avô Jacinto Correia Papagaio, pai do sócio Jacinto Ferreira Correia, já falecido”. Acabados de chegar do Brasil, onde estiveram cerca de 14 anos explorando um açougue (talho de carne), optaram por construir o seu próprio negócio.
A sede da empresa fica situada na Rua Direita n.º 66A e 66C (vulgo Canto do Lima) mesmo à entrada da Ribeira Seca da Ribeira Grande (no sentido Ponta Delgada – Ribeira Grande), pela antiga via de acesso à cidade.
Posteriormente, em frente à sede nasce o Stand Correia, em Outubro de 1973, num espaço além de ourivesaria, decoração e electrodomésticos também vendia mobiliário.
No ano de 2000, a empresa comemora as suas Bodas de Ouro e prosseguindo a sua política de diversificação, a empresa decide ampliar a sua actividade ao concelho de Ponta Delgada, nomeadamente na vila das Capelas, para atender a toda a clientela desde os Fenais da Luz até aos Mosteiros e Sete Cidades. Assim, constrói de raiz um edifício misto com uma loja de 400 m2, dois apartamentos para venda e um logradouro de cerca de 800 m2. Esta loja abre ao público em Agosto de 2002, dedicando-se à venda de mobiliário, electrodomésticos, artes decorativas, telemóveis e computadores, apoiando também as vendas da loja de ferragens.
Com o grande crescimento do mercado habitacional de São Miguel, e sempre com o objectivo de melhorar a sua performance no mercado, alargando o leque de clientes, no dia 19 de Maio de 2005 a empresa inaugura o Stand Correia Showroom, que representa o maior investimento da empresa na sua história, rondando cerca de 2.500.000 euros.
Na sua estratégia para proteger e maximizar os ganhos na sua actividade levou a empresa a adquirir um armazém de 250m2 no Azores Park, enquanto estava em curso um licenciamento para outro na Boa Vista-Rabo de Peixe com cerca de 3.000m2, áreas dedicadas ao sector de materiais de construção.
Seis espaços físicos e 37 colaboradores
Ao todo são seis, os espaços físicos da empresa Jacinto Ferreira Correia & Filhos, Lda., que emprega 37 colaboradores. “Já temos colaboradores com muitos anos de casa, o que significa que o negócio tem corrido bem, graças a Deus. São muito bons funcionários, bons clientes e muito bons fornecedores, nossos parceiros de muitos anos também, alguns deles, inclusivamente já trabalhavam com os meus pais”.
“Ao longo do tempo fomos sempre evoluindo, consoante as nossas possibilidades e perante as exigências do mercado. Foi assim, por exemplo, que passamos a ter uma secção de informática, numa altura em que já se estava a notar uma forte procura dos nossos clientes por esta área, que já funcionava no Stand Correia, numa simples secção. A fim de solidificar mais a nossa clientela e dar uma imagem com maior modernidade, surge este novo posto de venda”, acrescentou.
Questionada se os sócios gerentes reúnem-se uma vez por semana, Elisabete Correia respondeu desta forma. “Falamos todos os dias, mas há sempre reuniões da empresa para abordar outros assuntos, em todas as áreas, na construção, mobiliário e electrodomésticos”.
A abertura de novos alojamentos locais e a aquisição de moradias por parte de emigrantes e cidadãos de outras nacionalidades no Concelho “também têm alavancado as vendas de materiais de construção da empresa”, admitiu.
O cliente hoje em dia é mais exigente
Elisabete Correia nasceu e vive na Ribeira Seca. É casada e tem um casal de filhos maiores de idade. Estudou na Ribeira Grande e ali ficou a trabalhar com o seu pai, porque sempre pensou que era ali, que tinha o seu futuro garantido.
A filha já tirou o seu curso, “trabalha e não é o ramo que queria seguir”, ao contrário do filho, que “está a tirar o mestrado na área de gestão comercial e gostava muito de se integrar na empresa, vamos ver”.
Admitindo, que não gosta muito de fazer futurologia, pensa “cada vez mais no dia de hoje e o amanhã será outro dia”, embora também reconheça, que “na área comercial temos sempre que pensar no futuro e as perspectivas para o futuro, na área económica e comercial”.
Precisamente sobre a área comercial, diz ser “um sector difícil, porque o cliente hoje em dia é mais exigente e tem muito conhecimento, mas o que temos de fazer é estarmos muito bem informados”. Por outro lado, “é preciso gostar muito desta área e quando se gosta a tarefa torna-se fácil”.
O próximo passo “é valorizar, cada vez mais, a divulgação da empresa nas redes sociais e o site oficial na Internet”.
A história do Papagaio
“Alcunha do avô paterno, o que fez que toda a nossa família ficasse conhecida no meio local pelos Papagaios, o que era, para nós filhos, por vezes, um desespero na escola. Levávamos como se fosse uma ofensiva ao ponto de haver choros, mas tudo mudou com a construção do minimercado. Surge então a ideia do Nelson em assumirmos este título que era no fundo uma publicidade gratuita e populista, ao ponto de nesta data, a marca Lojas Papagaio, ser uma marca registada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial”, parte de um texto de um livro de homenagem dos filhos, sócios da empresa, Nelson Correia, Pedro Correia e Elisabete Correia, ao seu querido pai, Jacinto Ferreira Correia e ao trabalho da sua mãe.
Actualmente, ao lado da sede funciona um café e um minimercado, espaços estão alugados.
Marco Sousa