Na cerimónia de assinatura do protocolo entre as duas entidades, Pedro Nascimento Cabral assumiu ser “um dia de muita alegria para a nossa Câmara Municipal de Ponta Delgada. Nós temos vindo a trabalhar juntos com muita equidade e muito trabalho para chegarmos aqui a este dia e assinarmos este protocolo, que representa para a Câmara não uma obrigação, não um dispêndio de uma quantia avultada de dinheiro, mas um investimento”. Trata-se na perspectiva do autarca de “um investimento na educação dos nossos jovens, no desenvolvimento da nossa universidade dos Açores e, naturalmente, na cidade de Ponta Delgada”.
O Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada anunciou ontem que a autarquia vai disponibilizar um milhão de euros para a construção da nova residência universitária – orçada em 6 milhões de euros, sendo 5 milhões no âmbito do PRR- , que terá lugar na Rua da Mãe de Deus, a mesma rua onde se localiza o pólo central da academia açoriana, em Ponta Delgada.
Na cerimónia de assinatura do protocolo entre as duas entidades, Pedro Nascimento Cabral assumiu ser “um dia de muita alegria para a nossa Câmara Municipal de Ponta Delgada. Nós temos vindo a trabalhar juntos com muita equidade e muito trabalho para chegarmos aqui a este dia e assinarmos este protocolo, que representa para a Câmara não uma obrigação, não um dispêndio de uma quantia avultada de dinheiro, mas um investimento”. Trata-se na perspectiva do autarca de “um investimento na educação dos nossos jovens, no desenvolvimento da nossa universidade dos Açores e, naturalmente, na cidade de Ponta Delgada”.
Referiu que a Universidade dos Açores é um parceiro fundamental do projecto de consolidação e desenvolvimento da autonomia dos Açores e também daquilo que é a valorização dos nossos jovens e por isso a Câmara não poderia, de forma alguma, ficar de fora deste grande projecto que é a construção da residência universitária em Ponta Delgada. Sobretudo porque queremos dar aos nossos jovens, aqueles que necessitam de encontrar este espaço para residir, que sejam de outros concelhos, de outras ilhas dos Açores, do continente ou de outro lugar que possam advir. O que importa é que tenham condições para se acomodarem, para ficarem, para estudarem, para terem também um ensino de qualidade que todos nós sabemos que também se faz com uma boa acomodação aqui na nossa cidade de Ponta Delgada.
Por isso é com imensa alegria que estamos aqui hoje a assinar este protocolo, a transferência de um milhão de euros que só agora, depois de todos os trâmites e de todos os procedimentos que a contratação pública e a lei assim obriga, só hoje conseguimos celebrar. Como diz o ditado, tarde é o que nunca chega, e hoje estamos celebrando aqui este protocolo. Estamos certos que será fundamental para a elevação da qualidade do ensino para os nossos jovens. Da nossa parte manteremos abertas todas as portas que permitam dignificar e elevar o ensino universitário em Ponta Delgada”.
Já Susana Mira Leal, Reitora da Universidade dos Açores, reafirmou, tal como o edil, que “ este é um momento de satisfação, não apenas para a Universidade dos Açores, e não apenas para o Município, mas para a nossa Região. Porque de facto as regiões vivem de jovens e estes são o presente e o futuro das nossas ilhas, regiões, cidades e a Universidade dos Açores traz a Ponta Delgada mais de 2000 alunos para estudar diariamente nos diferentes cursos e diferentes áreas. Estes estudantes são alguns do Município de Ponta Delgada, de várias freguesias, de outras freguesias da ilha de São Miguel, muitos das outras ilhas dos Açores, mais ainda de fora da nossa Região, do estrangeiro, do continente e da Madeira.
