A Unidade Industrial da Bio Kairos, no valor aproximado de 920 mil euros, que o Secretário Regional da Agricultura e Florestas, António Ventura, vai visitar hoje na Malaca, vai criar duas linhas de transformação, de processamento e embalamento, nesta unidade: uma para os produtos hortícolas (para fazer a lavagem, para produtos de quarta gama, para produtos baby em folhas e diversos produtos hortícolas); e outra para transformação de folhas aromáticas e folhas de árvores para serem utilizados em produtos para a nutrocêutica, farmácia e fitofarmacêutica.
A Bio Kairós começou em 2017. Como está o projecto?
Raquel Vargas (Directora Executiva da Bio Kairos) – A Bio Kairos surgiu quando começamos a ter produção biológica certificada. Ao dia de hoje (sete anos depois) houve uma grande evolução. Começamos num espaço pequeno, dentro dos Serviços de Desenvolvimento Agrário, a que chamamos de nosso laboratório, onde fazemos as experiências para passarmos aqui para uma área que temos, que é bastante considerável de aproximadamente 800 mil metros quadrados, na Malaca, numa cedência de um terreno pelo Governo Regional com o intuito de promovermos a agricultura biológica e a inclusão de pessoas em situação de desvantagem.
Pode levantar a ponta do véu sobre o projecto que vão apresentar amanhã (hoje)?
Vamos assinalar o inicio da obra da unidade industrial agro-industrial na Malaca. Esta unidade vem na sequência de uma candidatura que fizemos ao PRR e que foi aprovada.
O nosso propósito, por um lado, é reforçar, de forma inovadora, o valor económico dos produtos em modo produção biológica no mercado, através da implementação de linhas de transformação. Vamos ter duas linhas de transformação, de processamento e embalamento, nesta unidade: uma para os produtos hortícolas (para fazer a lavagem, para produtos de quarta gama, para produtos baby em folhas e diversos produtos hortícolas) e outra para transformação de folhas aromáticas e folhas de árvores para serem utilizados em produtos para a nutrocêutica, farmácia e fitofarmacêutica.
Por outro lado, teremos uma linha de produção de embalagens ecológicas, numa parceria que temos com o SIMPA.
O segundo objectivo, paralelo e que tem a ver com a Kairós também, é aumentarmos a empregabilidade de pessoas que estejam em situação de exclusão social. Também promoveremos a formação de jovens agricultores e outros que queiram converter-se em modo de produção biológica. Promover a economia circular e fazermos um processo de investigação uma vez que temos protocolos com a Universidade dos Açores e com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Tudo isto fomentando a valorização da produção em modo biológico.
Pode revelar qual foi o valor recebido por parte do PRR?
O valor que foi aprovado pelo Plano de Recuperação e Resiliência foi de, aproximadamente, 920 mil euros.
Frederico Figueiredo