C.A. – Há ou houve um abandono do trilho da Praia da Amora?
Rui Amaral – Há, completamente. É o assunto quente da Junta. Em todos os mandatos, e ainda este fim-de-semana, nos chegam reclamações sobre isto. A Junta nunca abandonou, está sempre na linha da frente e isso é um dos temas do programa de governo desta Junta. Quando se fala do trilho da Amora, estamos a falar do trilho que vai dar à praia, pois o que vai dar à Ribeira Quente está completamente fora de questão, pelo menos para já.
Temos feito, humildemente falando, esforços com o Governo Regional, com o proprietário do acesso à praia, que também tem interesse em melhorar e temos boa relação com ele. O certo é que a Junta não pode avançar nada mais além das limpezas porque, falando com a Câmara de Vila Franca, esta disse-nos que se fizermos melhoramentos, ficaremos com a responsabilidade no caso de acidente. A Câmara colocou as placas da Protecção Civil que não se deve ter acesso e que não deve haver intervenção nenhuma no trilho. As pessoas continuam a fazer o trilho e a usar a praia, porque é uma praia natural, virgem e propensa ao turismo. Tem vindo imensas pessoas de fora para a praia.
Tivemos há dias a visita do Director Regional para os Assuntos Marítimos. Temos uma boa relação com ele, mostrou-se interessado e prometeu-nos uma visita técnica ao local. Tivemos reunião com o Secretário Regional, o senhor Alonso, que também nos prometeu um apoio caso seja viável, após a visita técnica, fazermos alguma melhoria no piso ou nas intervenções, sempre com materiais nobres. Queremos manter o trilho virgem e natural, sem betão, porque é isso que as pessoas têm procurado. É uma praia sem esgotos, que não tem acesso a não ser por este trilho e como disse é uma praia propensa ao turismo por esse isolamento e qualidade das águas.
Nas vias da freguesia temos as setas a indicar a Praia da Amora do Governo Regional, mas depois não há contrapartidas, não há soluções nem respostas. Estamos a aguardar a visita técnica para que nos possam dizer que, no mínimo de segurança, possamos avançar uma vez que a Junta de Freguesia sozinha não pode. Estamos cansados de bater à porta da Câmara para que nos ajude nesse esforço e nessa reivindicação mas não tem sido acedido. O que temos ouvido é que é muito perigoso e para não nos metermos nisso. Não podemos virar costas à jóia da coroa da freguesia.
F.F.