Neste momento a Universidade dos Açores tem mais de 800 estudantes deslocados o que significa que diariamente, a cidade de Ponta Delgada, como as outras cidades onde nós temos Campi, tem mais juventude, mais oportunidades de desenvolvimento e de futuro. São os jovens que cá habitam, que cá vivem, que cá consomem, que convivem com os demais, que acabam muitas vezes por ficar a trabalhar cá e a contribuir para o desenvolvimento económico das nossas cidades e do concelho”.
Mais, disse: “Para nos é importante a parceria com o Município no sentido de conseguirmos salvaguardar as melhores condições para o estudo dos nossos estudantes, mas também para a tracção para a nossa cidade, para o nosso concelho. Neste sentido agradeço a disponibilidade do Presidente da Câmara e da sua equipa, mas também de todos os munícipes de Ponta Delgada que fazem este investimento, na verdade, neste projecto, que é para todos e que constitui um investimento”. Trata-se, segundo a Reitora, de “um investimento na formação, na qualidade de vida dos nossos estudantes, nas condições que têm para estudar, naquilo que é o capital de atractividade que Ponta Delgada tem para que os jovens venham para aqui estudar e fiquem aqui. Constituem família, trabalhem aqui e contribuam para aquilo que são as forças vivas da comunidade que no fundo impulsionam o desenvolvimento da nossa cidade e do Município”
Disse ainda que enquanto responsável pela Universidade dos Açores espera inaugurar a obra no final de Março de 2026 e agradeceu o empenho da autarquia neste projecto.
Pedro Nascimento Cabral – A câmara encara esVai voltar a escrever à nova ministra?
Começamos a verificar que, quer os Presidente da Câmara Municipal do Porto, de Lisboa, quer outros autarcas também estão a pedir ao Governo da Republica mais policiamento. Isto significa que o Estado tem falhado naquilo que é a sua obrigação de promover e assegurar a segurança no Estado. Como Ponta Delgada faz parte do Estado e esta é uma competência exclusiva do Estado, nós reivindicamos e reiteramos aquilo que é uma necessidade urgente de criar mais polícias, ter mais PSP aqui em Ponta Delgada para aumentar o sentimento de segurança.
Nós entendemos que efectivamente Ponta Delgada ainda é uma cidade segura, mas tendo em consideração uma posição de dissuasão do crime, a presença da PSP mostra-se imprescindível para criar este sentimento de segurança e também para colmatar algumas falhar que detectamos, sobretudo naquilo que eram as tradicionais rondas a pé, ou mesmo da viatura, da PSP.
Esta nossa reivindicação demais polícia, é também, mais uma vez, o marcar de uma posição muito importante junto do Governo da República da necessidade deste olhar para Ponta Delgada sendo estas uma cidade que agora encontra outros paradigmas na área do turismo, com milhares de visitantes e turistas, e também de assegurarmos a tranquilidade dos residentes. O Governo tem de olhar com um olhar positivo e beneficiar quem está mais distante dos centros de decisão.
É o último protocolo a ser assinado e se houve muitas empresas a concorrerem, questionaram os jornalistas, ao que Susana Mira Leal garantiu que ainda não houve. “São processos complexos que requerem que as empresas avaliem o caderno de encargos e preparem um conjunto de peças que fazem parte do caderno. Portanto, aguardamos que as empresas submetam as suas candidaturas até ao final do mês de Agosto para que o processo possa prosseguir com a avaliação das mesmas e a instrução dos procedimentos necessários.
Questionada ainda se pode haver o risco do concurso ficar deserto, admitiu esta possibilidade. “ Este é um risco que corre qualquer concurso que se lança. A nossa expectativa é de que não aconteça, que vai ter adesão. Parece-nos que é um concurso apelativo para as empresas da Região. É também um projecto estratégico para a nossa Região com um valor social muito grande e penso que estas várias variáveis pesarão certamente naquilo que é a adesão e interesse das empresas.
