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Alexandre Gaudêncio desmente aumento de 150 mil euros em apoios aos festivais de Verão e acusa os socialistas de terem uma visão negativa dos eventos

Os vereadores do PS na Ribeira Grande voltam a “lamentar” o apoio aos festivais Monte Verde, Azores Burning Summer e RFM Beach Power dado pela Câmara Municipal da Ribeira Grande.
Segundo os socialistas Lurdes Alfinete e Artur Pimentel, estes eventos não podem ser feitos “à custa da Câmara”. E questionam se não seria mais prudente aumentar os apoios a entidades locais, como filarmónicas e ranchos folclóricos: “Como se pode distribuir cerca de 800 mil euros por 5 dias de festival e não se consegue aumentar o valor dado a uma filarmónica ou a um rancho folclórico que trabalham com e para os ribeiragrandenses todo o ano?”.
Para além disso, os socialistas questionam o porquê destes apoios terem sofrido um aumento de cerca de 150 mil euros em relação ao ano passado e pediram que todos os valores fossem “devidamente quantificados” e reforçam a ideia um “concurso público para definir o cartaz cultural da Ribeira Grande” de forma a acabar com a ideia “favorecimento aos amigos de sempre, como o nosso povo comenta”, como referiu a vereadora.
Em resposta a este comunicado, Alexandre Gaudêncio garante que os vereadores inflacionaram os valores. Isto é, os socialistas falam em 150 mil euros de aumento total e o presidente da Câmara fala em 45 mil euros. E desagregando os valores diz que para o Festival Monte Verde o aumento foi de 25 mil euros; para o RFM BeachPower o aumento foi de 10 mil euros e para o Azores Burning Summer o aumento foi de 10 mil. Logo, apresentando estes números, o autarca assume que os números apresentados não estão conforme e assume que os mesmos não são de hoje, uma vez que “estes valores foram, inclusive, aprovados em sede de reunião de Câmara”.
O autarca entende que os socialistas da Ribeira Grande têm sempre uma visão negativa dos eventos que são promovidos pela autarquia que lidera e questiona os vereadores se acham, ou não, se estes eventos são positivos para o concelho. Ao mesmo tempo manifesta uma posição clara: “se o Partido Socialista estivesse a governar a autarquia certamente que não haveria estes eventos no concelho”.
“Com base no comunicado do Partido Socialista, que não é inédito porque no ano passado também tiveram essa preocupação, nós gostamos de responder com números”, avançou Alexandre Gaudêncio. E continuo afirmando que o impacto que esses festivais trazem para o concelho “tem um retorno muito acima daquele que é o investimento”. Em específico, “só no ano passado, o retorno dos privados a nível mediático representou mais de 5 milhões de euros”.
O autarca também refere que desde o lançamento do Plano Turístico Municipal, em 2015, a prioridade da Câmara Municipal da Ribeira Grande foi “combater a sazonalidade” e aumentar a “atractividade”, sendo estes eventos essenciais para atingir estes objectivos. Porque, por um lado, “trazem muita notoriedade fora de portas, nomeadamente em Portugal continental e até no estrangeiro. E, por outro lado, estamos a falar de eventos que trazem milhares de pessoas à cidade e ao concelho, o que, por si só, traz uma dinâmica empresarial que não fossem esses festivais com certeza que a economia se ressentia”, destacou.
Reiterando que o “retorno económico é muito maior do que investimento que é realizado”, Alexandre Gaudêncio afirma que os socialistas “pecam por não ter essa visão global daquilo que isto representa para o concelho”.
Quanto ao aumento de 45 mil euros aos apoios dados aos festivais em causa, o autarca explica que o mesmo “tem a ver com uma preocupação que os promotores dos eventos nos têm transmitido, que é o aumento de custos e, por outro lado, também, a falta de outros apoios que efectivamente não conseguem ter”.
“Se não fosse o apoio público da autarquia a estes eventos, os bilhetes ou os passes gerais seriam três ou quatro vezes superiores àqueles que são vendidos ao público”, afirmou o Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande. E recorrendo ao exemplo do Festival Monte Verde, que começa no próximo dia 8 de Agosto, refere que o passe geral está à venda por 35 euros e por 25 euros para aqueles que têm Cartão Jovem Municipal, e “se não fosse o apoio da autarquia, estes bilhetes certamente rondariam os 100 ou mais euros, atendendo também àquilo que se passa no panorama e nesta dimensão de festival, se fosse realizado num local que não tivesse apoio público”; disse.
E conclui: “Toda a gente sabe que a Ribeira Grande dá um passo qualitativo e quantificativo, tanto ao nível económico, quanto da atractividade do concelho que se porventura não fosse esta aposta da autarquia certamente não teríamos o nível de investimento que temos hoje em dia.”

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