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Opinião: Piscina olímpica, um desejo que continua tão longe como a ida aos “Jogos”

A reivindicação tem barbas…brancas. Não de uma velhice extrema mas com mais de 30 anos. A construção de uma piscina olímpica, com 50 metros, na cidade de Ponta Delgada, é um desejo desde que se partiu para a piscina de 25 metros de comprimento com 16 metros de largura no complexo desportivo das Laranjeiras, que já completou 34 anos de existência.
De quando em vez o assunto vem à baila. Porém sem sucesso de progresso e de concretização quer dos governos que foram passando, quer das vereações camarárias.
A mais recente foi avançada pela actual e dinâmica direcção do Clube Naval de Ponta Delgada.
Na visita que a secretária regional da Educação, Cultura e Desporto efectuou ao clube mais antigo dos Açores (123 anos), o presidente Carlos Carreiro relançou a necessidade da piscina de 50 metros, coberta, permitindo que em todo o ano haja uma cabal resposta às necessidades da natação, que, após um ligeiro decréscimo de praticantes, retomou o crescimento nos diversos escalões, sendo, por outro lado, uma oportunidade de se desenvolverem mais modalidades aquáticas.
Este e os outros dois assuntos apresentados na reunião (que serão objecto de análise neste ou noutro espaço que ocupo semanalmente com a minha opinião) ditaram o compromisso de avaliação por Sofia Ribeiro.
Em 2015, em entrevista concedida a este jornal, o presidente, na altura, da direcção da Associação de Natação dos Açores, Alberto Mota Borges, sobre a piscina olímpica, referiu “ser difícil na actual conjuntura e depois dos exemplos das piscinas da Povoação e Nordeste. No entanto, aproveitando a piscina em frente ao Hotel Marina ou fazendo duas pistas nas Laranjeiras, poderá ser mais pragmático.” Já lá vão quase 10 anos.
A ACÇÃO DA SECRETÁRIA com a tutela do desporto açoriano surpreende-me. Desloca-se às sedes dos clubes e das associações para se inteirar do processo que promove as referidas modalidades, dos problemas, das reivindicações e do estado das infra-estruturas.
Não errarei ao afirmar que nenhum dos anteriores detentores da pasta o fizeram com a regularidade e a diversidade de Sofia Ribeiro. A atitude transmite que não coloca o Desporto num plano inferior à Educação e à Cultura. Esta incumbência tem estado reservada ao director regional do Desporto e aos chefes dos serviços de Desporto de cada ilha.
Pelas informações que me vão chegando, Sofia Ribeiro reúne e visita sem a companhia do director Luís Carlos Couto e dos directores dos serviços de Desporto. Tem-na acompanhado a adjunta, a mariense Elisa Sousa, mestre em educação física e que já treinou equipas de voleibol nas ilhas Terceira, Santa Maria e Faial, além de ter pertencido à secção de automobilismo e karting do Clube Asas do Atlântico e de ter presidido à assembleia-geral de “Os Marienses”.

ROGÉRIO BARROSO DEMITIU-SE do cargo de coordenador/director técnico da Associação de Futebol de Ponta Delgada (AFPD).
As causas dizem respeito a questões de ordem salarial e de interferência na sua área de jurisdição.
Uma “bomba” inesperada para um organismo que tem dependido, e muito, de Rogério Barroso.
O momento da demissão é critico por se estar no arranque da nova época futebolística e do futsal das ilhas de São Miguel e de Santa Maria, com a agravante de a direcção estar limitada a dois/três elementos.
É uma nova oportunidade para o presidente da assembleia-geral entrar em acção, começando por fazer o ponto da situação do actual estado dos dirigentes que deixaram de comparecer ou dos que vão esporadicamente às reuniões. Todos, estatutariamente, perderam o direito de pertencerem à direcção e fariam um favor ao futebol e ao futsal se demitissem-se.
Relembro que os estatutos alterados a 24 de Janeiro ainda não foram publicados oficialmente, pelo que a AFPD rege-se pelos que foram aprovados em 2018.
A cerca de 4 meses das eleições, José Medeiros tem toda a legitimidade em dar posse a uma comissão administrativa (o que não é novidade naquela casa) composta pelos membros que resistem e outros que sejam convidados e dispostos a colaborarem na verdadeira acepção da palavra, com um novo coordenador/director técnico. A equipa de gestão funcionaria até às eleições.
Rogério Barroso foi coordenador/director técnico durante 21 anos. Há uma maior percentagem de trabalhos válidos do que o inverso. Em algumas vezes opinei publicamente ou falamos pessoalmente sobre as reformas que o futebol e o futsal locais necessitam e que ainda não foram implementadas. Apontei-o como um dos responsáveis.
Dirigentes dos clubes têm dirigido queixas de acções que desenvolveu, mas a carta de demissão apresentada à direcção, e que tive acesso, deixa no ar que a coordenação técnica foi alvo de ingerência, como atesta a parte final do documento: “toda a organização da actividade competitiva de uma Associação Desportiva deve obrigatoriamente ser definida e gerida pela sua Coordenação/Direcção Técnica. Nunca é tarde para aprendermos, por exemplo, com a AF Madeira ou com a AF Angra do Heroísmo, como eles aplicam na prática este princípio na íntegra. Com efeito, a contínua e silenciosa interferência/ingerência da direcção no trabalho da área técnica na AF Ponta Delgada, é tão perturbadora quanto desnecessária.”
Tive o privilégio de labutar com Rogério Barroso nos dois anos de apoio à direcção presidida por Auditon Moniz. Constatei a grande capacidade de trabalho e o domínio
de todas as áreas, sendo um elemento imprescindível na estrutura.
Estivemos juntos na elaboração do regulamento do Campeonato de Futebol dos Açores. Foi de uma dedicação e de uma pontualidade extremas, sustentadas na experiência e no conhecimento.
Tudo tem um princípio e um fim. O do Rogério Barroso terminou após 21 anos.
O futebol e o futsal, independentemente das divergências, deve um agradecimento ao professor Rogério.

