Fiquei siderado quando tive conhecimento que os “vandilhãs” que têm banca de venda montada no Mercado da Graça, em Ponta Delgada, estão a esfregar as mãos de contentamento muito simplesmente porque vão, a muito curto prazo, receber, de mão beijada, cada um, a quantia de 25.000 euros, importância esta que vai sair dos cofres da Câmara Municipal, através de um gesto magnânimo do nosso Presidente, Pedro Nascimento Cabral, sendo que já está inscrita no orçamento da Câmara a verba de um milhão de euros, a qual foi alocada para o efeito. Alega o Presidente que esta importância é para fazer face à diminuição dos proveitos desta classe, em virtude de estes comerciantes estarem a desenvolver a sua atividade na cave, onde se situa o parque subterrâneo de estacionamento.
Segundo me tem sido possível verificar – e sou cliente assíduo aos fins-de-semana –, os comerciantes que desenvolvem a sua atividade no Mercado da Graça, que “de graça” não tem nada, todas as semanas, pelo que constato, aumentam o preço dos produtos que têm para venda e tendo em conta que este local está sempre repleto de clientes, desconheço verdadeiramente a razão plausível para o choradinho destes comerciantes.
Bem sei que as obras para finalizar, as obras no piso superior, mais parecem as obras de Stª Engrácia por manifesta incompetência de alguns intervenientes, ao que julgo por burocracias “burrocráticas”.
Em função do supracitado, pelo menos agora tenho conhecimento do destino final do meu rico dinheirinho referente ao imposto, que está a ser dado ao IMI que pago pela minha casinha
Não seria mais produtivo, mais lógico, mais correto a Câmara Municipal de Ponta Delgada, com este dinheiro, adquirir um terreno, de seguida proceder às infraestruturas e, depois de loteado, pôr à disposição de casais jovens para a construção da sua moradia. Ao menos, posteriormente, depois sempre haveria lugar a algum retorno para a Câmara. E agora que tanto se fala em ajudar os jovens em tão penosa jornada.
Nesta ordem de ideias, estou a ponderar muito seriamente solicitar um subsídio repositório, a quem de direito, por manifesta perda de rendimento em virtude do ex-Primeiro Ministro, Passos Coelho, na altura me ter surripiado o meu subsídio de férias e o 13º mês, cujo destino, para mal dos meus pecados, ainda desconheço.
Já o meu Pai dizia: “quem não chora, não mama.”
Jaime Neves