HENRIQUE SILVA MASCARENHAS é um deles. Competiu nos 100 metros livres da prova de natação em representação de Angola.
Henrique nasceu na cidade de Ponta Delgada a 21 de Junho de 2001. Com um mês de idade acompanhou os pais na ida para Luanda devido a afazeres profissionais.
Influenciado pelo mar que o rodeava, Henrique dedicou-se à natação em Angola. Com 4 anos foi inscrito no Clube Náutico da Ilha de Luanda. Aos 10 anos foi federados e dois anos volvidos participou na primeira competição internacional, o Campeonato Africano, zona 4, na Zâmbia.
Depois daquela prova pediu aos pais para viver em África do Sul com o intuito de melhorar os desempenhos. Esteve 3 anos e meio em Cape Town a treinar e a estudar.
Em 2018, com 16 anos, foi para Inglaterra onde ainda permanece. Frequenta a Universidade de Bath, tendo terminado o terceiro ano de engenharia química. Em simultâneo treina nas piscinas que lhe são facultadas na academia.
No Egipto marcou presença, em 2017, no campeonato africano, repetindo as participações nos anos seguintes.
A representar Angola competiu em cinco campeonatos do Mundo: 2019 – Budapeste (juniores); 2021 – Abu Dhabi (piscina curta); 2022 – Budapeste; 2023 – Fukuoka e 2024 – Doha.
Um protocolo da Federação Angolana de Natação com a congénere portuguesa proporcionou a Henrique Mascarenhas treinar no Centro de Alto Rendimento de Rio Maior a partir de Fevereiro de 2021. Em Portugal inscreveu-se no Fluvial Portuense, da cidade do Porto, com a finalidade de nadar em competição nas provas do país.
As qualidades e o aperfeiçoamento proporcionaram melhorias nas provas de 100 e de 200 metros livres.
A 14 de Junho passado bateu o recorde nacional angolano dos 100 metros livres (51.81 segundos) no Meeting Internacional do Porto. Paris estava mais próximo! Assim aconteceu. Cerca de um mês depois, em Roma, no Meeting Internacional de Itália, atingiu a meta dos mínimos com os ansiados 51.78 seg. Com o novo recorde nacional de Angola, ficou qualificado para os Jogos Olímpicos.
A prova dos 100 metros teve lugar terça-feira na Arena Paris La Défense. Henrique Mascarenhas foi eliminado sendo o 64.º classificado em 79 nadadores presentes após o apuramento dos resultados das dez séries. Na série 3 terminou em 7.º lugar com 52.52 seg.
Henrique, agora com 23 anos de idade, visita anualmente a ilha onde nasceu. Treina na piscina das Laranjeiras. No ano passado esteve vários dias com a família, convivendo com os parentes residentes em Ponta Delgada.
Com nacionalidade portuguesa e angolana, mas nato nos Açores, Henrique Mascarenhas acabou por representar estas ilhas no maior acontecimento do desporto mundial. É o terceiro a fazê-lo depois do judoca Fernando Costa Matos, em 1964, nos Jogos de Tóquio, e do futebolista Paulo Henrique, em 2016, nos Jogos do Rio de Janeiro. O actual capitão da equipa do Santa Clara esteve integrado na selecção olímpica de Portugal.
Meaghan Benfeito está numa situação diferente. É filha de pais açorianos, naturais da freguesia micaelense de Porto Formoso, mas nasceu em Montreal, Canadá. Representou aquele país em quatro Olimpíadas (China, 2008; Londres, 2012; Rio de Janeiro, 2016 e Tóquio, 2021), ganhando três medalhas de bronze na natação sincronizada.
Em 2013 recebeu de Vasco Cordeiro, nas funções de presidente do Governo Regional dos Açores, a insígnia autonómica de reconhecimento. Hoje, com 35 anos de idade, mãe de um menino, não está na alta competição.
PEDRO PAULETA é o outro açoriano que está nos Jogos Olímpicos de Paris. Obviamente não como concorrente, mas como adido da missão portuguesa acedendo ao convite do Comité Olímpico de Portugal.
O ex-internacional português acompanha os atletas e é o elo de ligação com a comunidade emigrante. Um convite que o surpreendeu, mas justificado pela grande aceitação junto dos portugueses e dos franceses.
A foto apresenta Pedro Pauleta ao lado de Patrícia Sampaio, medalha de bronze na prova de judo, categoria de menos 78 quilos.
É o segundo envolvimento de Pedro Pauleta nos Jogos Olímpicos. Em 2016 esteve no Rio de Janeiro como director da Federação Portuguesa de Futebol acompanhando a selecção olímpica.
