Na Sexta-feira, dia 16, o Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores (OVGA) anunciou que desenvolverá uma acção na Ferraria, entre as 10h00 e as 12h00. Esta actividade consistirá em sessões de cerca de 15 minutos, em que os participantes terão a a oportunidade de conhecer as singularidades vulcanológicas e geológicas da Fajã Lávica da Ferraria. Este local é uma das mais emblemáticas áreas vulcânicas da ilha de S. Miguel e enquadra-se em território ecologicamente protegido. As lavas que formaram a fajã geraram-se no Pico das Camarinhas, brotando há cerca de 800 a 1.000 anos de uma fractura geológica que se encaminha da antiga ilha Sabrina para o topo da caldeira das Sete Cidades, passando por este pico.
A Ferraria é uma zona termal de reconhecido interesse e a água usada no antigo balneário era transportada em barricas para a velha casa de tratamentos. Também engloba outras singularidades geológicas tais como as belas lavas em biscoito, as lavas encordoadas da zona de banhos públicos, um conezinho vulcânico único – a pseudocratera da Ferraria – diversas zonas com rochas granulares (gabros) que foram arrastadas até à superfície desde os 4 km de profundidade, etc, etc. Um manancial de curiosidades! Além disso, a costa da Fajã da Ferraria é muito recortada e ali se localizam formas características dos Açores como as calhetas, os caneiros, os esfurnamentos e os arqueamentos lávicos.
A ação do dia 16, sendo gratuita, é uma boa oportunidade para locais e turistas receberem explicações simples e didácticas. No local estarão dois peritos do OVGA que poderão responder a todas as perguntas e curiosidades do público.
O programa nacional Ciência Viva no Verão e a Direcção Regional da Ciência, Inovação e Desenvolvimento apoiam esta ação pedagógica e geoturística do Observatório Vulcanológico.
