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Valados – zona abandonada

A zona industrial dos Valados foi apresentada no mandato de Berta Cabral como uma área para empresários da área industrial e espaço nobre para o desenvolvimento da indústria e serviços.
Muito foi prometido e pouco foi cumprido.
A zona industrial dos valados está ao abandono. Sem ordenamento territorial, desde o estacionamento à limpeza. É hoje um espaço sem promoção, sem identificação de todas as ruas e dos espaços comerciais existentes. É quase totoloto encontrar o espaço que se pretende visitar.
São m2 de terrenos abandonados, sujeitos à aglomeração de lixo, de ervas e ratos.
Desde oficinas, lojas diversas, stand automóveis, carpintarias e grandes superfícies de materiais diversos que permanecem num espaço entregue a si próprio.
Visita a zona industrial dos Valados e circula pela rua dos Valados, quem não tem opção. Não fosse a competência dos serviços instalados e a acessibilidade a partir desta rua, seria uma zona fantasma.
É sabida a ausência de capacidade política da Câmara Municipal para a gestão de espaços industriais, é bem exemplo a zona industrial da Azores Parque.
A zona industrial dos Valados exige um processo de requalificação em parceria com os empresários residentes, para valorizar o espaço e estimulá-lo para novos investimentos e ter a coragem política de responsabilizar os proprietários que abandonam os espaços sem qualquer manutenção.
Desde o necessário e urgente ordenamento territorial da zona industrial, à gestão de resíduos e limpeza e de se assumir como parceiro por excelência das empresas, são ações urgentes para dignificar a zona industrial dos Valados.
Circular na rua dos Valados, com vista direta para o mar, é um desconforto pela imensidão de ervas, galhos caídos, contentores de lixo com cheiros insuportáveis, sujidade nas ruas e ratos. Esta rua que é utilizada por automobilistas é também um espaço privilegiado para caminhadas, deveria ser alvo de um ordenamento verde integrado num planeamento urbano mais global que incorpore elementos naturais e sustentáveis que contribuem para o desenvolvimento (todo) de Ponta Delgada.
A zona industrial dos Valados e seus acessos não podem continuar alvo de abandono por parte da câmara municipal. São cidadãos que pagam impostos que utilizam este espaço e seus acessos e como espaço de desenvolvimento e crescimento de empresas tem direito à sua dignidade.

Estado de calamidade pública
regional para os Açores
O governo dos Açores declarou o estado de calamidade pública regional para os Açores devido ao incêndio no Hospital Divino Espírito Santo de Ponta Delgada – HDES. O objetivo da medida foi o de agilizar e acelerar procedimentos, em particular o da contratação pública, de forma a permitir ao hospital normalizar, no mais curto espaço de tempo, a sua atividade. O estado de calamidade reconhece “… o estabelecimento de medidas de carácter excecional destinada a repor a normalidade das condições de vida nas zonas abrangidas por tais acontecimentos.” Regime Jurídico do Sistema de Proteção Civil da Região Autónoma dos Açores.
É sobejamente conhecida a situação de funcionamento do sistema de saúde nos Açores (e não apenas em São Miguel) face ao incêndio ocorrido no HDES. Os utentes que todos os dias recorrem ao sistema de saúde regional sabem bem as dificuldades sentidas. Estamos em plena fase turística com milhares de cidadãos circulantes e os residentes no território, num território sísmico, e com a COVID-19 ainda presente, não será urgente, para além de responsavelmente se exigir (haja coragem política), a proibição de festas e festivais que decorrem por todos os Açores face à incapacidade de resposta do sistema de saúde dos Açores? Estaremos à espera que ocorra mais uma ou outras fatalidades, onde se esgota o serviço de bombeiros que ocupam, maioritariamente, os seus dias como “táxi de utentes” entre instituições. Agimos por reação e não por prevenção.

Sónia Nicolau

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