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Risco de doenças cardíacas é maior para quem sofre de apneia obstrutiva do sono

A apneia obstrutiva do sono está associada a um risco acrescido de doenças cardiovasculares nos adultos, mesmo nos que têm menos de 40 anos, descobriram os investigadores do UT Southwestern Medical Center, nos EUA. O seu estudo, publicado no Journal of the American Heart Association, demonstra uma forte associação entre este problema e o desenvolvimento de várias doenças relacionadas com o coração em adultos de todas as idades.
A apneia obstrutiva do sono é uma doença comum caracterizada por episódios recorrentes de obstrução parcial ou total das vias respiratórias superiores durante o sono, o que dá origem a padrões de respiração perturbados e a uma falta intermitente de oxigénio. O factor de risco mais significativo é a obesidade.
“A nossa investigação realça a necessidade de rastreio da apneia obstrutiva do sono em ambientes de cuidados primários, sobretudo nos adultos mais jovens que podem beneficiar mais de uma intervenção precoce”, afirma o líder do estudo, Bhaskar Thakur, professor assistente de Medicina Familiar e Comunitária.
“A discussão sobre a qualidade do sono e a análise dos sintomas da apneia obstrutiva do sono devem fazer parte do exame físico anual de todos os doentes adultos, independentemente da idade.”
Os investigadores analisaram dados de 9.887 adultos com mais de 20 anos, o que mostrou que os indivíduos com sintomas de apneia obstrutiva do sono autorrelatados (ronco, respiração ofegante, cessação da respiração durante o sono ou fadiga diurna excessiva) apresentavam taxas mais altas de doenças cardiovasculares, como angina, ataque cardíaco ou AVC. Tinham também factores de risco associados, incluindo hipertensão, diabetes, colesterol elevado ou síndrome metabólica (a presença de três ou mais condições que aumentam o risco de doença cardíaca).
Aproximadamente 51% dos participantes tinham apneia obstrutiva do sono. Destes, 36,2% sofriam de hipertensão, 24,3% de diabetes, 66,1% tinham colesterol elevado e 48% síndrome metabólica. Além disso, 8,6% relataram ter tido um evento cardiovascular ou ter sido diagnosticado com doença cardíaca.
A associação entre apneia obstrutiva do sono e um aumento da prevalência de doenças cardiovasculares ou factores de risco foi ainda mais forte entre os indivíduos do grupo etário dos 20 aos 40 anos do que entre os indivíduos com 41 anos ou mais. E os jovens adultos com este problema tinham também três vezes mais probabilidades de ter sofrido um evento cardiovascular do que os que não tinham apneia obstrutiva do sono.
“O público tende a pensar na apneia do sono como um simples ‘mau sono’ que causa fadiga, mas as implicações são muito mais graves”, refere Thakur. “Com o aumento da obesidade, o número de jovens adultos com apneia obstrutiva do sono está a aumentar e, sem uma intervenção adequada, estão a correr um risco mais elevado de contrair um vasto leque de doenças e condições.”
Embora a natureza exacta da relação entre esta doença de sono e as doenças cardiovasculares não seja conhecida, os investigadores estão interessados em continuar a estudá-la, sobretudo entre os jovens adultos.
Notíciassaude.pt

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