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Paulo Rebelo quando saia da escola ia ajudar o pai, mas hoje ‘é dificil encontrar gente para a restauração’

Esta semana damos a conhecer, um pouco, a Casa de Pasto Flor, de Manuel Flor
Rebelo, localizada no Largo Conselheiro Hintze Ribeiro, 16, na Ribeira Grande.

Ali estão também os filhos Paulo Rebelo e Pedro Rebelo, num espaço que funciona desde 1977, com petiscos e refeições ligeiras.
De localização no coração da cidade e numa praça bonita, a Casa de Pasto Flor tem bar, sala interior e esplanada. Comida de confecção caseira, com muita qualidade e preço acessível.
Paulo Rebelo, de 50 anos de idade foi o nosso elo de ligação a este espaço simples e bastante agradável.

Muitos turistas numa cidade
em franco crescimento

O nosso interlocutor é empregado de balcão e mesa, que nos reportou, que o “negócio tem corrido bem e com a presença de um maior número de turistas na cidade, temos dado conta do recado”.
Os turistas são de quase todas as nacionalidades, mas nesta altura do ano “muito espanhóis. Também franceses, alemães, italianos ou ingleses, mas mais espanhóis”.
Paulo Rebelo valida, de igual modo, que a cidade da Ribeira Grande está em franco crescimento, mas por outro lado, diz que faltam trabalhadores na restauração. E porquê? “A falta de trabalhadores na restauração é um problema persistente e o Governo devia de ajudar quem trabalha e não aqueles que não fazem nada. É que mesmo pagando eles não querem trabalhar. Chateamo-nos para arranjar colaboradores, mas mesmo assim ficam um mês a trabalhar, perdemos tempo a ensinar, porque é trabalhando que se aprende, mas eles não querem trabalhar”, lamenta.

Saia da escola e ia ajudar o pai

E porque fala quem tem experiência no ramo, Paulo Rebelo começou a trabalhar quando tinha apenas 11 anos de idade. “Ia para a escola, mas quando saia ia ajudar o meu pai. A experiência ganha-se trabalhando e já estou aqui há quase 40 anos”.
“Aqui faz-se um pouco de tudo, serve-se à mesa e ao balcão, mas ser polivalente traz uma série de benefícios tanto para o colaborador como para o empregador”, relevou.
À entrada, um forno industrial grelhava frangos e o cheiro era inconfundível. Para além do frango, a Casa de Pasto Flor é conhecida por ter polvo guisado, carne guisada, dobrada com feijão, assaduras, iscas de fígado, bife de porco ou de vaca e outras comidas típicas regionais.
Os pratos que não podem faltar, na Casa de Pasto Flor, são três: “polvo, carne guisada e dobrada com feijão”, diariamente confeccionados e muito procurados, quer por locais ou turistas.
De segunda-feira a sábado, o horário da cozinha é das 12h00 às 15h30 e das 18h00 às 21h30.
Já o horário do bar é das 06h30 às 24h00
Fecha ao domingo, mas há sempre frangos neste dia, embora seja dia de descanso.
Nos outros dias, a cozinha fecha às 15h30 “para descansar também um bocadinho e fazer a limpeza da cozinha para depois se recomeçar às 18h00”.
Na Casa de Pasto Flor são nove, os colaboradores a tempo inteiro, mas outros dois estão a aprender.

Todos os dias são movimentados

Paulo Rebelo revela, que “todos os dias são movimentados na Casa de Pasto Flor e esta realidade já não era como no passado, que havia alguns dias mais movimentados do que outros. Já não existem dias, que possamos dizer que são diferentes dos outros, porque nunca sabemos quando é que os clientes aparecem e ainda esta semana tivemos uma enchente de cidadãos espanhóis e não tivemos mãos a medir, porque à terça-feira temos espaços que fecham aqui nas imediações, mas porque estamos abertos, o movimento aumenta”.
A Casa de Pasto Flor tem uma sala interior com capacidade para 24 pessoas e a esplanada para mais 40 pessoas.
Perspectivando o futuro, Paulo Rebelo reconhece, que “a Ribeira Grande está a crescer muito, cada vez mais, mas precisamos que haja mais restauração para dar conta do recado”.
Em termos de negócio, que “está bom” e não se queixa, insiste na “falta de mão-de-obra”.

“O que é nosso é bom”

Todos os dias, a Casa de Pasto Flor abastece-se nas frutarias da cidade para poder apresentar também os legumes mais frescos da Ribeira Grande.
Ao nível das carnes e dos peixes, surgem o talho Ideal e as organizações Diogo, assim como a Peixaria Almeida.
Ou seja, a Casa de Pasto Flor faz sempre questão de informar os seus clientes, que “o que estão a consumir são produtos regionais da marca Açores”, o mesmo acontecendo ao nível das bebidas, “quer sejam licores ou a cerveja Especial, da Melo Abreu”, até porque o que é nosso é bom. “O consumidor turista quer beber uma cerveja local ou algum sumo, servimos a Especial, mas também a Laranjada ou a Kima Maracujá, que todos gostam”.

Marco Sousa

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