O gabinete do Secretário Regional do Ambiente e Acção Climática elucidou ontem o Correio dos Açores que o trilho pedestre entre a Maria e a Praia da Viola, na costa norte de São Miguel, está fora do Parque Natural de Ilha e, por isso, não é sua responsabilidade.
Mais bem informado, o Correio dos Açores’ apurou que a responsabilidade pela manutenção do trilho é da Direcção Regional do Turismo, que terá assinado um protocolo com a Junta de Freguesia da Maia para que este órgão autárquico proceda à recuperação das escadas e corrimões em madeira das escadas e a sua limpeza.
Repórteres do Correio dos Açores ‘tem andado de ‘Pilatos para Caifás’ à procura do responsável pela manutenção do trilho e todas as entidades que foi possível contactar declinaram responsabilidades, e foi o próprio gabinete do Secretário do Ambiente e Acção Climática que fez o esclarecimento.
O facto é que, embora a responsabilidade da manutenção e limpeza do trilho pedestre seja da Junta de Freguesia da Maia; até ao final de Julho, não foram feitos quaisquer trabalhos da sua recuperação.
Ainda ontem tentamos contactar a residente da Junta de Freguesia da Maia, Susana Ferreira, a saber se a autarquia já estará ou vai recuperar o trilho pedestre entre a Maria e a Praia da viola mas, até encerrarmos esta edição, não recebemos resposta, ou sequer uma mensagem sms que solicitou por telemóvel.
O trilho pedestre entre a Maia e a Praia da Viola, na Lomba da Maia, está em precárias condições. Os suportes laterais em madeira das 300 escadas do trilho, em zonas inclinadas e com algum perigo, não existem ou cedem com facilidade. Algumas das escadas têm alturas exageradas e não estão seguras. Verifica-se, também, que as zonas laterais do trilho não foram roçadas, dando uma imagem de desleixo.
Numa zona do trilho a erva está tão alta que tapa a sua sinalética. Noutras zonas, os visitantes andam por cima de pedras.
Este trilho, além de proporcionar uma grande dimensão de mar, muita apreciada por turistas do centro da Europa e dos Estados Unidos, tem no final uma queda de água e o acesso à Praia da Viola além de alguns moinhos de água que foram recuperados por privados e que são muito apreciados.
O dia em que o jornalista fez este trilho coincidiu com um dia em que estavam várias dezenas de turistas. Ao contactar com um casal inglês, na faixa etária dos 40 anos de idade que, tinha feito o trilho duas vezes seguidas averiguou, curiosamente, que uma das explicações dadas, na conversa, foi a grande dimensão de mar que os turistas tinham ao longo do percurso.
A falta de manutenção do trilho associada à falta de limpeza dos musgos que interditam a Praia da Maia não é, decididamente, um bom cartaz turístico para a Região.
João Paz