José Manuel Bolieiro falava na inauguração do Cinema NOS no Parque Atlântico
O Presidente do Governo dos Açores reafirmou aquela que tem sido uma bandeira açoriana de que é o Estado que “tem fazer “o investimento necessário de substituição do actual anel de cabos de fibra óptica por um novo moderno chamados de smart cable, que tenham sensores para dar informação inteligente a novos dados e a novos conhecimentos aproveitando a distribuição do cabo e ainda assegurando que tenham amarração em redundância, assim abrindo a sua função de anel e com mais amarrações e com um upgrade na sua transmissão dos dados.”
Portanto, sublinhou José Manuel Bolieiro, “a nossa resiliência na reivindicação, na exigência, tem agora já uma resposta por parte do actual Governo da República e do Ministro das Infraestruturas. Estamos pois em condições de perceber que está na hora, num período em que a vida útil dos actuais cabos está no fim, poder fazer a substituição e com esta alavanca na tecnologia, não só na redundância, como também no upgrade de pares para a transmissão e mais velocidade dos dados bem como também a condição dos sensores ser uma aposta em smart cable.”
Transmitiu, em sequência, que “o mesmo grau de exigência e resiliência” do Governo dos Açores “também se faz na ligação inter-ilhas. Para não ficar qualquer inequívoco, esta é uma responsabilidade do Estado, e não dos Governos dos Açores e da Madeira”.
“Anel de fibra óptica inter-ilhas
é responsabilidade do Estado”
Salientou, a propósito, que o novo Governo da República, isto é, o novo Ministro das Infraestruturas constituiu, como era nossa reclamação, um grupo de trabalho que inclui naturalmente a ANACOM, o Ministério das Infraestruturas, Ministério das Finanças, Ministério da Economia, do Mar, Ministério da Coesão Territorial para, efectivamente, já no dia 15 ter a primeira reunião física para começar a trabalhar esta exigência e a nossa estimativa é que, nos próximos dois anos, possamos ter esta ligação.”
“É bom que uma empresa com negócio digital, como a NOS, sinta essa co-responsabilização do Estado no investimento.”
O Presidente do Governo congratulou-se por a NOS, depois de investir em São Miguel Terceira e Faial, ir agora investir nas outras ilhas. “Isto é fundamental, eu sou muito convicto da economia do mercado, da concorrência e da competitividade, não só para a qualidade do produtor, como também ao nível do preço. Bem-haja à NOS por esta expansão, não só porque já tem uma cobertura nas comunicações e rede digital.”
A “excelência” da NOS
José Manuel Bolieiro começou, na sua intervenção, por sublinhar o empenho da NOS em abrir salas de cinema no Parque Atlântico num “novo dia para a cultura com lazer e o lazer com cultura.”
Manifestou congratulação e satisfação por “uma oferta de qualidade da NOS na Região “em matéria de lazer e pela cultura do cinema, que faça da sua excelência e qualidade.”
Desejou, a propósito, que os que até então não eram cinéfilos, se tornarão cinéfilos pela qualidade dos próprios filmes escolhidos para aqui exibir.”
Associou a “modernidade”, o “progresso” e a “excelência” à NOS queria deixar uma palavra muito especial ao Presidente da Comissão Executiva da NOS, “por esta ter capacidade de intervir em tantas áreas de negócio, como também nas áreas de bem servir as pessoas”
“É muito bem-vindo todo o investimento, na área tecnológica como nesta área do lazer,” que “revela sentido estratégico, presença mais universal no território nacional, como também chegar à centralidade planetária.”
Para José Manuel Bolieiro, os Açores “estão em transformação, exactamente porque querem passar de uma região ultraperiférica, condicionada por todos os constrangimentos da dispersão geográfica, distanciamento, necessitada de subvenção pública do país e da União Europeia (…) para uma região central da modernidade, e relevante enquanto natureza para as economias do futuro, para o país, para a União Europeia.”
“Este processo de transformação na direcção estratégica da governação dos Açores também ajuda o país e a União Europeia”, realçou.
Depois de abordar o risco que existiu de fechar as salas de cinema no Parque Atlântico, o Presidente do Governo realçou “a qualidade de excelência” da NOS. “Temos cinema em Ponta Delgada, temos cinema em São Miguel, temos cinema de qualidade nos Açores. Portanto deixo esta palavra à administração do Parque Atlântico: que alegria é podermos ter mais esta oferta aqui neste magnífico espaço. Estas salas na sua dimensão e na qualidade que tenho acompanhado agora, sentados em cadeiras magníficas, a olhar imagem sobre-qualificada, até esta qualidade de som que é tão abrangente e um sentimento imersivo,” disse.
Falou da responsabilidade social da NÓS “de ajudar a desenvolver os territórios, desenvolver as suas populações e as suas oportunidades de cultura, de lazer e de comunicações.”
Salientou a importância da NOS que se tem “revelado pela sua capacidade de fazer um parceiro do desenvolvimento dos Açores, desenvolvimento digital, das novas tecnologias e comunicações.”
“Obrigado por este empreendedorismo e por esta vossa atenção aos Açores e aos açorianos, por fazer o melhor ao melhor que os açorianos merecem,” concluiu.
Um investimento
de meio milhão de euros
Por sua vez, o Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Pedro Nascimento Cabral, considerou, por sua vez, a inauguração do novo complexa de cinemas da NOS como “um momento significativo na consolidação de Ponta Delgada como um pólo estratégico de inovação e desenvolvimento dos Açores”, reforçando a cidade como “um destino de referência não só para o lazer e a cultura, mas também para o investimento privado”.
“A vinda deste tipo de investimentos para Ponta Delgada é um reflexo directo da confiança que as grandes marcas e empresas depositam na nossa cidade,” afirmou.
Este investimento de meio milhão de euros inclui uma tecnologia focada na experiência do utilizador. As salas estão equipadas com projecção digital laser, sistema de som imersivo e cadeiras ergonómicas.
D.C./JHA/JP
