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Os Açores: A porta para Portugal dobrar o seu tamanho

1-Há meses atrás foi notícia publicada pelo Correio dos Açores que a Google estava a desenvolver um projecto para a instalação de um cabo submarino que nascia nos Estados Unidos da América e iria passar pelas Bermudas e ligar depois à Europa com passagem por Portugal e amarração em Sines. Na ocasião vivia-se um impasse quanto à substituição dos cabos submarinos que ligam os Açores e a Madeira ao Continente e estão em fim de vida.
2-Considerando a conjuntura que se atravessava, lançamos um desafio para que a Região não ficasse fora do projecto da Google, e antes se prontificasse para ser parceira, lembrando que essa era uma diligência, cuja iniciativa cabia ao Governo dos Açores.
3-Fomos tendo o conhecimento possível do andamento do projecto, aguardando o desfecho final sem sensacionalismos.
4-A 26 de Julho Bernardo Correia, representante da Google apresentou ao Governo dos Açores o projecto que está em curso, depois de ter a 4 de Julho pedido ao regulador americano uma licença para construir um cabo submarino de fibra óptica de 6.900 quilómetros, que vai amarrar nos Açores e Sines, afirmando tratar-se da primeira ligação directa entre Estados Unidos e Portugal, apontando que a Google pretende ter o sistema operacional em 2026.
5-Na cerimónia de apresentação do projecto, que decorreu no Palácio da Conceição, o Presidente do Governo José Manuel Bolieiro disse que: “Não quero assumir méritos públicos do mérito privado, temos é uma visão estratégica e tudo fizemos para que a escolha fosse pelos Açores”.
6- Percebe-se o que Bolieiro quis enfatizar, mas a “formalidade” usada pode levantar dúvidas quanto ao empenho da Região para ser parte no projecto, que sendo privado vai certamente colocar os Açores na rota internacional quanto às comunicações entre continentes.
6-Ao colocarmos a questão neste ponto é porque a Região tem de ser mais determinada e reivindicativa dos direitos que lhe assistem. Isto porque estamos confrontados com outros problemas que já são notícia internacional, como é o alerta que nos traz a escritora e jornalista brasileira Roberta Sousa sobre a Ousadia e expansão de Portugal
7-A escritora lembra que Portugal conhecido pela sua era das descobertas no século XV, já dominou vastas regiões ao redor do mundo. Actualmente, o país ainda detém uma significativa Zona Económica Exclusiva devido aos seus arquipélagos dos Açores e da Madeira.
8-Esta vasta área marítima proporciona a Portugal não apenas direitos exclusivos de pesca, mas também a oportunidade de explorar recursos minerais subaquáticos marítimos através de uma reivindicação estratégica da plataforma continental.
9-Segundo escreve a jornalista, Portugal tem assim o potencial de dobrar seu tamanho, acedendo a vastos recursos naturais e fortalecendo a sua economia, conforme já se discute nos areópagos internacionais e tem apostado na tecnologia e na exploração sustentável para alcançar esse objectivo audacioso que é sua Zona Económica Exclusiva no Atlântico.
10-Portugal aguarda a decisão das Nações Unidas, mas enquanto isso as Regiões Autónomas têm de prosseguir a reivindicação da parte que lhes cabe administrar do mar, devido à Zona Económica Exclusiva que os Açores emprestam a Portugal.
11-O Conselho Económico e Social dos Açores, na reunião realizada no dia 25 de Julho, pede que o instrumento de recapitalização do tecido empresarial seja repensado porquanto dos 20 milhões de euros destinados às pequenas e médias empresas apenas foi usado 1 milhão de Euros. É pena que só agora se dê que a burocracia que envolve as candidaturas é impossível de cumprir pelas empresas a que se dirige o programa “recapitalização”. Trata-se de “chover no molhado”. E assim se vai andando sem horizonte à vista. É o que há, mas vai trazer “amargos de boca” a muitas empresas e a muitos trabalhadores, quando o objectivo era certamente outro, mas prevalece a incompetência para encontrar soluções.
12-Temos insistido na necessidade de combater a violência gerada pelo consumo de drogas, em que são vítimas os consumidores, os familiares que são ameaçados e violentados, e os idosos que são perseguidos e roubados.
13-Deixamos aqui o exemplo que vem da Direcção -Geral da Saúde e da Guarda Nacional Republicana que assinaram um protocolo nacional de promoção de saúde e segurança junto da população idosa, procurando quebrar “ o isolamento” e dando recomendações para a saúde e segurança. Um exemplo a seguir!

                  Américo Natalino Viveiros
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