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Conquistar a Vida

Falando sobre o viver-se segundo o Evangelho, Chico Xavier disse: -Jesus não pediu muita coisa; não exigiu que as pessoas escalassem o Evereste ou que fizessem grandes sacrifícios. Só pediu que nos amássemos uns aos outros.
Sob o ponto de vista da Doutrina Espírita, não é preciso um grande esforço de raciocínio para se constatar que estamos na Terra para desenvolver sucessivas experiências, em prol da nossa evolução.
O nosso destino é a perfeição.
Um dia, seremos mensageiros de Deus.
Gozaremos da felicidade da integração plena nos ritmos da harmonia universal.
Chegaremos onde está Jesus, tal como Ele esteve onde nós estamos.
E quanto maior for o nosso empenho em cumprirmos os desígnios divinos, pela definição do que Deus espera de nós, mais depressa atingiremos esse objetivo.
Jesus foi o professor que veio ajudar-nos, acelerando a nossa jornada. A Sua maior contribuição foi ensinar-nos que o Amor é a Lei Suprema.
Amor que brota de Deus e que se estende por todo o Universo.
À medida que formos capazes de amar plenamente, estaremos em harmonia com a Criação. E, neste aspeto, as dificuldades não se traduzem por deficiência, mas sim por displicência.
Os nossos interesses giram à volta do egoísmo, pela exacerbada preocupação com o próprio bem-estar, que provoca os males que nos afligem.
A Doutrina Espírita mostra-nos o caminho para superar o egoísmo, a partir da máxima de Allan Kardec: “Fora da caridade, não há salvação”.
Não se entenda a palavra salvação no sentido escatológico do termo, isto é, de consequência das ações humanas na vida espiritual, já que, sob o ponto de vista espírita, ninguém está perdido.
Somos filhos de Deus e permanecemos sob a sua égide. Deus teria falhado nos Seus objetivos, se se perdesse uma única alma.
Por mais longe que os nossos desatinos nos levem, mesmo assim, continuaremos nos domínios de Deus, governados por leis soberanas que disciplinam as nossas emoções e renovam as nossas ideias, mostrando-nos o que é bom para nós e o que não é.
O termo salvação significa que nunca estaremos bem enquanto não nos adaptarmos às Leis Divinas, entre as quais sobressai precisamente a Lei Maior, o Amor, que preconiza um desprendimento total de nós próprios para uma comunhão total com Deus – a meta suprema das nossas almas.
A caridade é o caminho. Para sermos caridosos, somos obrigados a combater o egoísmo e, nessa medida, começamos a caminhar.
Hoje, com passos lentos, vacilantes, empolgados apenas pelo desejo de construirmos um futuro melhor.
Amanhã, com passos largos e fáceis, à medida que – através do exercício da caridade – formos desembocando nos caminhos do amor.
Prezado leitor, podemos considerar que a caridade é o amor em ação, sempre com o empenho de fazer qualquer coisa pelo próximo – seja este quem está mais perto de nós, sob o mesmo teto, ou quem enfrenta privações penosas, na periferia da nossa cidade.
Devemos considerar, tal como nos ensinou Chico, que é muitíssimo mais fácil transpor, a partir da caridade, as montanhas da indiferença, para exercer o amor ao próximo, do que conquistar o Evereste.
Foram muitos os que, ao procurarem a mundana glória, morreram, na vã tentativa de chegarem ao cume do gigante dos Himalaias.
É melhor conquistar a vida, procurando os nossos irmãos nas planícies do infortúnio, essa vida abençoada da frase evangélica, que vibra nas nossas veias quando o nosso cérebro se enche com o ideal de servir, e as nossas mãos se movem no solo das dádivas da caridade.

Richard Simonetti
Revista Verdade e Luz –
Maio-Junho 2024

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