A socióloga açoriana Piedade Lalanda, que tem dedicado muito da sua investigação às questões sociais dos Açores e é extremamente sensível às vivências das classes mais desfavorecidas da sociedade açoriana, foi ontem eleita, por maioria, na Assembleia Legislativa Regional, Presidente do Conselho Económico e Social dos Açores.
Numa nota de Imprensa tornada ontem pública, Piedade Lalanda salienta que, sob a sua presidência, o Conselho Económico e Social vai tomar a iniciativa do debate, trazer à discussão temas estruturantes para um desenvolvimento integrado, de natureza económico-financeira e, também, de natureza social e ambiental. “O desenvolvimento sustentável depende destes três pilares – Economia, Sociedade e Ambiente,” afirma.
Como faz questão de recordar, o Conselho Económico e Social dos Açores é um “órgão colegial, independente, de carácter consultivo, que tem por objectivo fomentar o diálogo entre o poder político e a sociedade civil”, conforme consta do DLR 8/2018, de 5 de Julho.
Existem conselhos económicos e sociais, a nível nacional, europeu e nas Nações Unidas “e, em todos estes, a missão é idêntica: interligar as políticas públicas com as preocupações e aspirações dos parceiros sociais, fomentando o diálogo, a crítica construtiva, numa abordagem que se quer alargada e plural.”
Disse ser “com muita honra que aceitei ser indigitada e eleita pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, para o lugar de presidente do Conselho Económico e Social dos Açores (CESA), sucedendo, nesse cargo, ao Dr. Gualter Furtado, pessoa que muito estimo, cujo papel é de importância incontornável como primeiro presidente deste Conselho, que criou e implementou uma estrutura sólida e reconhecida.”
Sendo um órgão de conciliação, concertação e diálogo, Piedade Lalanda diz acreditar que “poderei dar o meu contributo, congregando as diferentes entidades, organizações e, sobretudo, sensibilidades e posições da sociedade açoriana.”
“Está em causa o bem comum dos açorianos, o desenvolvimento coeso, integrado e sustentável da nossa Região Autónoma. Está em causa a defesa dos nossos interesses, numa região ultraperiférica que está no centro do Atlântico; uma região arquipelágica que une os seus habitantes numa história e num devir comuns”, concluiu a nova presidente do Conselho Económico e Social dos Açores.