O Presidente do Município, Pedro Nascimento Cabral, reuniu-se ontem, nos Paços do Concelho, com o Presidente da Junta de Freguesia de São Pedro, José Manuel Leal, e deu voz à reivindicação comum de que é necessário o Ministério da Administração Interna (MAI) reforçar o número de agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) e investir na segurança do concelho de Ponta Delgada.
“Desta reunião, ficou o compromisso de continuarmos a reivindicar junto do Governo da República e da Senhora Ministra da Administração Interna a transferência de mais agentes da PSP para reforçar o corpo policial da PSP de Ponta Delgada, à semelhança do que acontece, aliás, com os municípios de Lisboa e do Porto”, vincou o autarca, após o encontro.
Pedro Nascimento Cabral lembrou que cabe ao Estado a promoção da segurança no país, isto independentemente da Câmara Municipal estar a concluir um processo de formação de novos agentes da Polícia Municipal, para reforçar as acções de policiamento de proximidade.
“Aumentamos, assim, em quase 60% o número de agentes deste departamento, convictos de que fazemos a nossa parte no que respeita à promoção da segurança na maior cidade dos Açores e em resposta às necessidades identificadas pelos nossos munícipes”, afirmou.
O autarca partilhou a convicção de que Ponta Delgada é ainda uma cidade segura, mas defendeu que o reforço do número de agentes da PSP permitiria dissuadir, com maior eficiência, a prática de ilícitos criminais e aumentar o sentimento de segurança da população que reside ou visita o concelho de Ponta Delgada.
O Presidente da Junta de Freguesia, José Manuel Leal, disse que Ponta Delgada “deve exigir, cada vez mais, recursos humanos e materiais para as forças de segurança, sabendo perfeitamente que isso irá beneficiar todas as freguesias do concelho, em particular a de São Pedro”.
Recorde-se que numa entrevista recente ao Correio dos Açores, a insegurança, a par com os sem-abrigo e a prostituição, foram, entre outros, pontos apontados pelo Presidente da Junta de Freguesia de São Pedro, José Leal, como os principais problemas que a freguesia enfrenta actualmente.
Assumiu que não tem números que comprovem o que quer que seja ao nível da criminalidade. “Contudo, da percepção que tenho, apesar de a insegurança ter diminuído nalgumas zonas, aumentou noutras. É uma questão de análise adequada de quem possui este tipo de competência e capacidade ao nível dos recursos. Mais, disse, que “ainda existe a sensação de insegurança junto da população. Por isso, referi que muito ainda há a fazer até atenuar esta situação. Fazemos a nossa parte, dentro das restrições e limitações que temos, mas, sem a eficaz intervenção de outros poderes e organismos, a nossa acção será sempre considerada como uma espécie de “gota no oceano”. Refira-se que, ainda este mês, as câmaras municipais de Ponta Delgada e do Funchal enviaram uma carta conjunta à Ministra da Administração Interna, a Juíza Conselheira Margarida Blasco, a solicitarem o agendamento de uma reunião com vista a apresentarem um novo modelo de funcionamento para a Polícia Municipal.
O Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada tem esperança que a relação com a actual Ministra do MAI possa revelar-se mais profícua do que quando o Ministério era tutelado por José Luís Carneiro, que não só ignorou os apelos do município quanto à necessidade de aumentar o número de polícias, como deixou pendente o dossier da instalação de um sistema de videovigilância no centro histórico de Ponta Delgada.
N.C.