No caso de Ponta Delgada estamos a falar de um projecto de mais de seis milhões de euros, que tem uma comparticipação do PRR na ordem dos cinco milhões e da Câmara Municipal na ordem de um milhão. Ou seja, um total de seis milhões de euros, sendo que este valor “ permite o financiamento que nós obtivemos com o reforço PRR, conseguirmos garantir para a Universidade dos Açores em função das nossas especificidades insulares e ultraperiféricas e do custo efectivo de construção na Região, que difere de outras regiões do continente. Conseguimos com esse reforço e com a comparticipação da Câmara Municipal de Ponta Delgada garantir que conseguíamos o financiamento necessário para fazer face aos encargos da obra. A única comparticipação da Universidade será na parte do IVA, onde a Universidade terá de adiantar a parte do IVA necessário uma vez que estes montantes não cobriam esta dimensão”.
Susana Mira Leal adiantou que a Residência terá “120 camas, que serão próximas do campus universitário, na rua da Mãe de Deus, numa propriedade que a Universidade tem, na qual funcionou durante anos a administração e outros serviços da instituição, que tem o edifício antigo que será incorporado e reabilitado no edifício novo para garantir este total de cama”.
Questionada ainda se tem previsão para o custo de cada cama, a Reitora admitiu existir “ uma tabela nacional para os custos do alojamento para os estudantes. E no aviso do Programa Nacional de Alojamento Estudantil, PNAES, ao abrigo do qual nós estamos a financiar estas construções com financiamento PRR, estão lá definidos os montantes máximos para cada tipologia de quartos, seja individual ou duplo, seja para estudantes bolseiros ou não bolseiros. Naturalmente cumpriremos com o que está estabelecido na lei, como já o fazemos actualmente”.
Acredita que a obra estará pronta em 2026 .“A minha expectativa, e aquilo que o PRR nos obriga, é que ela abra portas a partir de Março ed 2026. O projecto tem de estar concluído até ao final de Março de 2026”.
Recordou que neste momento a residência das Laranjeiras tem 280 camas, aproximadamente. Fica aquém e está completamente cheia. Este ano inclusive, também na sequência da visita que a Ministra da Juventude fez à Universidade e da reunião que teve comigo, e das iniciativas que o Ministério da Juventude e Modernização tem feito e articulação com o Ministério da Educação e da Ciência, conseguiremos no próximo ano já, reforçar a nossa oferta de camas, em 20 camas em Ponta Delgada com protocolos que estamos agora a preparar com privados de maneira a que possamos oferecer, pelo menos, mais algumas respostas aos estudantes que precisam”.
As 120 camas abrem boas perspectivas para a universidade abrir mais vagas para estudantes, pergunta-se, ao que Susana Mira Leal responde: “Acho que a oferta de camas que é um problema crítico no contexto nacional, também o é numa universidade como a nossa em que vivemos numa Região descontínua. Logo os estudantes que se deslocam das diferentes ilhas para frequentar os nossos cursos precisam de alojamento. Nem sempre a resposta de alojamento nas cidades onde temos os nossos campi é suficiente para as necessidades e também no montante que possam fazer face mediante os rendimentos das suas famílias. Naturalmente que o acréscimo de oferta de alojamento, designadamente aqui em Ponta Delgada, nomeadamente em mais 120 camas, permitirá não só darmos uma resposta aos estudantes que já temos. A Universidade dos Açores tem mais de 800 estudantes deslocados. Isso quer dizer que a oferta, mesmo com estas novas camas, não permitirá responder a todas as necessidades e a todas as solicitações, mas os estudantes encontram no mercado respostas, e têm encontrado, e nós temos mecanismos instituídos ao nível da acção social para apoiar os estudantes na procura de respostas. Isto quer dizer que estas 120 camas virão dar não só aos estudantes que na altura estarão a estudar na Universidade dos Açores como também torna, naturalmente, mais atractivo para estudantes que decidam vir estudar para a Universidade dos Açores porque sabem que têm uma resposta de alojamento social e estudantil a preços mais consentâneos com as suas capacidades financeiras”, registou.
Frederico Figueiredo