O grupo de trabalho da equipa de futebol do Clube Operário Desportivo está praticamente fechado para a sétima participação no Campeonato de Portugal (CdP).
O treinador Bruno Vieira, 37 anos de idade, está ocupado com 24 jogadores, 11 dos quais aquisições. Deste lote, quatro vieram do Desportivo de Rabo de Peixe.
O destaque vai para o defesa central Pedro Tavares, 30 anos, que regressa ao clube onde esteve 12 anos. As interrupções na equipa lagoense aconteceram no período do curso universitário. Aquando do regresso à ilha de São Miguel o ingresso no futebol deu-se pela porta do clube de Rabo de Peixe, onde esteve quatro anos, intercalado com uma temporada no…Operário.
O outro reforço micaelense vindo do Desportivo, que este jornal também já noticiou, é o de Rafael Benevides. O médio/avançado, de 28 anos, teve um peso determinante nas épocas da equipa de Rabo de Peixe. Em quatro anos e com 107 jogos realizados, marcou 22 golos.
Para Rafael Benevides é igualmente um regresso ao clube “fabril”. Passou cinco anos nas equipas de formação, de onde saiu para o Atlético da Pontinha, juniores do Sporting e do Oeiras e seniores dos Lusitanos de Vila Real de Santo António e de Vildemoinhos. Jogou ainda no Sporting Ideal e no Oriental.
O terceiro micaelense assegurado é o jovem médio/avançado de 19 anos Lucas Santos. Depois de ter estado no Operário dos Sub-9 aos Sub-13, passou quatro anos no CF Pauleta, seguindo-se o União Micaelense, o Santa Clara e a ida para os sub-19 do Rabo de Peixe, onde jogou na equipa sénior.
Dasailly Sampaio, de 26 anos, lateral de 26 anos, chegou do Brasil há quatro anos. Alinhou no Sertanense, no GD Fontinhas e no Desportivo de Rabo de Peixe.
Mais dois jovens naturais da ilha de São Miguel fazem parte do plantel. Um é o lateral Sandro Rodrigues, de 23 anos, que fez toda a carreira no Desportivo de São Roque (15 anos). O Operário pode ser a porta para desenvolver ainda mais as reais capacidades que possui.
Outro regresso ao clube da cidade da Lagoa é a de Paulo Varão, hoje com 20 anos. Após os primeiros quatro anos no Operário, saiu para jogar no Desportivo de São Roque, no CF Pauleta e no União Micaelense.
Cinco vindos do exterior
De clubes do exterior dos Açores o Operário concretizou cinco aquisições.
O guarda redes Fábio Mesquita é oriundo do FC Tirsense, onde realizou 21 jogos. Com 25 anos de idade, fez 6 anos de formação no Boavista. Alinhou, posteriormente, em equipas que disputaram o Campeonato de Portugal (Sporting de Coimbrões, Mirandela, Bragança e Tirsense) e a Liga 3 (São João de Ver).
Fábio Mesquita foi expulso no último jogo do campeonato da época passada por injúrias ao árbitro. Estava como suplente na partida com o Vila Real, ganha pelos transmontanos por 1-0. Foi suspenso por 1 jogo, que terá de cumprir ao serviço do Operário.
O defesa central ganês Prince Addico, de 30 anos, está de regresso a um clube dos Açores. Esteve duas épocas no GD Fontinhas. Alinhou em 55 jogos nos Campeonatos de Portugal e da Liga 3, com 11 golos em 55 jogos. Na última temporada representou o Camacha, da ilha Madeira, quarto classificado na série A do CdP. Contribuiu em 19 jogos e com 4 golos.
O sector atacante do Operário foi o mais reforçado. Entram o brasileiro de 23 anos Jailson Silva, que veio para Portugal para jogar nos juniores do Sporting de Braga. Alinhou ainda na equipa B e de Sub-23 dos minhotos. Sem espaço na equipa principal, passou pelo Lank Vilaverdense, Mirandela, Tirsense e Moncarapachense, onde esteve em 2023/24, com 2 golos em 31 jogos.
Carafala Camará, de 23 anos, tem nacionalidade da Guiné Bissau e portuguesa. O avançado jogou no Arronches e Benfica, Canedo, Peniche e Bragança. Na época anterior jogou primeiro no GD Resende, da Divisão de Honra da AF Viseu e, depois, no GD Vila Caiz, da Divisão de Elite da AF Porto. Apontou 8 golos em 27 desafios.
Finalmente Beto Lopez, de 25 anos, é da Colômbia. Fez a formação no Estudiantes de Medellin. Entrou em Portugal para os juniores do Desportivo de Chaves. Passou três anos e meio no GD Montalegre, jogando a seguir no Atlético Marinhense. Nos dois últimos anos representou o Vilar de Perdizes do CdP. Marcou 11 golos em 42 encontros.
Treze permanências
Do plantel que se sagrou campeão dos Açores, mantém-se a “espinha dorsal”. São treze os jogadores que transitam. Na baliza e no meio campo não houve muitas mexidas.
O jovem defesa João Couto, próximo de completar 21 anos, vai permanecer no plantel depois de ter estado a recuperar de uma lesão contraída a 16 de Setembro de 2023 num jogo da Taça de Honra com o Vitória do Pico da Pedra.
Os jogadores que continuam, incluindo os nomes que fomos noticiando, são:
Hugo Viveiros, João Cunha (guarda redes), Igor Cartaxo, Mamadu Candé, Ricardo Carvalho, João Couto (defesas), Dani Sousa, Frederick Agyemang, Joazimar Stehb, Gonçalo Reyes, Manuel Sousa (médios), Modou Jarju e Diogo Medeiros (avançados).
Operário é o único
O Operário é a única equipa açoriana a militar nesta temporada no CdP, cujo começo é a 18 de Agosto. Pelo que está regulamentado, situar-se-á na Série F, pela alternância regulamentar anual com a Série E.
Em oito edições o máximo de equipas da Região na prova foi de cinco, nas épocas de 2016/17; 2017/18 e de 2021/22. Quatro clubes em 2015/16 e em 2020/21 e três equipas em 2018/19, 2019/20 e em 2022/23. Nesta época regista-se o menos número.
A data do sorteio ainda não foi divulgada, nem a constituição das séries. Em causa estão desistências e impedimentos porque alguns clubes com direito desportivo não estão licenciados. Por exemplo, o campeão da AF Évora, o Estrela de Vendas Novas, não pode competir, o mesmo sucedendo com o campeão da AF Setúbal, o Olímpico do Montijo.
A Série D deve integrar os clubes que garantiram a permanência: Elvas, Louletano, SU Sintrense, Lusitano de Évora, Fabril Barreiro, FC Barreirense e FC Serpa; as equipas despromovidas da Liga 3 Amora e Pêro Pinheiro e os campeões associativos Operário (Açores), GD Lagoa (Algarve), Moura Atlético (Beja), Estrela da Amadora B (Lisboa) e o substituto do campeão da AF Setúbal, o Comércio e Indústria, segundo classificado.
