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Crianças Primeiro… Sempre!!!

“Deixai vir a mim os pequeninos” – Bíblia – Mateus 19:14

Jesus diz: “Deixem vir a Mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas.”

A Constituição da República Portuguesa de 1976 aprovada com o voto social – democrata e dos seus militantes açoreanos descreve que:
“Todos têm direito ao ensino como garantia de direito à igualdade de oportunidades de acesso ao ensino escolar”.
Noutra passagem sublinha que:
“As crianças têm direito à protecção da sociedade e do Estado, com vista ao seu desenvolvimento integral.”
Outro artigo constitucional realça que o Estado deve:
“…Assegurar o ensino básico universal, obrigatório e gratuito…”
Foi noticia, comentário e opinião, transversais, o pragmatismo alavancado num certo populismo, isto é, ir de encontro ao que as pessoas pretendem ouvir, principalmente aquelas que trabalhando não conseguem colocar os seus filhos em creches, cujo lugar já se encontra ocupado por filhos de pais que , ou estão desempregados ou vivem do rendimento mínimo, passando dias ou na taberna ou em casa a ver televisão.
Certa organização política, que abraça como programa “dar razão” às pessoas de “bem” que trabalham em detrimento dos “malandros do RSI”, que vivem à custa dos “nossos” impostos, conseguiu que o Parlamento dos Açores aprovasse legislação que dá prioridade aos pais que trabalham.
Os partidos do governo aprovaram, embora alguns sociais democratas e democratas cristãos abandonassem o hemiciclo.
Aparentemente a opção pela aprovação estaria certa mas… E há sempre o terrível mas….
Estavam redondamente enganados, porque as crianças dos 3 meses aos três anos, independentemente da situação das respectivas famílias, “todas … todas… todas” , têm prioridade.
Palavras do Papa Francisco por quem têm uma animosidade descarada.
Francisco apenas se limita a citar Jesus.
Contudo é justo salientar que nos últimos três anos o número de vagas em creches quase quadriplicou.
Não obstante existem muitas crianças em listas de espera, sendo algumas de pais que trabalham.
E, aqui está o cerne da questão, o direito fundamental, não está com os pais, mas com a flagrante desprotecção das crianças que não escolheram o “ berço” onde nasceram.
Segundo alguns prestigiados e insupeitos constitucionalistas, consideram ilegal o “ caso das prioridades”.
Sabe-se que o governo açoreano para sobreviver tem de encontrar acordos parlamentares com o “tal partido” que tem optado pelo principio do “chega para lá”, que nos Açores com as palavras de ordem de “Deus, Pátria, Família e Trabalho” e abaixo “os malandros do RSI”, conseguiu óptimos resultados eleitorais, sendo já a terceira força politica no Parlamento dos Açores.
Esquecem que os Direitos fundamentais das crianças estão subscritos em declarações globais e aceites por quase todos os países, que os têm transcritos para as respectivas Constituições.
Com semelhantes posições, a que já vêm habituando os cidadãos democratas e liberais, apenas estão a contribuir para maiores divisionismos e incrementar o ódio, considerando que quem não trabalha é “ parasita, malandro ou subsidio dependente” como escrevia uma prestigiada jornalista católica que acrescentava:
“…Qualquer sociedade adulta e madura, que viva numa democracia robusta, deve atender ao princípio do bem comum. A este princípio estão vinculados outros dois princípios fundamentais: o da solidariedade e o da subsidiariedade…”.
Numa terra onde se comemoram com profunda Fé em Jesus Salvador, Mensageiro da Boa Nova, Festas em honra do Senhor Santo Cristo dos Milagres, do Divino Espírito Santo e onde centenas de cristãos percorrem caminhos e veredas em romarias quaresmais, é com constrangimento que se constata que alguns cidadãos que invocando o nome de Deus como bandeira, olvidem a encíclica Centessimus Annus do Papa S. João Paulo II, onde é sublinhado a opção preferencial pelos mais pobres.
Igualmente é premente subscrever o que a propósito deste tema escrevia uma conhecida cientista:
“… quão especialmente penalizador é para uma criança pobre não ter acesso à creche e quanto isso contribui para a reprodução da pobreza…”.
Espera-se que não chegue aos Açores, como está acontecer por esse mundo fora, que os partidos de direita democrática sejam contaminados pelo discurso populista da extrema direita.
Que os partidos de centro- direita, democratas – cristãos ou liberais, não traíam os seus ideais democráticos em função de uma pseudo táctica política.
Que faria Jesus? Jovem de 33 anos, pregando a Mensagem Nova, que tanto enfureceu as elites do seu tempo, que tudo fizeram para o condenar à morte. Morte de cruz.
E se Ele surgisse agora, o que fariam aqueles, que a todo o transe, se dizem cristãos e evangélicos, incondicionais apoiantes da extrema direita populista?
Sugere-se que vão em peregrinação a Fátima, levando na Alma a esperança duma conversão às palavras de Jesus. Já agora, convidem , para além do Salvini, Trump e Orbán.

António Benjamim
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