O novo Presidente do Conselho de Administração da SATA ouvido ontem na Comissão de Economia da Assembleia Legislativa Regional dos Açores por quase três horas manifestou uq eo seu único objectivo é “salvar a SATA” e que para todos aqueles que o criticam não tem qualquer resposta até porque, segundo disse aos deputados, desligou-se das notícias e que, por isso, não ouviu qualquer crítica, quer seja das Comissões de Trabalhadores, das Câmaras do Comércio e Indústria dos Açores. E começou por dizer na audição que quer “ é trabalhar com todos aqueles que querem trabalhar com a SATA e que querem ajudar a salvar a SATA”.
Rui Coutinho admitiu que houve demasiados erros de gestão, mas que a sua intenção como responsável do grupo é passar uma “borracha” no passado, não quer falar mais de “heranças” nem quer falar mais de maus actos de gestão. Em audição, afirma que “quer governar a SATA, dar projecção para o futuro e dar estabilidade à companhia”.
Sobre medidas a implementar, quer eliminar as rotas que não são necessárias, reduzir os ACMI’s ao mínimo, competir com a concorrência sem se tornar numa companhia de low-cost, quer promover o serviço de vendas a bordo pretende ter receitas adicionais da tarifa de voo.
Sobre os aviões, Rui Coutinho afirma que não quer mais ‘cachalotes’: “Não quero mais ‘cachalotes’. Não quero mais aviões daquela dimensão para fazer determinadas operações. Está previsto vir um avião AIRBUS 321 Extra Long Range, que supostamente consegue fazer uma viagem da Terceira até à costa oeste dos Estados Unidos da América. O avião já está atrasado e só deve chegar em Setembro.”
Rui Coutinho, que foi funcionário da VINCI Airports, fez uma analogia: “um jogador de futebol que muda de equipa, não deixa de marcar golos à equipa de onde veio. Portanto, este jogador vai marcar golos. Graças a Deus, sempre tive jeito para gerir e vão ver o gestor profissional que eu sou”. Afirma ainda que é um “benefício normal” para a SATA ter uma pessoa que vem do grupo aeroportuário, que conhece bem as fragilidades que estão do lado de lá, e aquilo que poderemos fazer para dar melhores resultados ao grupo SATA.
Rui Coutinho defende que a SATA tem de “maximizar” a suas capacidades: “Fazer um retrofit de um A320de 168 lugares para 180 lugares; e de dois A321de 186 para 200 lugares.
A TAP já faz isso, já tem aviões com essa configuração, e isto pode representar uma receita adicional de 4 milhões de euros.”.
Para além disso, promete uma “revisão imediata” do programa SATA Imagine e dos carões Gold antigos que acumulam milhas, mas que já não reúnem condições para viajar na companhia, como explica: “de cada vez que a pessoa utiliza aquele cartão, a companhia tem um custo de 20 a 25 euros de cada vez que a pessoa utiliza o lounge e nem sequer reúne os requisitos para ser um cartão Gold.
O aumento do tráfego Charter no período de Inverno é outro dos objectivos da nova gestão da Sata, sendo esta uma forma de reduzir e “diluir” os custos fixos da empresa.
“E queremos criar task force para controlar os atrasos na pontualidade, também fruto do cada vez mais congestionadodo aeroporto de Lisboa e também das obras do aeroporto de Porto, afectam negativamentea operação quer da SATA, quer da TAP, e gera constrangimentos enormes à companhia. Tentar pôr os nossos aviões a trabalha trabalhar de uma forma mais pontual para termos menos reclamações e menos indeminizações”, afirma o novo presidente da SATA.
Haverá também um aumento das tarifas em função da inflação: “Nós não podemos estar a assegurar valores de tarifas do ano de 2015. Já houve uma guerra, o Covid, já houve inflação de cerca de 40% do ano passado, portanto o valor das tarifas tem de ser actualizado”
Rui Coutinho afirma que quer encerrar todas as lojas SATA“quer nasvilas, quer nas cidades, e reforçar as lojas e levar o pessoal para os aeroportos, para reforçar equipas e dar o melhor tratamento aos passageiros, às reservas, ter um processo muito mais disponível, e assim acabar também com as rendas que nós pagamos, porque, julgoeu, que nenhum dos espaços é a propriedade da SATA, é tudo arrendado.
Para além disso, o novo presidente querretirar da companhia os negócios de não aviação. Como afirma: “Temos de nos focar nas companhias de aviação, não descurando os outros negócios que ainda temos, mas que, como já disse, são para privatizar. E este até é uma imposição do plano de restauração da União Europeia”
D.C./F.T.