NATACHA CANDÉ deve receber o total apoio para ser a primeira atleta açoriana a estar nos Jogos Olímpicos, o desiderato dos governantes que se vão sucedendo nos executivos regionais.
Volto a sensibilizar os decisores porque estamos perante um diamante pronto a lapidar. Os “Jogos” de Los Angeles são daqui a 4 anos!
Os resultados deste ano nas disciplinas no conjunto do heptatlo, no salto em altura e no lançamento do peso, são indicativos de que está na hora de dar o salto com todas as condições.
No passado fim-de-semana voltou a bater o recorde nacional do salto em altura de Sub-18, melhorando em 1 centímetro. Estava na sua posse em 1,80 metro, conquistado um mês antes em Beja, e agora em 1,81. Juntou mais um título. Foi ainda medalha de prata no peso. Iniciou a época a ganhar e fecha do mesmo modo.
A exemplo do que o Governo tem procedido com Alexandra Barroso, dispensando-a da actividade curricular para cuidar somente das atletas da ginástica aeróbica, e de Paula Costa, que tem a seu cargo a preparação da paralímpica Ana Filipe, o professor José Neves, com um trabalho de excelência na preparação de Natacha e de outros atletas do Juventude Ilha Verde, deve estar unicamente concentrado na preparação da melhor atleta açoriana da actualidade.
O RELVADO DAS LARANJEIRAS está verdejante há alguns dias após o processo de substituição do sistema de rega, que obrigou a remoção de toda a relva.
O primeiro jogo da equipa de Sub-23 do Santa Clara para o campeonato da Liga Revelação é terça-feira, mas a SAD optou por receber o Benfica no estádio de São Miguel.
Como a equipa principal só utilizará o relvado do estádio em jogos oficiais no dia 16 deste mês, na recepção ao FC Porto, há espaço temporal para realizar o jogo dos Sub-23, permitindo, por outro lado, que a relva do campo do complexo desportivo das Laranjeiras fique mais consistente. O espaço temporal é maior. O Santa Clara Sub-23 só volta a jogar em casa a 28 de Agosto, ante o Sporting.
Há alguma expectativa para ver como reage o relvado após a nova sementeira quer neste período de pouca chuva, quer no Inverno.
O CAMPO DE SÃO ROQUE está com as obras de remodelação adiantadas, até, pela informação recebida do presidente do Desportivo, Raul Monteiro, antes do prazo limite para a conclusão, que é de 6 meses. As máquinas começaram a trabalhar no recinto no início de Maio.
A rede de abastecimento de água e os novos sistemas de drenagem e de rega estão concluídos e o piso pronto a receber o relvado sintético, que já se encontra na ilha de São Miguel.
Os dois contentores com o material indispensável a ser associado ao sintético estão há alguns dias no campo.
Após a colocação do novo relvado, a principal causa da substituição pela degradação de 17 anos de utilização, há lugar à certificação pelas entidades oficiais da FIFA e da Federação Portuguesa de Futebol, porque a relva está classificada de FIFA Quality Pro.
O processo de iluminação encontra-se apto a receber os longos postes (prontos a serem erguidos) que sustentarão as lâmpadas led, prevendo-se que o campo de São Roque fique dotado de um sistema alumiado com potência suficiente para a transmissão televisiva com qualidade de jogos de futebol.
As vedações estão na recta final, esperando-se que os novos bancos de suplentes, que não serão fixos, sejam colocados após a instalação da relva.
A posição dos bancos de suplentes vai encurtar ligeiramente a largura do recinto de jogo, mas sem implicação nas medidas oficiais. O campo de São Roque ainda tem 68 metros de largura, quando o mínimo exigido para as provas nacionais é de 64 metros. O comprimento manter-se-á nos 105 metros.
Aproveitando os significativos melhoramentos, a sede ginásio será pintada.
O orçamento para a requalificação, da responsabilidade da Câmara Municipal de Ponta Delgada, é de 975 mil Euros sem IVA, pelo que o valor total irá ultrapassar 1 milhão de Euros. O processo de inicio da obra foi demorado, também porque o Tribunal de Contas necessitou de analisar pormenorizadamente antes de transmitir o aval para a construção.
Raul Monteiro lamenta não ter o campo pronto a meados deste mês de Agosto, permitindo que todas as equipas do clube (há um aumento considerável no número de equipas dos escalões de formação) pudessem começar a preparação no recinto. Assim, o conjunto sénior, que pelo nono ano compete no Campeonato de Futebol dos Açores, vai utilizar o campo do complexo desportivo Pedro Pauleta enquanto não for autorizada a utilização do campo de São Roque.
José Silva