ANTIGOS JOGADORES DO SANTA CLARA reuniram-se no São Miguel Park Hotel aproveitando a passagem do antigo companheiro nas equipas do clube, o povoacense Octávio Mendonça, conhecido por Da Eira.
A viver na Bermuda há 42 anos, apesar de nos anos mais recentes repartindo a residência na cidade do Porto, onde estão familiares próximos, Da Eira veio por mais dias à ilha de São Miguel depois de uma passagem relâmpago em Junho.
A oportunidade para haver o encontro num jantar, preparado ao pormenor pelo Luís Cabral, o Cabralinho, permitiu a Da Eira reencontrar, 40 anos depois, muitos dos colegas, nomeadamente os emigrados Ernesto e Francisquinho.
Tempo de desfile de recordações das campanhas de 1978/79, onde o Santa Clara sagrou-se campeão dos Açores, ao derrotar, no estádio de São Miguel, repleto de público, o Sport Angrense, no desempate através de penaltis, após 3-3 nos dois jogos. Em 1979/80 foi a estreia absoluta do Santa Clara na antiga série E da III divisão nacional, descendo no final às provas de ilha. Da Eira ainda fez parte da equipa de 1980/81 que conquistou o título micaelense.
As histórias foram confirmadas com as fotografias que Luís Silva Melo, o Melinho, dispõe em dois álbuns que foram folheados por todos, reavivando as memórias e recordações de tempos difíceis, mas onde o compromisso e a vontade suplantavam as deficiências dos equipamentos e do material ao dispor e as dificuldades que os clubes atravessavam, sem apoios públicos.
O encontro teve uma presença de vulto. O engenheiro Dionísio Leite, presidente do clube naquelas épocas, associou-se ao evento.
A actual direcção acompanhou o encontro através da dirigente Sara Simas.
Para a história e para os que se lembram e os que desconhecem, eis os nomes que estão na foto: Em cima, da esquerda para a direita: Toni Pacheco, Melinho, Rui Carvalho, Da Eira, Fernando Costa Pedro, José Carlos Cabral, Ernesto, Jaime, eng. Dionísio Leite e José Marroco. Em baixo, pela mesma ordem: Cabralinho, Silva Melo, Francisquinho, Fonseca, Joné Silva e Luís Reis.

HUMBERTO MELO faleceu recentemente. Mais uma triste notícia que me chegou. Aos 65 anos de idade. Esteve ligado ao Sporting Clube Ideal como director e presidente e foi vogal da direcção da Associação de Futebol de Ponta Delgada presidida por Auditon Moniz entre 2003 e 2007.
À família endereço as condolências.

ERVA CORTADA nos terrenos adjacentes que têm servido de parque de estacionamento das viaturas dos espectadores aos jogos do Santa Clara no estádio de São Miguel.
Na terça-feira, um tractor, devidamente adaptado, iniciou os trabalhos do corte e de terraplanagem permitindo a utilização do “parque” no jogo de sexta-feira com o FC Porto.
Pelo menos isso! Falta o resto!

José Silva

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