O barbeiro Alex Botelho tem o seu espaço na Rua Padre Edmundo Manuel Pacheco, n.º 22, na cidade da Ribeira Grande.
Com 25 anos de idade, o nosso entrevistado abriu recentemente umaa barbearia, mais concretamente há cerca de três semanas.
Anteriormente, Alex Botelho trabalhava com pai em estufas de ananases, na Fajã de Baixo.
Tirou o curso de barbeiro na Vila Ensina – Centro de Estudos e Formação, em Ponta Delgada.
Quando surgiu a oportunidade de abrir o seu espaço na Rua Padre Edmundo Manuel Pacheco, não hesitou, mas está consciente que vai levar algum tempo para conseguir uma boa carteira de clientes. “As pessoas passam na rua e perguntam se é preciso fazer marcação, convido-os a entrar e acabo sempre por cortar cabelos. Tem sido assim, porque ainda não tenho muitos clientes. Devagar vou criando a minha carteira de clientes e confio que o boca a boca é uma boa estratégia”.
Sem marcações ainda
Para já, Alex Botelho acorda consciente, que não tem qualquer marcação, mas “também acontece terminar um dia de trabalho depois ter cortado o cabelo a 10 ou mais pessoas. Já também aconteceu ter cortado o cabelo a uma pessoa só, numa Quarta-feira”.
Alex Botelho reconhece que “os jovens preferem um corte com laterais rapadas e um topo mais volumoso, mas também um corte clássico ou um corte que envolve já alguma arte. Já os adultos escolhem um corte mais simples”.
A opção de Alex Botelho poder vir a ser barbeiro surgiu na época da pandemia. “Estava também confinado a não sair de casa e acabei por comprar uma máquina de cortar cabelo. Comecei por cortar o cabelo a um amigo, depois a outro e nunca mais parei. Incentivado pela minha namorada. decidi que quando a pandemia passasse iria tentar tirar alguma formação. Certo dia fui passar uns dias ao Nordeste, quando encontrei o barbeiro João Rocha, que me indicou a Vila Ensina – Centro de Estudos e Formação, onde acabei por tirar o curso de Barbeiro. Respirei de alívio, porque já tinha guardado uns trocos, porque pensava que teria de ir ao continente tirar algum curso”.
Já com a formação, começou por cortar cabelos em casa, num quarto montado para o efeito, mas no presente já tem a sua barbearia.
As redes sociais divulgam
Alex Botelho tem a sua página na rede social Facebook “Barbeiro Botelho” e acredita que as redes sociais têm um poder significativo quando se trata de divulgação e alcance.
Apesar, dos barbeiros estarem associados tradicionalmente ao corte de cabelo masculino, Alex Botelho já cortou o cabelo a uma senhora, que ali foi cortar as pontas, para manter os fios saudáveis e com aparência cuidada.
“A vizinhança também tem cortado o cabelo na Barbearia Botelho e a estratégia passa por tentar fidelizar o cliente”.
Aprender sempre mais
Em termos de perspectivas para o futuro, quer “ter muitas mais formações e aprender sempre mais. A aprendizagem contínua é essencial para aprimorar habilidades e manter-me actualizado. Tenho boas perspectivas, e se não tivesse, nem sequer arriscava em abrir uma barbearia”.
Alex Botelho é natural da Fajã de Baixo, freguesia onde começou a estudar. Posteriormente, frequentou a Escola Canto da Maia e depois a Escola Secundária das Laranjeiras.
A sua experiência nas estufas de ananases já vem do tempo do avô, passando pelos tios e pai.
A Barbearia Botelho funciona de Segunda-feira a Sábado, das 09h30 às 13h00 e das 14h00 às 19h00. Domingo é dia de descanso.
Marco Sousa