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“A cultura sai enriquecida sempre que temos momentos de partilha”, afirma Sofia Ribeiro a propósito do XXX Grande Festival de Folclore da Relva

O festival anual, da responsabilidade do Grupo Folclórico de Cantares e Balhados da Relva, terá a participação de sete grupos convidados, para além do grupo organizador.
Ontem, no Palácio da Conceição, Sofia Ribeiro, Secretária Regional da Educação, Cultura e Desporto, recebeu os grupos que não são oriundos de São Miguel: Grupo Etnográfico da Beira, de São Jorge, Folk Dance Ensemble Vizovjánek, da Chéquia e Zespól Piesni Tanca Ziemia Bydgoska da Polónia. Para além destes grupos e do grupo organizador, irão actuar ainda o Rancho Folclórico da Casa do Livramento, o Grupo Folclórico São Miguel, de Ponta Delgada, o Rancho Folclórico de Santa Cecília, da Fajã de Cima e o Grupo Cultural e Recreativo Domingos Rebelo de Ponta Delgada.
Na ocasião, Sofia Ribeiro referiu que este tipo de iniciativas “são importantíssimas para promoverem os Açores, a cultura dos Açores e a identidade açoriana junto de outros povos, quer dos nossos congéneres, quer do estrangeiro ou até mesmo de outras ilhas dentro da nossa Região pois cada uma tem a sua idiossincrasia muito própria”.
Por outro lado, continuou a Secretária Regional da Educação, Cultura e Desporto, “constitui um incentivo para os próprios tocadores e bailadores para uma dinâmica que, sendo de partilha, também tem um outro interesse por essa mesma via. A cultura quer-se aberta, plural e participada. É muito importante, principalmente para podermos acolher e captar as novas gerações para perpetuarem estas nossas tradições podermos ter eventos dessa categoria, dessa tipologia porque eles tornam a actividade mais apelativa”.
A titular da pasta da Cultura, questionada sobre a falta de jovens que integram grupos associativos, sublinhou que “é preciso haver uma renovação geracional na perpetuação das nossas tradições. Este não é uma questão exclusiva dos grupos de folclore. Temos os mesmos problemas nas filarmónicas e no desporto também se vive um fenómeno semelhante. No fundo é transversal a todo o movimento de associativismo. Porque estas são dinâmicas que são muito exigentes relativamente a muita entrega e a muito dispêndio de tempo de quem está envolvido para as desempenhar”. A governante referiu que “é preciso criarmos estas iniciativas que as tornem mais apelativas e podermos assim captar as novas gerações. Há um trabalho que pode e deve ser feito junto das escolas. Temos tentado incentivar as nossas escolas e os nossos concelhos executivos a essa abertura. Ainda é um processo que está muito no inicio, tem de ser ainda trilhado. O próprio desenvolvimento do ensino artístico com outras vertentes logo no primeiro ciclo. As alterações que fizemos aos horários dos docentes no primeiro ciclo trazem abertura para terem estas outras dinâmicas. Vamos entrar agora para o segundo ano com este tipo de horário mas é este o nosso caminho, de podermos abrir a escola nos seus espaços lectivos cada vez mais há entrada desses grupos para fazer a formação das nossas crianças e depois incentiva-las a entrarem nessas dinâmicas culturais.”Sofia Ribeiro disse ainda que “a cultura sai enriquecida sempre que temos momentos de partilha. A cultura não se encerra em si própria, exige, efectivamente, partilha. É nesta partilha que resulta uma mais-valia para os agentes, nesse caso os tocadores e bailadores, mas por outro lado com retorno para a Região como um todo”
Por outro lado, continuou a governante, “isto evidencia uma identidade que é uma identidade europeia até. Todos estes eventos, este anual que o Grupo de Cantares e Balhados da Relva faz é um exemplo e temos mais, felizmente, nos Açores. São eventos que, promovendo este tipo de iniciativas, também promovem a Região e fazem com que, através destes eventos, consigamos evidenciar a pluralidade das nossas culturas numa união. No fundo isto é o europeísmo. É muito engraçado vermos que há identidades, embora com características diferentes como os trajes, a música ou as danças, mas há características comuns em termos da dinâmica de grupo em torno do folclore e das danças populares que são muito interessantes de vermos”.

FF

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