Todos sabemos que, certas zonas desta cidade de Ponta Delgada não primam pela limpeza. Alguns habitantes dessas zonas, infelizmente e para vergonha de todos, atiram para o chão aquilo que deveria ser depositado nos recipientes próprios que a Câmara Municipal instalou nas várias ruas. Chega-se por vezes ao cúmulo de deixarem em cima do recipiente do lixo aquilo que deveriam ter colocado dentro do dito. A nossa Câmara Municipal está “farta de saber” que as coisas se processam deste modo.
Assim sendo, penso que a Câmara Municipal deveria estender, a toda a cidade, a mesma limpeza que faz no centro histórico que, diga-se em abono da verdade, está sempre um primor.
Dizem-me que, parte da limpeza da cidade está concessionada a uma empresa privada.
Bem, se a empresa só limpa as ruas de vez em quando, não está a cumprir com o dever camarário de manter todas as ruas limpas. Logo, se não cumpre, julgo haver motivo para rescisão do contrato.
O slogan utilizado pela Câmara Municipal que a limpeza da cidade depende de todos nós, não passa de retórica. Isto porque é sabido que o povo não cumpre. Assim, julgo que se deverá incrementar os serviços contratando mais pessoal.
É que, o “quinhão” dos impostos que os cidadãos pagam e que a Câmara afecta à limpeza das ruas, não são destinados unicamente ao centro histórico, mas sim a toda a cidade. De resto, no centro histórico, é residual o número de residentes.
Derivando agora para outro tipo de poluição, sem ser a do lixo fora do centro histórico, deparamo-nos com o crescimento das ervas nos passeios nas ruas a norte do eixo que começa na Rua Mãe de Deus e termina na Rua João Francisco de Sousa (2ª. Rua do Conde).
Já vi dois funcionários da Câmara munidos de duas roçadeiras a cortar as ervas dos passeios; porém, já se passaram “séculos” que, na minha zona habitacional, não aparecem as “benditas” roçadeiras.
Peço, encarecidamente, à Câmara Municipal que adquira mais 22 roçadeiras para distribuir pelas freguesias do concelho de Ponta Delgada encarregando as Juntas de Freguesia da limpeza da sua área e mandar fiscalizar a eficiência desta nova missão. E, por favor, não me venham com as cantilenas do costume com problemas de “formação específica” para operar a dita máquina, porque aquilo não requer “grandes saberes técnicos” basta ter vontade de trabalhar.
Mas, Ponta Delgada não está só com problemas de lixo no chão e ervas nos passeios. Há poucos dias atrás apareceu-nos mais um “praga” que são as trotinetes eléctricas.
Desconheço quem deu autorização (dizem-me a uma empresa irlandesa) de espalhar pela cidade toda dezenas (porventura centenas) de trotinetes.
Já não bastavam as bicicletas que cá tínhamos, conduzidas por pessoas indisciplinadas e que saltam da rua para o passeio e vice-versa, com uma descontração perigosa, tanto para o ciclista como para quem circula, apeado ou não, para agora aparecer mais estas trotinetes que, sem fiscalização policial devida, é um tal infringir a lei, tanto no sentido em que circulam (sentido contrário) como onde circulam, muitas vezes com acompanhante.
Uma vez que o trânsito citadino é da responsabilidade camarária julgo que caberá à edilidade a regulamentação e fiscalização destas transgressões.
Se a PSP, alicerçada na crónica falta de pessoal não fizer cumprir a lei, como aliás é seu dever e responsabilidade, que se accione então a Polícia Municipal para fazer o controlo e disciplinar os utilizadores das ditas trotinetes.
As coisas como estão é que não podem continuar.
Há que agir!
Carlos Rezendes Cabral
P.S. Texto escrito pela
antiga grafia.
11AGO2024