Errar é humano, insistir no erro, disseram-me que era outra coisa; mas o que nos alerta, não é o reconhecimento ou a insistência no erro, mas aquilo a que um filósofo de que não me lembro do nome(acontece!) afirmou, e cito “Depois de se largar a integridade o resto é fácil. Reconheço-lhe a citação, adequando-a às afirmações do representante do Grupo Parlamentar do Chega quando chama de inflamadores àqueles que opinam diferente, em alerta, em crítica, em contraponto, ou em desacordo com a sua ideologia ou ação.
A intolerância e a não admissão do erro é o início de todo o autoritarismo, seja pessoal, seja do Estado.
Lembrei-me do politicamente correto; isto é de certas coisas que não podemos dizer em público sem temer uma devastadora afronta, mas depois percebi que o politicamente correto da extrema direita, é isso mesmo; afrontar sem pudor quem tem opinião diferente ou critica métodos ou identidades; é o antidemocratismo elevado à censura e se pudessem à exclusão dos críticos e dos pensantes.
O alerta do Sr. José Pacheco do CHEGA, foi dizer que havia entre nós pessoas diferentes, outros inflamadores da nossa sociedade, porventura deletérios, que criticam, estão em desacordo; e até querem inflamar mais do que eles.
Muitos de nós já viram este filme, e como acabou. Ditaduras e censura, nunca mais!
Já sabíamos que as novas identidades da extrema direita, iam desde a crítica aos malandros do RSI; aos desempregados de longa duração, à exclusão dos emigrantes, à censura da imprensa livre, e no extremo à identidade rácica, enfim de tudo o que um nacionalismo ou regionalismo bafiento, tem de pior.
Mas, entre nó as existe um ambiente perigoso para a sobrevivência política dos partidos que compõem as nossas representações democráticas, que é o laxismo ou conivência com que aceitam tais afrontas e ameaças, pactuando resoluções de conveniência.
Assim se pode destruir a democracia e o ideário do nosso hino “Para a frente em comunhão. Pela nossa Autonomia. Liberdade, Justiça e Razão. Estão acesas no alto clarão. Da bandeira que nos guia.”
Estes Inflamadores que o CHEGA gostaria que não existissem; estão a cumprir esta razão do existir em Liberdade, Justiça e Razão, que a Grande Natália Correia, tão bem soube defender e plasmar no nosso ideário coletivo.
Votos de boas férias a quem as puder ter.
Dionísio Faria e Maia
Médico
