ESQULO,FILÓSOFO GREGO e os seus contemporâneos advogavam que os deuses só de má vontade concediam o sucesso humano e enviaram uma maldição de presunção contra uma pessoa quando estavam no máximo dos seus poderes, uma perda de sanidade que acabaria por lhes trazer a queda.
SENECA o grande advogado e escritor romano defendia que nunca tinha desconfiado tanto da sorte senão quando esta lhe foi mais favorável.
Eu pelo meu lado estou como o CRISTÓVÃO FALCÃO QUE DIZIA.
VI O COMEÇO NO CABO
E VEJO O CABO NO COMEÇO
DE MODO QUE NÃO CONHEÇO
SE COMEÇO NEM SE ACABO
NO COMEÇO DO MEU MAL
VI O CABO DE MUITO BEM
MAS ESSE BEM SAIU TAL
QUE NENHUM CABO TEM
A VIDA É DESIGUAL E CHEIA DE CONTRADIÇÕES INSANÁVEIS
Veja-se o caso de Portugal um pais de poetas e de patetas que apesar da liberdade que a democracia touxe sofre de uma ignorância podre e de uma corrupção criminosa e felizmente que há bons poetas para aliviar o peso da má-língua e da inveja e da avidez do escândalo e dos cérebros pouco esclarecidos.
Felizmente existe a poesia e a filosofia que permitem conhecer o segredo das almas, e é venerando o passado que se pode entender o presente e desejar o futuro,
A dimensão poética da vida permite elevar o espírito aos mais altos cumes , alcançar horizontes mais largos e mais profundos.
A VIDA
Foi-se-me aos poucos amortecendo
A luz que nesta vida me guiava
Olhos fitos no qual até contava
Ir os degraus do túmulo descendo
Em se ela amortecendo, em a naõ vendo
Já se me a luz de tudo anunciava
Despontava ela apenas, despontava
Logo em minha alma a luz se ia perdendo
Alma gémea da minha e ingénua e pura
Como os anjos do céu
Quis-me mostrar que o bem pouco dura
Não sei se voou, se me a levaram
Nem sabia eu nunca a minha desventura
Contar aos que ainda na vida não choraram.
Fiel á vida SIM
Mas não a um mundo
Onde a não encontrei
E quanto mais assim
De mim
Mais contrito morrerei
Da vida continuo um simples estudante e a minha curiosidade é o meu infinito.
Continuo um estudante de Coimbra com a minha capa negra como uma rosa negra ao luar
Hei-de voltar um dia pois minha amada coimbra em ti ficou o sol da primavera da minha vida e dos muitos sonhos que em ti sonhei e que morreram porque eram imensos, não cabiam na própria vida.
Não há nada como ter vinte anos.
LÁ DOS ALTOS CUMES VEJO A LUZ SUMIDA NESTE MUNDO QUE PERSISTE EM VIVER NAS TREVAS MERGULHADOS.
Por: Pedro Paulo Carvalho Silva