O Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), Luís Garcia, apelou ontem a todos os açorianos, especialmente os mais jovens, para que “preservem, alimentem e honrem o legado de Abril, protegendo os seus valores e defendendo os seus direitos”.
“A história ensina-nos que a liberdade, a democracia e até a Autonomia são conquistas frágeis que requerem empenho constante para serem preservadas e fortalecidas”, defendeu o Presidente da Assembleia Legislativa, na sétima edição da tertúlia “Conversas de Abril”, que teve lugar ontem de manhã, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, sublinhando que “passados 50 anos dessa Revolução, não podemos dar por garantidas as conquistas alcançadas”.
O Presidente do Parlamento açoriano afirmou ainda que o objectivo desta iniciativa é “reflectir sobre este legado do 25 de Abril e, especialmente, sobre a nossa Autonomia, os seus feitos e desafios neste percurso de quase 50 anos”, razão pela qual tem percorrido várias ilhas, contando com testemunhos de diversas personalidades, “o que muito contribuiu para enriquecer a nossa compreensão sobre o impacto profundo e duradouro dessa transformação histórica no nosso país e nos Açores”.
A tertúlia de ontem, moderada pelo Director do jornal Diário Insular, José Lourenço, ficou marcada pelos testemunhos dos antigos Presidentes da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, José Reis Leite, Dionísio Sousa e da antiga deputada à Assembleia Legislativa, Maria Lopes, que relataram, na primeira pessoa, o ambiente vivido nos Açores no período pré e pós-Revolução, sobretudo a evolução política, económica e social da região e os desafios enfrentados ao longo das décadas.
Recorde-se que as “Conversas de Abril” integram o programa das comemorações do cinquentenário do 25 de Abril de 1974, organizado pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.
A sétima sessão da tertúlia aconteceu na ilha Terceira, no âmbito das Sanjoaninas 2024, que este ano são dedicadas ao tema “Angra: teu nome é Liberdade”.